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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Autismo não é defeito


Segundo o Dr. Laurent Mottron, professor de psiquiatria da Universidade de Montreal, os profissionais de saúde precisam parar de ver as diferenças do autismo como defeitos, pois assim não entendem completamente a doença.
O médico diz que, em algumas esferas, as pessoas com autismo têm vantagens sobre as pessoas sem a condição.
“Os dados recentes e minha própria experiência pessoal sugerem que é hora de começar a pensar no autismo como uma vantagem em alguns aspectos, não como uma cruz para carregar ou um defeito para corrigir”, argumenta Mottron.
Por exemplo, quando os pesquisadores veem que a ativação em regiões do cérebro das pessoas autistas é diferente do cérebro dos outros, eles relatam essas diferenças como déficits, ao invés de simplesmente evidências, às vezes bem sucedidas, de organização do cérebro.
Ao enfatizar os pontos fortes das pessoas com autismo, decifrar como elas aprendem e evitar uma linguagem que o coloca o autismo como um defeito, os pesquisadores podem moldar a discussão sobre a condição na sociedade.
A ideia do médico não é minimizar os desafios do autismo. “Um em cada 10 autistas não consegue falar, 9 em cada 10 não têm emprego regular e 4 em cada 5 adultos autistas ainda são dependentes de seus pais”, disse Mottron.
A questão é que as pessoas com autismo podem fazer contribuições significativas para a sociedade no ambiente certo. O ambiente de pesquisa é um deles.
Várias pessoas com autismo trabalham no laboratório de Mottron, e uma pesquisadora autista em particular, Michelle Dawson, já fez grandes contribuições para a compreensão da doença através do seu trabalho e discernimento.
Pessoas com autismo têm, frequentemente, memórias excepcionais, e podem se lembrar de informações que leram semanas atrás.
Elas também são menos propensas a lembrar erroneamente de algo, o que vem a calhar em um laboratório de ciência. Michelle, por exemplo, pode relembrar corretamente e instantaneamente os métodos usados para estudar a percepção do autismo quando precisa.
Uma pesquisa recente mostrou que as pessoas com autismo muitas vezes superam os outros em tarefas auditivas e visuais, e também são melhores em testes de inteligência não verbais.
Em um estudo realizado por Mottron, com um teste que envolveu completar um padrão visual, pessoas com autismo terminaram 40% mais rápido do que aquelas sem a condição.
Na verdade, a deficiência intelectual é sobre-estimada entre pessoas com autismo, porque os pesquisadores utilizam testes inadequados. Elas são na verdade muito inteligentes.
“Ao medir a inteligência de uma pessoa com deficiência auditiva, ninguém hesitaria em eliminar os componentes do teste que não poderiam ser explicados usando a linguagem de sinais. Por que não deveríamos fazer o mesmo para os autistas?”, disse Mottron. “Eu já não acredito que a deficiência intelectual é intrínseca ao autismo. Para estimar a taxa de verdade, os cientistas devem usar apenas testes que não exijam nenhuma explicação verbal”.
Outros especialistas concordam que não devemos ver exclusivamente os déficits do autismo, no entanto, ele ainda deve ser pensado como uma doença, e não apenas uma diferença.
Pessoas com autismo têm problemas graves de funcionamento no seu dia-a-dia. Intervenções adequadas podem melhorar a vida dessas pessoas. “Uma narrativa abrangente do autismo deve levar em consideração os pontos fortes e os pontos fracos da doença”, disse Rajesh Kana, professor de psicologia.
Embora no passado os pesquisadores tenham se concentrado principalmente nos déficits do autismo, o campo agora tem uma visão mais ampla e profunda da desordem.
Compreender os pontos fortes do autismo é importante para dar apoio para aqueles com a doença. Por exemplo, se uma criança tem habilidade verbal mínima, então você provavelmente deve encontrar uma forma visual de ajudá-la. “Qualquer intervenção deve visar os déficits, mas trabalhar com os pontos fortes”, disse Kana.[LiveScience]

Fonte:  http://hypescience.com/apesar-de-ser-uma-doenca-autismo-nao-e-defeito-mas-sim-pode-ter-muitas-vantagens/

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Violência e doença mental: fato ou ficção?



O episódio num cinema de shopping center, envolvendo o assassinato de três pessoas e o ferimento de várias por um jovem em tratamento psiquiátrico despertaram na população e nos profissionais de saúde mental a associação entre violência e doença mental.
Em estudos histórico-antropológicos, Monahan1 conclui que "a crença de que as doenças mentais estão associadas à violência é historicamente constante e culturalmente universal". 
Essa percepção pública tem conseqüências na prática social (estigma) contra indivíduos portadores de doenças mentais. A estigmatização do doente mental é o maior obstáculo para sua reintegração social. 
Portanto, antes de aceitá-la, devemos analisar criticamente, primeiro, se a associação existe de fato, e, em seguida, qual é a magnitude de seu efeito nos crimes de violência em geral. 
Em um estudo epidemiológico na Alemanha, Haefner e Boeker2 encontraram que não havia um excesso de doentes mentais dentre os criminosos violentos da década 1955-1964 quando comparados com a população em geral. Encontraram também que a idade média do doente mental criminoso por ocasião do crime era 10 anos maior do que a do criminoso da população em geral, sugerindo que a doença mental, ao contrário, retarda a expressão do ato de violência.
O grupo de pesquisa liderado por Steadman (1998), New York, não encontrou diferença na prevalência da violência em doentes mentais sem abuso de substâncias, comparados com a população geral. O risco de violência em indivíduos da população geral com abuso de álcool ou drogas foi duas vezes maior do que em pacientes esquizofrênicos sem abuso. Esse risco é potencializado quando álcool ou drogas coexistem em indivíduo portador de transtorno mental, segundo Swanson e colaboradores3. O maior risco para expressão de violência ocorre na combinação de abuso de álcool/drogas com transtorno de personalidade anti-social.
Esses achados sugerem que a doença mental em senso estrito contribui muito pouco para a ocorrência de crimes de violência. 
A magnitude dessa contribuição pode ser avaliada pelo estudo de maior impacto sobre doença mental e crime, realizado na Dinamarca e publicado em 1996 por Hodgins e colaboradores4. Os autores identificaram todos os indivíduos nascidos entre 1944 e 1947 (360.000 pessoas). Quando esses indivíduos tinham 43 anos de idade, identificou-se, através dos registros centrais, quais tinham um registro de internações em hospitais psiquiátricos e quais tinham sido condenados por infrações do código penal. Comparou-se então a freqüência e o tipo de crimes cometidos entre os indivíduos com e sem internação psiquiátrica, assim como entre os diferentes diagnósticos psiquiátricos. Encontrou-se uma maior freqüência de crimes de violência em pacientes que haviam sido hospitalizados do que em indivíduos sem internações psiquiátricas. Os resultados para homens, no período de 1978-1990, estão na tabela abaixo:

