Hospitais psiquiátricos (também denominados hospícios, manicômios (português brasileiro) ou manicómios (português europeu)) são hospitais especializados no tratamento de doenças mentais e/ou de "transtornos mentais" (termo médico-especializado).
Como nome comum, é o antigo hospital, hotel ou mosteiro.
Com a Reforma Psiquiátrica
em termos mundiais, vem sendo gradativamente substituídos por pequenos
hospitais e/ou enfermarias especializadas no tratamento de psiquiatrias,
sejam em hospitais gerais, no caso de doentes graves ou em crise ou em
pequenos hospitais, autorizados por lei específica, comuns nos Estados Unidos, Europa e China.
Os doentes com quadros leves a moderados são acompanhados em
ambulatórios hospitalares e de acordo com a atual política de saúde,
devidamente regulamentada por lei, devem viver em e na própria
sociedade, para promover a reinserção social, como no Brasil existia
pela constituição brasileira de 1946, derrubada pela constituição
brasileira de 1988.
Existem vários tipos de locais para internação psiquiátrica:
"clínicas hospitalares", que tiveram sua existência devidamente
regulamentada no Brasil,
antes da constituição federal de 1988, ou seja de 1946 à 1988,
enfermarias hospitalares, em hospitais gerais e manicômio judiciário
para doentes que exibem periculosidade ou criminosos com diagnóstico de
doença mental.
Diversos movimentos e estudiosos pontuaram a história da psiquiatria. O gesto mais notável foi do psiquiatra francês Philippe Pinel. O movimento antimanicomial no Brasil e a anti-psiquiatria
foram fundamentais na criação do conceito atual de "hospital
psiquiátrico ou Centro Clínico de Psiquiatria e Psicologia", aceito
mundialmente de forma moderna, usado no Brasil
de 1946 a 1988.
Eles advogaram principalmente pela abolição das
hospitalizações de forma clássica, dos idos de 1848 a 1950,
aproximadamente, ou seja a de longo termo e pelo fim dos grandes e
tradicionais hospitais, de difícil controle, para esse tipo de doença.
A história dos hospitais psiquiátricos como instituição de tratamento
é ligada ao pensamento social e científico acerca dos doentes mentais
em cada época.
De 1848 até o início do século XX instrumentos como camisas-de-força
e quartos-fortes ou "prisões-acolchoadas", choques elétricos, operações
no cérebro, e outras verdadeiras torturas eram utilizados para
controlar os pacientes, no que se dizia ser a psiquiatria dita
científica, principalmente os mais agressivos. Atualmente há tratamentos
farmacológicos e psicológicos - terapêuticos, baseados nas teorias de Freud e seu discípulo Carl G. Jung,
que reduzem significativamente a necessidade da contenção física e a
internação por longos períodos, dai a necessidade dos extintos "centros
clínicos hospitalares" nos chamados tecnicamente de "Hospital-Dia(termo
médico moderno, já que o Brasil se modernizava com Getúlio Vargas,
em 1945)"(extintos, pela moderna constituição de 1988, no Brasil).
Dai
os movimentos de massa das pessoas com essas necessidades, tentando o
resgate histórico, para que tais clínicas especializadas sejam novamente
ativadas, no lugar de um retrocesso histórico que houve, numa
verdadeira cruzada de resgate de valores históricos, para benefício do
povo brasileiro solapado pela constituição de 1988.
Bethlem Royal Hospital
O Bethlem Royal Hospital foi o primeiro hospital psiquiátrico, fundado em 1247 em Londres.
Era famoso pela forma desumana como tratava os doentes e permitia que
visitantes "pagantes" assistissem a "espetáculos" protagonizados pelos
internos, como um verdadeiro circo de horrores.
Tratamento humanizado
Philippe Pinel
é referido como sendo o primeiro na área da medicina psiquiátrica a
utilizar métodos humanizados no tratamento dos doentes, enquanto foi
superintendente do asilo Bicêtre em Paris,
tendo sido influenciado pelo enfermeiro Jean Baptiste Pussin, que foi o
primeiro a questionar a ausência de humanidade que acabava em
incrementar o ódio e a rebelião, como acontecia, com a fuga e a
perseguição policial dos internos em um verdadeiro massacre
holocaustral; defendia a atenção médica com a utilização de drogas
medicinais terapêuticas, aos portadores de sofrimentos psíquicos; sendo
utilizando, de princípio, como primeiro medicamento conhecido, o vinho
misturado a bebidas alcoólicas destiladas; a destilada para acalmar e o
vinho, para a redução dos efeitos dos destilados, no organismo dos
pacientes, e dessa forma, poder aos poucos, remover as amarras dos
internos.
Na mesma época, William Tuke, na Inglaterra,
introduzia uma nova forma de tratar os doentes mentais; através de
métodos terapêuticos, pela conversa; e troca de informações e
experiências existenciais, como "novo método, terapêutico psiquiátrico,
semelhante ao trabalho que os padres da igreja católica apostólica
romana já faziam; nos confessionários, à quase já dois mil anos". Nos
também, chamados por eles por esses pioneiros no tratamento terapêutico,
de confessionários. E a paralela evolução científica, da prática,
desenvolvida pela Psicanálise.
Bibliografia
- Basaglia, Franco. Escritos selecionados em saúde mental e reforma psiquiátrica. RJ, Garamond, 2005. Google Livros Jul. 2011
- Cooper, David. Psiquiatria Antipsiquiatria (1967). SP, Perspectiva, 1976
- Foucault, Michel. História da loucura na idade clássica (1961). SP, Perspectiva, 2009 Reflexões Vieira, Priscila P.
- Goffman, Erving. Prisões manicômios e conventos. SP, Perspectiva, 2001 Resenha Kunze, Nádia C.
- Menezes, Bezerra de. A Loucura sob novo prisma. RJ.FEB, 2007
- Szasz, Thomas A Fabricação da Loucura: Um Estudo Comparativo da Inquisição e do Movimento de Saúde Mental (1970). RJ, Guanabara, 1976
- Silveira, Nise da. Imagens do inconsciente. Rio de Janeiro: Alhambra, 1981. Frayze-Pereira João A.
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