De acordo com o psiquiatra Joseba Achotegui, Professor Titular da Universidade de Barcelona e Diretor do SAPPIR (Servicio de Atención Psicopatológica y Psicosocial a Inmigrantes y Refugiados),
o termo é uma analogia ao herói grego, personagem central da obra de
Homero, Odisséia, em razão das dificuldades vividas por Ulisses em
território além, sendo, no caso, diagnosticada ao imigrante, legal ou
ilegal, que tenta a sorte, o sucesso e/ou a felicidade em outros países,
mas que, infelizmente, lhe é dado como “alimento” unicamente uma
realidade que em nada se parece com a fantasia que criou na cabeça antes
de sair de sua terra natal.
Esticando
um pouco mais a pesquisa, podemos nos deparar com a informação de que o
imigrante sofre com outros problemas sérios: o alcoolismo, uso de
drogas pesadas, o acometimento de doenças sexualmente transmissíveis e
problemas dermatológicos, por exemplo, em função da situação degradante e
desumana em que vive, mal tendo dinheiro para pagar dívidas contraídas
pela subsistência (sobrevivência) e para o sustento do vício.
Sem falar
que muitos amanhecem e anoitecem sozinhos na ilegalidade e, portanto,
sequer vão ao hospital ou ao posto de saúde quando sofrem de uma
patologia qualquer, por medo de serem apanhados na clandestinidade. Esse
imigrante acaba por se desfazer cedo do sonho de prosperar em terra
alheia e não lhe resta outra alternativa senão aceitar a alcunha de
escória.
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[1]. Extraído: http://www.pensamientocritico.org/josach0407.html
[2]. GAMBOA, Santiago. A síndrome de Ulisses. São Paulo: Planeta, 2006.
[3]. Extraído: http://www.literaturas.com/gamboa.htm
FONTE: http://www.cronopios.com.br/site/critica.asp?id=2754
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