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Assim, na Dinamarca, indivíduos que foram internados em hospitais psiquiátricos por doença mental têm um risco 4,5 vezes maior de praticar um crime de violência que indivíduos sem internação. 
Os riscos para outros transtornos aumentam até 8,5 vezes em pessoas com abuso de drogas. Fica claro que álcool e drogas — também em nosso meio um problema de saúde pública — contribuem mais para a violência que as doenças mentais.
Monahan e Steadman5 mostraram que pacientes com um comportamento agressivo terão uma chance maior de serem hospitalizados do que pacientes não agressivos com sintomas semelhantes.
Portanto, o critério de seleção para o estudo na Dinamarca, baseado em registros de internação hospitalar, já selecionou, a priori, uma amostra de pacientes mais agressivos do que a média dos doentes mentais, resultando em uma estatística inflacionada do número de crimes de violência. Mesmo com essas reservas metodológicas, os resultados desse estudo falam contra o estereótipo existente, pois mostram que a grande maioria de doentes mentais na Dinamarca (no mínimo 93%, seguramente mais) não é violenta.
Esses dados não podem ser imediatamente importados para o Brasil. É plausível supor que os índices de crimes de violência em cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro sejam maiores que na Dinamarca. 
Como se trata aqui de criminalidade intencional, portanto consciente, é possível que ela esteja aumentada apenas na população sem doença mental, diminuindo, portanto, o excesso relativo em doentes. Mas isso é uma hipótese que necessita de verificação experimental.
O fato é que a associação entre doença mental e violência, ao menos na intensidade em que tem sido noticiada, não tem base real. O indivíduo psicótico pode se tornar agressivo se estiver alcoolizado. Aliás, o não-psicótico também.

Wagner F. Gattaz
Professor titular e chefe do Departamento de Psiquiatria da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Referências
1. Monahan J. 'A terror to their neighbors': beliefs about mental disorder and violence in historical and cultural perspective. Bull Am Acad Psychiatry Law 1992;20:191-5.
2. Häfner H, Böker W. Crimes of violence by mentally abnormal offenders. Cambridge: Cambridge University Press; 1982.
3. Hodgins S, Mednick SA, Brennan PA, Schulsinger F, Engberg M. Mental disorder and crime. Evidence from a Danish birth cohort. Arch Gen Psychiatry 1996;53:489-96.
4. Swanson J, Estroff S, Swartz M, Borum R, Lachicotte W, Zimmer C et al. Violence and severe mental disorder in clinical and community populations: the effects of psychotic symptoms, comorbidityt, and lack of treatment. Psychiatry 1997;60:1-22.
5. Monahan J, Steadman HJ. Crime and mental disorder: an epidemiological approach. In: Tonry M, Morrias N, editors. Crime and Justice: Na annual review of Research. Chicago: The University of Chicago Press; 1983. p. 145-89.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Patologias Neurológicas na Infância


Responsável pela Edição:
Maíra Schmitz
Fisioterapeuta - CREFITO 5 - 117.262 - F

          Atualmente vivemos cercados de patologias neurológicas que afetam as crianças. Muitas crianças já nascem com sérios problemas neurológicos, necessitado de cuidados especiais ao longo de suas vidas. As principais patologias neurológicas que ocorrem na infância são a  Paralisia Cerebral e as Distrofias Musculares. 

                  A paralisia cerebral é uma das alterações neurológicas mais comuns, e que vem sendo cada dia mais explorada e estudada pelos pesquisadores, com o objetivo de minimizar seus efeitos e alterações.  A paralisia cerebral é um distúrbio do movimento e da postura que resulta de lesão cerebral não-progressiva ocorrida no período inicial do desenvolvimento infantil, podendo apresentar sintomatologia variada, que caracteriza a gravidade do comprometimento neuromotor. É resultante de encefalopatia não-progressiva nos períodos pré, peri ou pós-natal, com localização única ou múltipla no cérebro imaturo.
          A Paralisia cerebral acomete o indivíduo de diferentes formas, dependendo da área do sistema nervoso que foi afetado. O portador apresenta alterações neuromusculares como variações de tônus muscular, persistência de reflexos primitivos, rigidez, espasticidade, entre outras características.  Tais alterações geralmente se manifestam com padrões específicos de postura e de movimentos que podem comprometer o desempenho funcional dessas crianças. Dessa forma, a paralisia cerebral pode interferir de forma importante na interação da criança em contextos relevantes, influenciando, assim, a aquisição e o desempenho não só de marcos motores básicos, como rolar, sentar, engatinhar e andar; mas também de atividades de rotina diária, como tomar banho, alimentar-se, vestir-se, locomover-se em ambientes variados.

         Outra gama de alterações neurológicas que tem ganhado espaço e conhecimento cada vez mais aprofundado são as distrofias musculares. Ainda se sabe pouco sobre essas alterações, mas a cada ano que passa, os estudos estão mais avançados e a área de conhecimento cada vez maior.

          As distrofias musculares são doenças de caráter hereditário sendo sua principal característica a degeneração da membrana que envolve a célula muscular, causando sua morte. Distrofia muscular é o termo amplo usado para designar um grupo de doenças genéticas que afetam os músculos causando fraqueza. Essa fraqueza muscular, dependendo do tipo de distrofia, afeta grupos de músculos diferentes e tem velocidade de degeneração variável.


REFERÊNCIAS:

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Doença ‘Benjamin Button’



Dois irmãos britânicos que tinham relações e trabalho normais foram forçados a voltar para a casa de seus pais, depois de serem diagnosticados com uma rara doença – leucodistrofia – que os faz se comportar como crianças. Apelidada de Benjamin Button, a doença recebe esse nome devido ao filme “O Curioso Caso de Benjamin Button”, de 2008.
Matthew e Michael Clark agora têm a idade mental de crianças e precisam de todo o tipo de cuidado.
A doença é rara e estima-se que, só no Reino Unido, apenas 100 adultos são afetados. No Brasil, não existe levantamento da incidência da doença.
Segundo o Centro de Estudos do Genoma Humano, da Universidade de São Paulo, a leucodistrofia é uma doença geneticamente determinada que afeta o sistema nervoso em decorrência de uma alteração progressiva da bainha de mielina, uma estrutura que reveste as células nervosas. Embora seja um grupo de doenças heterogêneas, todas apresentam um padrão progressivo de manifestação, o que significa que a doença tende a piorar ao longo da vida do paciente. Atualmente, conhece-se 25 formas de leucodistrofia.

Os irmãos ‘Button’
Michael, 42, foi membro da artilharia da Royal Air Force (Força Aérea Real, no termo em inglês), e tinha lugar garantido nos grupos que desfilavam nas paradas militares. Mas agora, com a idade mental de 10 anos, ele só assiste a desenhos animados e dá risada.
Matthew, 39, trabalhava em uma fábrica de salgadinhos, casou-se em 1990 e tinha uma filha de 19 anos. Mas esse relacionamento se deteriorou assim que ele começou a mostrar os primeiros sintomas da doença. Ele perdeu seu trabalho e foi despejado de sua casa.
Os pais das duas ‘crianças’ disseram que é terrível assistir seus filhos crescidos adoecerem perante seus olhos. “É uma doença devastadora. Ambos parecem crianças”, diz o pai, Anthony Clark, 63.

Óleo de Lorenzo
O filme homônimo de 1992, com Susan Sarandon e Nike Nolte, explorou o caso de um adolescente ianque de 14 anos, Lorenzo Odone, que sofria de leucodistrofia, e a batalha de seus pais para encontrar uma cura.
Com a ajuda de um cientista inglês, eles inventaram uma mistura de óleos que interrompia a destruição causada pela doença. Mas só era eficiente para aquele tipo de leucodistrofia, conhecida como ALD, e precisava ser tomada antes dos sintomas aparecerem.
Lorenzo morreu com 30 anos em 2008. Mais tarde, seus pais fundaram o Projeto Myelin, para promover a pesquisa de doenças que destroem a mielina, como a esclerose múltipla e as leucodistrofias. [Telegraph]

FONTE: http://hypescience.com/doenca-benjamin-button-obriga-homens-a-voltarem-a-morar-com-os-pais/

domingo, 25 de novembro de 2012

Síndrome de Alice no País das Maravilhas

Também conhecida como despersonalização, é uma desorientação neurológica que afeta a percepção visual humana. 
Os pacientes vêm as outras pessoas, animais e objetos inanimados como menores ou maiores do que são na realidade. 
Geralmente o objeto percebido parece estar bem longe e extremamente próximo ao mesmo tempo. 
Por exemplo, o cão da família pode aparentar o tamanho de um rato ou um carro normal do tamanho de um de brinquedo. Isto leva a uma forma específica da condição, chamada Visão Lilliputiana ou Alucinações Lilliputianas. 
O problema é exclusivamente da percepção, a mecânica dos olhos não é afetada, apenas a interpretação feita pelo cérebro das informações que passam por eles.

Contar muitas piadas pode ser sinal de doença


E não é piada! Se você conhece alguém que ainda insiste em contar a piada dos tomates que foram atravessar a rua, ou então mais uma série de piadas ruins, ela pode ter um distúrbio cerebral.
Há uma disfunção cerebral chamada Witzelsucht, que faz com que as pessoas tenham um comportamento “abobado”, contando piadas sem graça e rindo de coisas que ninguém mais acha engraçadas. Também é chamada de “doença da piada”.
Esse distúrbio é sintoma de uma lesão no lobo frontal esquerdo do cérebro, que pode ser causado tanto por uma batida quanto por um derrame, infecção, tumor ou doença degenerativa. Pacientes com uma lesão no lobo frontal direito normalmente se sentem deprimidos. Já os pacientes com uma lesão no lobo frontal esquerdo são o oposto – ficam estranhamente eufóricos e empolgados em todas as situações.
Um caso dramático, de uma mulher de 57 anos, foi diagnosticado em 2005. Ela simplesmente se transformou em uma versão mais engraçada de si mesma. Cantava e ria o tempo todo. Só que, em contrapartida, passou a negligenciar sua higiene e usava as mesmas roupas todos os dias. Nesse caso, os médicos acreditam que uma doença degenerativa foi a responsável pela lesão no lobo esquerdo frontal do cérebro.
Para tratar a Witzelsucht, médicos precisam identificar a fonte de lesão, já que elas podem ser diversas, e aplicar o tratamento adequado para cada fonte – seja um tumor, doença degenerativa ou outra causa. 
 Apesar das piadinhas serem irritantes para quem convive com o paciente, os médicos afirmam que não é um sintoma tão ruim. [The Body Odd].

FONTE: http://hypescience.com/contar-muitas-piadas-pode-ser-sinal-de-doenca/

Tarde Vazia - Ira!



Pela janela
Vejo fumaça
Vejo pessoas...
Na rua os carros
No céu o sol e a chuva
O telefone tocou
Na mente fantasia...
Você me ligou
Naquela tarde vazia
E me valeu o dia...(2x)
Pela janela
Vejo fumaça
Vejo pessoas...
Na rua os carros
No céu o sol e a chuva
O telefone tocou
Na mente fantasia...
Você me ligou
Naquela tarde vazia
Na mente fantasia...(2x)
Você me ligou
Naquela tarde vazia
E me valeu o dia...
Valeu o dia!
Valeu o dia!
Você me ligou
Naquela tarde vazia
Na mente fantasia
Na mente fantasia
Na mente fantasia...
Podia ter
Muitas garotas
Mas você é diferente
Você me ligou
Naquela tarde vazia
E me valeu o dia
Valeu o dia!
Valeu o dia!...
Na mente fantasia
Na mente fantasia...
Cantando a melodia
Cantando a melodia...

O Que Me Importa - Marisa Monte


O que me importa
Seu carinho agora
Se é muito tarde
Para amar você...
O que me importa
Se você me adora
Se já não há razão
Prá lhe querer...
O que me importa
Ver você sofrer assim
Se quando eu lhe quis
Você nem mesmo soube dar
Amor!...
O que me importa
Ver você chorando
Se tantas vezes
Eu chorei também...
O que me importa
Sua voz chamando
Se prá você jamais
Eu fui alguém...
O que me importa
Essa tristeza em seu olhar
Se o meu olhar tem mais
Tristezas prá chorar
Que o seu!...
O que me importa
Ver você tão triste
Se triste fui
E você nem ligou...
O que me importa
Seu carinho agora
Se para mim
A vida terminou
Terminou!

sábado, 24 de novembro de 2012

Doença misteriosa.


Na maioria das manhãs, Michael Odongkara leva sua filha, Nancy Lamwaka, para fora e amarra seu tornozelo em uma árvore.
Não é algo que ele gosta de fazer. Mas a doença que leva a criança de 12 anos a ter ataques violentos já afetou tanto sua capacidade mental que ela não consegue se controlar e geralmente acaba indo para longe. Uma vez, ela ficou perdida entre arbustos por três dias.
“Dói muito amarrar minha filha em uma árvore… Mas é porque quero salvar sua vida, sou forçado a isso. Não quero que ela se perca e morra em uma queimada, ou se afogue nos pântanos próximos”, comenta.
Lamwaka sofre de uma síndrome com origem desconhecida e sem cura. As autoridades da Uganda estimam que a doença já afeta mais de três mil crianças do país.
A síndrome atinge pessoas entre cinco e 15 anos, e já matou mais de 200 em Uganda, nos últimos três anos. Milhares de crianças também sofrem dela no sul do Sudão.
Os efeitos, parecidos com um ataque epilético, geralmente são ativados ao ingerir comida, por isso aqueles com a síndrome ficam subnutridos e mentalmente e fisicamente abatidos.
“Existe um efeito geral no sistema neurológico, até a extensão que alguns podem ficar com a visão, a ingestão de comida e até a percepção imediata do ambiente debilitadas”, comenta Emmanuel Tenywa, da Organização da Saúde Global (OSG) em Uganda.
Enquanto o pai assiste sem poder fazer nada, Lamwaka chora e começa a convulsionar. Saliva começa a sair da boca enquanto o corpo inteiro entra em choque durante alguns minutos, até que ela finalmente cai na poeira. A menina tem episódios como esse até cinco vezes ao dia, desde os últimos oito anos, e sua saúde está muito debilitada. “Quando ela falava, ela pedia comida”, afirma o pai. “Mas agora ela apenas estica a mão implorando por comida”. 
Porque isso acontece
A síndrome (nos Estados Unidos chamada de “nodding syndrome”, ou “síndrome do cumprimento”, devido ao movimento da cabeça durante as convulsões) foi primeiramente documenta na Tanzânia, em 1962. Cinquenta anos depois, os pesquisadores ainda não sabem o que ela é.
“Nós temos uma longa lista de coisas que não estão causando a doença. Nós ainda não temos uma causa definitiva”, afirma o médico Scott Dowell. “Nós delimitamos, através de estudos de campo e testes de laboratório, mais de três causas hipotéticas possíveis, incluindo 18 famílias de vírus com centenas de membros”, comenta.
Apesar de não haver razões para acreditar que a doença irá se espalhar, os pesquisadores nunca podem ter certeza. Dowell cita a “doença da magreza”, que emergiu na África na década de 80 e acabou se tornando o começo da AIDS.
Possíveis causadores
Os pesquisadores têm ideias de causadores da doença: um é uma possível ligação entre o parasita que causa a cegueira dos rios, ou oncocercose.
“Todos esses casos aconteceram em áreas onde a oncocercose existe, por isso pensamos que existe uma relação grande entre os dois”, afirma Tenywa.
Os pesquisadores planejam fazer testes genéticos em amostras de pele das crianças para estabelecer a ligação. “Nas próximas semanas tentaremos entender se o parasita é uma variante da oncocercose ou se apenas parece isso”, comenta Dowell.
Os médicos também observaram uma deficiência de vitamina B6 nas populações onde a doença prevalece.
Enquanto a causa da doença permanece desconhecida, as autoridades estão focando no tratamento dos sintomas. Um teste, que deve começar em maio, vai testar dois anticonvulsionantes, assim como suplementos de vitamina B6. Algumas crianças afetadas já estão tomando medicamentos antiepiléticos, com graus variados de efetividade.
“Penso que todos concordam que nesse estágio é interessante termos uma ideia melhor de quais tratamentos estão funcionando e se algum deles é perigoso”, comenta Dowell.
Os pesquisadores esperam um protocolo ser aprovado na Uganda e nos Estados Unidos para teste, que vai incluir 80 crianças.
Amargor
Mas para aqueles que estão vivendo com a doença e seus efeitos, tudo parece se mover muito lentamente. Em Uganda, a frustração com o governo está crescendo.
“As pessoas estão muito amargas e pensam que o governo as abandonou”, comenta Martin Ojara, coordenador do conselho de Acholi, uma sub-região de Uganda onde a síndrome está mais concentrada.
Apesar do governo ter recentemente anunciado um plano para estabilizar centros de tratamento e trazer trabalhadores da saúde, alguns dizem que é um pouco tarde.
Um pedido de cerca de R$ 2,6 milhões, feito pelo Ministério da Saúde da Uganda, para combater a doença, não foi incluso na receita submetida para a aprovação do parlamento. O ministro das finanças, que considerou o pedido tardio, instruiu as autoridades da saúde a realocar os fundos que já existem até o próximo orçamento.
O governo sustenta que tem procurado a causa e o tratamento para a doença desde que ela apareceu. “Houve muitas tentativas, desde 2009, para saber qual é o problema e como pode ser solucionado”, comenta Musa Ecweru, responsável pela parte de desastres e emergências no escritório do primeiro ministro.
“Todos sabem que o governo não ficou de braços cruzados. Temos feito de tudo para garantir que vamos superar essa situação”, comenta.
“As crianças (com a síndrome) não podem ir para a escola e não possuem futuro”, comenta Anywar. “Os pais dessas crianças doentes estão traumatizados por uma doença desconhecida, e literalmente perderam a esperança”. 
Pegando fogo
Crianças com a síndrome estão mais sujeitas a acidentes como afogamento e incêndios, devido aos problemas mentais, e muitas das fatalidades são resultados dessas causas secundárias.
Desde que contraiu a doença, Lamwaka já passou por muitos incidentes. Seu corpo está cheio de machucados de quedas, e existem manchas rosas em suas mãos, pois caiu recentemente no fogo, quando ambos os pais estavam longe.
“Ela não sabe que está pegando fogo, que ela vai queimar até que alguém chegue e tire ela de lá”, comenta seu pai.
Ele admite que parou de levá-la ao médico. “Mesmo que eles nos dêem remédios, eu não acho que isso vai ajudar”, afirma Odongkara.
Sentada em uma sombra próxima está sua mãe, Jujupina Ataro, de 72 anos. Ela tem três netos com a doença e passa boa parte do tempo dando banho, alimentando-as, e até limpando suas fezes, já que as crianças não conseguem mais usar o banheiro.
Ela diz que muitos de seus vizinhos e amigos também têm crianças com a síndrome. “Eu conheço tantos nessa região. Se um médico aparecesse você veria quantos existem… É incontável”, comenta. “É como se a geração estivesse afetada”. [Reuters]

FONTE: http://hypescience.com/doenca-misteriosa-assola-o-norte-da-uganda/

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Colecionismo


Colecionismo - "Refere-se a um padrão comportamental caracterizado pelo acúmulo de quantidades excessivas de itens com questionável valor utilitário ou material, associado à intensa dificuldade para fazer o descarte desses mesmos objetos, resultando ao longo do tempo, em prejuízo da qualidade de vida do indivíduo"

  O colecionismo patológico, um quadro psiquiátrico ainda negligenciado por profissionais de saúde, e pouco conhecido da população em geral.
Refere-se a um padrão comportamental caracterizado pelo acúmulo de quantidades excessivas de itens com questionável valor utilitário ou material, associado à intensa dificuldade para fazer o descarte desses mesmos objetos, resultando ao longo do tempo, em prejuízo da qualidade de vida do indivíduo.
Colecionar pode ser um hobby. Além do propósito de ampliar a coleção (selos, bonecas de época, canetas, aeromodelos, latas de batata frita industrializada ou de cerveja, etc.), colecionadores interagem entre si, buscam aprender mais sobre seu objeto de interesse, sentem-se orgulho de seus pertences e sentem prazer ao exibi-los a quem saiba apreciá-los. Neste caso, nada há de prejudicial, que preocupe especialistas em problemas de comportamento.

No entanto, há quem acumule descontroladamente, sem critério e organização, coisas como papéis (comprovantes bancários de décadas, notas fiscais jurássicas, papeizinhos para anotações, recortes de revistas), roupas imprestáveis, latas, potes de vidro, pedaços de barbante, jornais velhos, a lista é interminável. Descartar, por sua vez, é um verbo impossível de ser conjugado.

O argumento básico de quem age assim é que aquilo "pode vir a ser necessário, sabe-se Deus quando" e aí a pessoa estará preparada para a ocasião. O problema é: quem conseguiria achar aquele parafuso específico, guardado em meio a muitas pilhas de outras coisas, num cômodo quase intransitável?

Há poucos anos, na cidade de São Paulo, os vizinhos de uma senhora, residente no bairro do Itaim Bibi, precisaram chamar as autoridades sanitárias. O odor que emanava da casa era insuportável; aranhas, escorpiões e baratas formaram ali um condomínio. Em meio a pilhas infectas e amontoados desordenados, encontraram até um automóvel. Esse é um caso extremo, explorado pela mídia na época. A desocupação foi feita à força, sob ordem judicial, e a pobre senhora, encaminhada - contra sua vontade - para cuidados de saúde.


Sob a crença de que apenas precisam ter chance de arrumar tudo melhor, os usuários passam anos sem receber visitas, devido ao constrangimento produzido pelo escrutínio alheio. Cômodos ficam intransitáveis, até a cama pode ter sua área livre reduzida. Falta espaço para sentar, fazer refeições, praticar hobbies, receber visitas e hóspedes, dar festas, para viver. Há casos, menos frequentes, de colecionismo de animais. A pessoa vive em meio a cães e gatos, geralmente coletados da rua, em plena imundície e ausência de cuidados como alimentação apropriada, limpeza, vacinação e outras práticas de quem se preocupa com a guarda responsável.

É doloroso constatar quer esse comportamento não surge em sua exuberância máxima da noite para o dia. É trabalho de formiga. Por anos a fio, as coisa se processam disfarçadamente, em alguns casos com a cumplicidade, ativa ou passiva, de algum membro da família.
Examinando a história pessoal e familiar, é comum identificar casos de depressão, Transtorno Obsessivo Compulsivo, compulsão por compras, entre outros transtornos. Também chama a atenção que a vida dessas pessoas costuma ser empobrecida do ponto de vista psicológico, seja como decorrência de perdas, negligência parental, abusos, déficits em habilidades de comunicação (inassertividade, dificuldade na expressão de necessidades e de sentimentos em geral) e /ou sociais.


Há tratamento? Sim. Quase nunca a solução é simples, isenta de embates, conflitos, hesitação e recaídas. O apoio de especialistas e a orientação da família são fundamentais. O argumento básico, a ser usado com o portador, não passa pela ênfase na insensatez de armazenar tanto lixo.
Na verdade, buscamos discutir quais os valores básicos da pessoa: seja propiciar uma vida de qualidade aos que ama, ter espaço para convívio, zelar por um ambiente sem pó, mofo e insetos, para assegurar a saúde de todos, etc.. São criadas estratégias para iniciar o descarte, classificar o que deve ser mantido e o que pode ser vendido, reciclado, doado, ou jogado no lixo sem hesitação. 
Define-se um limite para o quanto de cada item poderá ser mantido na casa, qual área deverá ser preservada para circulação e outros usos que não o armazenamento. O bloqueio do colecionismo é um projeto amplo, trabalhoso e vale cada minuto do esforço.

Tão importante quanto reorganizar a vida de fora para dentro, é um investimento de longo prazo na terapia, rica oportunidade para identificar o que influenciou e ainda mantém o empobrecimento dos relacionamentos e dos interesses na vida. Intervir sobre essa armadilha é essencial. Do contrário, estaremos desconsiderando a totalidade da pessoa e focando apenas em uma dimensão do indivíduo, seu patológico excesso comportamental.
De certo modo, a intervenção envolve recriar o ambiente doméstico, intervir de forma ampla sobre a qualidade de vida e rever o que realmente faz diferença para a serenidade emocional e vivência do prazer.

Sugestões de sites:

www.ocfoundation.org/hoarding/
http://www.oprah.com/slideshow/oprahshow/oprahshow2_ss_20050506
http://www.eatmedaily.com/2009/08/hoarding-rotten-food-on-aes-hoarders-video/
http://www.onlineorganizing.com/NewslettersArticle.asp?article=449&newsletter=go
http://www.psicolog.com.br/download.php?view.7

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Agorafobia



ROQUE THEOPHILO


É um transtorno fóbico que é muito mais de uma evitação de algo, O agorafóbico é a vítima que teme Ter perdido todos os seus suportes de segurança e desenvolve uma conduta tendente a não perder a segurança de casa.
Se nos atermos ao significado etimológico da palavra, Ágora: mercado, fobia: medo, teremos algo assim como medo aos espaços onde tem muita gente.
Isto não é muito exato, porque então concluiríamos que uma pessoa com fobia social e uma com agorafobia padeceriam do mesmo problema, o que é certo parcialmente.
A fobia social  forma parte do leque de fobias que padece um agorafóbico. Portanto, diremos que a agorafobia é um transtorno de ansiedade em que se dão um conjunto de sintomas fóbicos que determinam ao indivíduo a buscar a segurança da casa e na qual podem aparecer ataques de pânico ou não (normalmente surgem).
A agorafobia tende a desenvolver-se mais tarde que outras fobias, precisamente entre os dezoito e trinta anos e se dá mais entre as mulheres do que os homens na proporção de duas por um mais ou menos.
Inicia-se com uma crise de angústia em agrupamentos humanos  em outras palavras durante as aglomerações.
A pessoa começará a evitar estes lugares com medo que se repita a crise tornando-se cada vez maior o leque de medos que padece e, portanto, diminuindo cada vez mais sua capacidade para relacionar-se socialmente (fato compreensível se levarmos em conta que uma grande maioria de agorafóbicos apresentam fobia social) e para trabalhar.
Em principio, o medo principal são as aglomerações ou a espaços abertos, para logo estender-se aos transportes públicos, lugares fechados, distanciar-se de casa ou ficar em casa sozinho, etc.
Na pessoa com agorafobia, qualquer circunstancia estressante (fadiga, calor,frio, doença física, etc.), piora o quadro da enfermidade.
Também são freqüentes os episódios  depressivos ou de desânimo ao longo da enfermidade.
É  muito raro que a agorafobia se manifeste sem uma reação prévia de ansiedade que pode ser ansiedade generalizada ou ataques de pânico.
Normalmente, quando o paciente solicita ajuda médica, sua situação profissional e social tende a estar muito alterada  e seu estado de animo muito baixo devido a má qualidade de vida que apresenta.
O índice de regressão espontânea da enfermidade isto é sem busca de terapia ou especialista é muito pequeno e não atinge a 20%.
FONTE: http://www.psicologia.org.br/internacional/pscl21.htm

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Distúrbios neurológicos e palavrões.


Um grande número de distúrbios neurológicos e emocionais pode afetar nossa habilidade de falar e nos levar a falar palavrões excessivamente. Por exemplo, pessoas com várias formas de afasia perdem a capacidade de falar ou pronunciar palavras por causa de danos ou doença em partes do cérebro responsáveis pela linguagem. 
Muitos afásicos mantêm a habilidade de produzir fala automática, que freqüentemente consiste de símbolos de conversação como "ah" e "ham". Essa fala pode incluir palavrões; em alguns casos, os pacientes não conseguem criar palavras ou frases, mas conseguem xingar.
Além disso, a habilidade de pronunciar outras palavras pode mudar e evoluir durante a recuperação, ao passo que a pronúncia e o uso de palavrões permanecem iguais.

Coprolalia é o termo médico para xingamentos incessantes e é um raro sintoma da Síndrome de Tourette. Os números publicados variam muito, mas relativamente poucas pessoas com a Síndrome de Tourette apresentam coprolalia, que atinge mais homens do que mulheres. Normalmente, aparece entre os quatro e sete anos de idade, após o início de tiques, atinge o limite na adolescência e diminui consideravelmente na fase adulta.

Estudos fizeram uma ligação entre a Síndrome de Tourette, a coprolalia e o gânglio basal do cérebro. Médicos pesquisadores começaram a desenvolver uma teoria dizendo que o mau funcionamento do gânglio basal contribui ou é responsável pela Síndrome de Tourette e pela coprolalia. A coprolalia também tem paralelos interessantes com palavrões usados diariamente: ambos tendem a ser mais usados por homens mais jovens.

FONTE: http://pessoas.hsw.uol.com.br/palavroes-e-xingamentos5.htm

domingo, 18 de novembro de 2012

Testes Psicológicos


Testagem psicológica é um campo caracterizado pelo uso de amostras de comportamento de forma a aceder a construtos psicológicos, tal como o funcionamento cognitivo e emocional, de um dado indivíduo. O termo técnico para a ciência por detrás da testagem psicológica é a psicometria.
 Por amostras de comportamento, pode-se significar observações de um indivíduo no desempenho de tarefas que foram normalmente prescritas de antemão, o que muitas vezes se traduz em pontuação num teste. 
As respostas são frequentemente compiladas em tabelas estatísticas que permitem ao avaliador comparar o comportamento do indivíduo a ser testado às respostas do grupo de referência.

Testes Psicológicos

Um teste psicológico é um instrumento desenhado para medir construtos não-observáveis, conhecidos também como variáveis latentes. Os testes psicológicos são tipicamente (embora não necessariamente) uma série de tarefas ou problemas que o indivíduo que responde tem que resolver. 
Os testes psicológicos podem-se assemelhar fortemente a questionários, que também são desenhados para medir construtos não-observáveis, mas que diferem na medida em que um teste psicológico pede ao indivíduo o seu desempenho máximo enquanto um questionário pede ao indivíduo um desempenho típico.
É importante que as pessoas que são iguais no construto medido apresentem também probabilidades iguais de responder aos itens do teste correctamente. Por exemplo, um item de um teste de matemática poderia ser "Numa partida de futebol dois jogadores levam cartão vermelho; quantos jogadores restam no final?"; contudo, este item também requer também conhecimento de futebol para ser respondido correctamente, e não apenas capacidades matemáticas.
 A pertença a um grupo também pode influenciar a probabilidade de responder correctamente aos itens (funcionamento diferencial dos itens). 

Avaliação psicológica

A avaliação psicológica é semelhante à testagem psicológica, mas implica geralmente uma avaliação mais abrangente do indivíduo. A avaliação psicológica é um processo que implica a integração de informações de várias fontes, tais como testes de personalidade normal e anormal, testes de aptidão ou inteligência, testes de interesses e atitudes, bem como informações a partir de entrevistas pessoais. 
Também são recolhidas informações colaterais sobre a história pessoal, profissional ou médica, como de registros ou a partir de entrevistas com os pais, cônjuges, professores ou terapeutas anteriores ou médicos. Um teste psicológico é uma das fontes de dados utilizada no processo de avaliação; geralmente mais do que um ensaio é utilizado. 
Muitos psicólogos fazer algum nível de avaliação na prestação de serviços a clientes ou pacientes, e podem usar, por exemplo, listas de verificação simples para avaliar algumas características ou sintomas, mas a avaliação psicológica é um processo mais complexo, detalhado e em profundidade. 
Os tipos habituais de enfoque para a avaliação psicológica são fornecer um diagnóstico para as condições de tratamento, avaliar uma determinada área de funcionamento ou deficiência muitas vezes para ambientes escolares, para ajudar a seleccionar um tipo de tratamento ou para avaliar os resultados do tratamento, para ajudar os tribunais a decidir questões como a custódia de crianças ou a competência para comparecer a julgamento, ou para ajudar a avaliar os candidatos a um emprego ou empregados e fornecer aconselhamento de desenvolvimento de carreira ou treino.


FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_psicol%C3%B3gico

Banzo: a melancolia negra

 

A depressão e o suicídio dos escravos eram fatos corriqueiros

Renato Pinto Venâncio* | 01/02/2005 00h00

"Apareceu ontem enforcado com um baraço [corda de fios de linho], dentro de um alçapão, na casa da rua da Alfândega, nº 376, sobrado, o preto Dionysio, escravo de D. Olimpya Theodora de Souza, moradora na mesma casa. 
O infeliz preto, querendo sem dúvida apressar a morte, fizera com uma thesoura pequenos ferimentos no braço ...” Essa nota, publicada no Jornal do Commercio, no Rio de Janeiro, em 22 de junho de 1872, revela uma faceta pouco conhecida da escravidão: os escravos se suicidavam. E como. 
O índice de “mortes voluntárias” entre eles, quando comparado ao de homens livres, era duas ou três vezes mais elevado. Os suicídios de escravos também se diferenciavam noutros aspectos. O mais notável deles era o fato de atribuir-se o gesto ao banzo.
Ainda hoje se discute o significado dessa palavra. O mais aceito tem uma remota origem africana, equivalendo a “pensar” ou “meditar”. O termo também, há tempos, designou uma doença. 
Em 1799, por exemplo, Luiz António de Oliveira Mendes apresentou, na Academia Real de Ciências de Lisboa, um estudo sobre “as doenças agudas e crônicas que mais freqüentemente acometem os pretos recém-tirados da África”. O banzo constava entre elas. Os sintomas? Os escravos ficavam entristecidos, paravam de falar e, acima de tudo, deixavam de se alimentar, mesmo “oferecendo-se-lhes” – afirma o médico – “as melhores comidas, assim do nosso trato e costume, como as do seu país...”, falecendo pouco tempo depois.
No século 19, com o desenvolvimento das primeiras teorias psicológicas, o comportamento dos escravos banzeiros foi reconhecido como distúrbio mental. Em 1844, Joaquim Manoel de Macedo, na tese médica intitulada Considerações Sobre a Nostalgia, afirma o seguinte: “[...] estamos convencidos de que a espantosa mortandade que entre nós se observa nos africanos, principalmente nos recém-chegados, bem como de que o número de suicídios que entre eles se conta, tem seu tanto de dívida a nostalgia [...]”
Aos poucos, a associação entre nostalgia e banzo se tornou popular. No Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, de 1875, de Joaquim de Macedo Soares, é possível ler a seguinte definição: “banzar: estar pensativo sobre qualquer caso; triste sem saber de quê; sofrer do spleen dos ingleses; tristeza e apatia simultânea; sofrer de nostalgia, como os negros da Costa quando vinham para cá, e ainda depois de cá estarem”.
Hoje, a palavra “nostalgia”, difundida na literatura, é sinônimo de “saudade”, um sentimento. Situação bem diferente é pensá-la como doença. Tal rótulo – assim como o de banzo – provavelmente encobria uma vasta gama de problemas psicológicos ou psiquiátricos, que iam da depressão à esquizofrenia; ou eram provocados pela desnutrição, por doenças contagiosas, ou por consumo excessivo de álcool e drogas – como a maconha, apreciada por muitos escravos, que a chamavam de “pango”.
Não faltam exemplos de aproximações entre suicídio e doença mental. O citado Jornal do Commercio registra ocorrências de mortes voluntárias associadas a delírios: “Valentim, escravo de Faria & Miranda, estabelecidos na rua dos Lázaros nº 26, sofria há dias violenta febre, e era tratado pelo Dr. Antonio Rodrigues de Oliveira. Anteontem [20 de maio de 1872], às 9 horas da noite, ao que parece, em um acesso mais forte, Valentim feriu-se com um golpe no pescoço”.
 Outras vezes se reconhecia explicitamente a loucura: “Suicidou-se ontem [8 de março de 1872] à 1 hora da tarde, enforcando-se, a preta africana Justina, de 50 anos, escrava de Narciso da Silva Galharno. O Sr. 2º Delegado tomou conhecimento do fato e procedeu a corpo delito. Consta que a preta sofria de alienação mental”.
Como todos os testemunhos do passado, os textos acima devem ser lidos com olhos críticos: o registro de suicídio pode encobrir assassinatos praticados por senhores. Tal fato não implica em diminuir o banzo como uma das expressões trágicas da loucura comum a milhões de pessoas vítimas do tráfico de escravos. Por outro lado, a divulgação desse sofrimento nos jornais deve ter contribuído para a formação da sensibilidade abolicionista na sociedade imperial. 
Por isso, o banzo pode ser entendido como uma forma não intencional de protesto político, um exemplo primário de luta pela não-violência.

*Professor de história da Universidade Federal de Ouro Preto e co-autor do livro Ancestrais: Uma Introdução à História da África Atlântica, Campus, 2003

Gostava tanto de você.



Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou em minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver pra não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou em minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver pra não lembrar.

TIM MAIA

sábado, 17 de novembro de 2012

Dicas para se sentir bem



Sentir-se bem não é um estado a que se chegue naturalmente ou em um passo de mágica. As pessoas que conseguem isso com freqüência costumam dedicar parte da sua energia para construir esse estado positivo. Veja essas oito atitudes simples que vão ajudar você a se sentir bem.

1

Ria mais: o riso libera endorfinas (substâncias químicas que geram bem-estar) na corrente sangüínea e você se sentirá mais animado, além de ter mais alegria e entusiasmo.

2

Livre-se do que é velho: deixe para trás idéias retrógradas e assim abrirá espaço para novas experiências. Assim como você dá um sapato que passou de moda, experimente fazer a mesma coisa com seus preconceitos, hábitos e idéias que não servem. Assim, você continuará crescendo.

3

Fique aberto a novidades: não se deixe levar pela rotina nem absorver pelo que você já conhece. A vida está sempre mudando e tem sempre coisas novas para oferecer.

4

Cuide da sua aparência: quanto melhor for a sua aparência, melhor você vai se sentir. Isto não significa que você precisa ter um visual de modelo. Cuide do seu corpo para se sentir saudável, radiante e com vitalidade.

5

Mexa seu corpo com prazer: fazer exercícios, além de ajudar a manter a forma, também deixa as pessoas mais animadas, descansada e com menos risco de adoecer.

6

Incorpore a arte à sua vida: a boa música, as pinturas inspiradoras, o teatro para pensar ou se divertir, o cinema e a dança são fontes de alegria e alimento para o espírito.

7

Busque o bem-estar dos outros: concentrar-se só nos próprios problemas costuma tornar as pessoas egoístas e auto-referentes. Construir relações solidárias e afetuosas fortalece a auto-estima e a confiança, além de permitir contar com o apoio de outras pessoas nas horas difíceis.

8

Seja você mesmo e construa o que você quer ser: não faça nada só para agradar os outros, nem tome suas decisões esperando aprovação. Respeite-se e pergunte-se a cada manhã o que você quer fazer com o dia.

Importante

Ao identificar atitudes e atividades que fazem você se sentir bem, pratique-as sem culpa ou receio sempre que puder. 

FONTE: http://comunidade.bemsimples.com/autoajuda/w/autoajuda/Oito-dicas-para-se-sentir-bem.aspx

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Qual a diferença?



Uma dúvida extremamente comum envolve a diferenciação entre os profissionais que trabalham com o psíquico. Poucas pessoas têm certeza do que distingue os nomes psicanalista, psicólogo, psiquiatra ou psicoterapeuta; e por vezes ainda outros mais endossam a confusão.
Aparentemente, o psiquiatra é o profissional que as pessoas têm mais facilidade para diferenciar dos demais. A psiquiatria, sendo uma especialização da medicina, tenta delimitar os problemas do paciente a partir de uma perspectiva médica, orgânica, por isso, tem a prerrogativa de prescrever drogas para o tratamento dos sintomas. Acaba sendo mais raro, porém, alguns psiquiatras também oferecem psicoterapia, que é por regra, o trabalho que um psicólogo pode oferecer.
Atuar como um psicoterapeuta, acaba sendo uma descrição para uma prática comum ao psicólogo e ao psiquiatra. Será um psicoterapeuta, todo profissional que ofereça uma terapia que se baseie num entendimento sobre o funcionamento psicológico do paciente. Existe uma variedade enorme de psicologias que dão fundamento a esta prática. 
Muitas delas são derivadas da psicanálise, outras se aproximam da fisiologia, ou emergiram de propostas filosóficas, e variam muito em sua forma, mas todas conservam em comum um aspecto: toda psicologia possui uma maneira particular de descrever o que é o homem, (ou a mente, ou o sujeito psicológico, à seu gosto). Por isso, cada uma tem uma visão de mundo e de homem própria.
Quanto ao que é o psicanalista, ou simplesmente “analista”, poderíamos sintetizar sua descrição em um ponto básico do qual todos os outros são consequência: O psicanalista é o único clínico que trabalha considerando a presença e ação do Inconsciente. E alguém poderia se perguntar: “Mas como assim só a psicanálise aceita que o inconsciente existe se eu já ouvi psicólogos dizendo que fazemos coisas inconscientemente?”. 
Trata-se de que algumas psicologias podem considerar que as pessoas tenham pensamentos que não estão acessíveis à sua consciência, mas nenhuma se dedica a trabalhar estas questões ou as forças que fazem com que uma ideia permaneça inconsciente. O trabalho com essas forças, chamadas de recalque ou repressão, constitui o ofício do psicanalista.
Quando no fim do séc XIX Freud abandonou sua carreira de neurologista para inventar a psicanálise, a ocupação de psicólogo ainda não existia. Isso se manteve até meados dos anos 70, quando quase todos psicanalistas eram psiquiatras que optaram por mudar seus métodos, e os primeiros cursos de psicologia começaram a surgir em nosso país. Atualmente no Brasil, a maioria dos psicanalistas primeiro se graduou psicólogo em uma faculdade de psicologia para depois começar a estudar a psicanálise.

FONTE: http://www.psicanaliseflorianopolis.com/psicologo-ou-psicanalista.html

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

HIPNOSE


Hipnose é um estado mental (teorias de estado) ou um tipo de comportamento (teorias de não-estado) usualmente induzidos por um procedimento conhecido como indução hipnótica, o qual é geralmente composto de uma série de instruções preliminares e sugestões.
 O uso da hipnose com propósitos terapêuticos é conhecido como "hipnoterapia".

As pessoas que são hipnotizadas costumam relatar alterações de consciência, anestesia, analgesia, obedecendo e realizando os atos mais variados e extremos sob este pretenso estado.

O termo "hipnose" (grego hipnos = sono + latim osis = ação ou processo) deve o seu nome ao médico e pesquisador britânico James Braid (1795-1860), que o introduziu pois acreditou tratar-se de uma espécie de sono induzido. 
(Hipnos era também o nome do deus grego do sono). Quando tal equívoco foi reconhecido, o termo já estava consagrado, e permaneceu nos usos científico e popular. O termo não se deve ao latim, mas foi dado por um medico em homenagem ao Deus do sono hypno. 
Contudo, deve ficar claro que hipnose não é uma espécie ou forma de sono. Os dois estados de consciência são claramente distintos e a tecnologia moderna pode comprová-lo de inúmeras formas, inclusive pelos achados eletroencefalográficos de ambos, que mostram ondas cerebrais de formas, frequências e padrões distintos para cada caso. 

É um conjunto de técnicas psicológicas e fisiológicas usadas para a modificação gradual da atenção. Durante este processo, o grau de suscetibilidade à hipnose é medido pela capacidade dos pacientes em desconectar sua consciência do mundo exterior e se concentrar em experiências sugeridas pelo hipnólogo. 

Hipnose muitas vezes é empregada em tratamentos psicológicos e médicos (e/ou psiquiátricos). Quando em uso por psicólogos e médicos — sendo o paciente submetido à hipnose, para o desejado fim terapêutico — fala-se apropriadamente em hipnose terapêutica (hipnoterapia).

Com efeito, é possível tratar alguns problemas de comportamento, como o tabagismo, as disfunções alimentares (como anorexia, bulimia, desnutrição e obesidade), bem como a insônia, entre tantos problemas, com o uso adequado e competentemente supervisionado da hipnose — a hipnoterapia.

Se é o terapeuta que se acha em estado ou transe hipnótico (usualmente auto-induzido, conquanto possa ser também alter-induzido) — e, nesse estado hipnótico, prescreve tratamento para a cura de doenças ao paciente em estado não-hipnótico, emprega-se o termo hipniatria, sendo que o terapeuta, neste caso, passa a ser chamado de hipniatra.

É de se observar que países diferentes tratam diferentemente a matéria. Na Inglaterra e em muitos países europeus, não é exigida essa formação pregressa para que o hipnotizador exerça efetivamente a hipnoterapia: basta que, submetido, a uma banca examinadora competente, comprove ser capacitado para tal
Nos Estados Unidos a profissão de hipnoterapeuta está registrada no catálogo federal de ocupações há mais de 30 anos, sendo que profissionais não formados nas áreas de medicina ou psicologia trabalham apenas com mudanças vocacionais e avocacionais, podendo, sob recomendação, auxiliar em tratamentos médicos e psicológicos através da hipnoterapia. No Brasil a hipnose é uma técnica de livre exercício.
Há todo um conjunto de técnicas desenvolvidas para levar o paciente a experimentar tal estado especial, entre elas:
  • Fixação do olhar;
  • Sugestões verbais;
  • Indução de relaxamento ou visualizações;
  • Concentração de foco de atenção, geralmente interiorizado;
  • Aplicação de estímulo de qualquer natureza, repetitivo, rítmico, débil e monótono;
  • Utilização de aparelhos eletrônicos, com estímulo de ondas cerebrais alfa.

Há um número muito grande de doenças em que não existe lesão ou comprometimento da estrutura de determinado órgão. Estas doenças são conhecidas como doenças funcionais, e nesse grupo de patologias a hipnose, assim como o efeito placebo, obtém excelentes resultados.
Como exemplos de disfunções, citam-se:
  1. Neurológicas: Enxaquecas e outras cefaleias crônicas; certas tonturas e vertigens; zumbidos (tinnitus);
  2. Digestivas: Gastrites; dispepsias; obstipações; certas diarreias crônicas (síndrome do cólon irritável); halitose;
  3. Respiratórias: Asmas brônquicas; rinites alérgicas; roncos e apneia do sono;
  4. Genitourinárias: Enurese noturna; incontinência urinária; disúria funcional; dismenorreia; tensão pré-menstrual.
  5. Sexuais: Impotência psicológica; frigidez e vaginismo; ejaculação precoce; diminuição do libido;
  6. Dérmicas: Urticária e outras alergias; doenças de pele associadas a fatores emocionais;
  7. Cardiovasculares: Hipertensão arterial essencial, certas arritmias cardíacas.
Em todas as outras doenças, hipnose também é indicada, podendo auxiliar quer no manejo dos sintomas desagradáveis ou ainda potencializando ou provendo os recursos de cura do próprio paciente.
Sabe-se hoje da íntima relação do sistema imunológico e fatores emocionais. A prática da hipnose pode predispor o organismo como um todo para a cura ou manutenção da saúde.

Tratamento de distúrbios psicológicos

  • Ansiedade, pânico, fobias, depressão e outros.
O sofrimento psicológico pode ser tão ou mais intenso e incapacitante quanto dor física.
As atuais técnicas psicoterápicas nem sempre são eficazes e por vezes são muito demoradas e onerosas.
Medicamento, conquanto competentemente prescrito, está freqüentemente associado a efeitos colaterais, secundários desagradáveis. Afora o fato de, também com frequência, não se conhecer medicamente, com a profundidade necessária e suficiente, da doença.
Quer seja prescrita e praticada por hipnólogo médico ou por médico prescrita / recomendada, porém praticada por hipnólogo não-médico, é inconteste que hipnose pode ajudar a aliviar os sintomas e trazer serenidade, ao capacitar a pessoa a apresentar respostas mais saudáveis aos estímulos do meio, à sua própria história pessoal e às suas emoções.

Tratamento e cura de hábitos e vícios

É natural o desejo humano de construir o mundo que o cerca através de suas próprias decisões. Muitas pessoas se acham aprisionadas por traços de personalidade indesejáveis ou vícios como o jogo, o etilismo, o tabagismo e a drogadição. A hipnose pode ajudar tais pessoas a expandirem o controle sobre suas vidas, devolvendo-lhes o poder de optar livremente, sem automatismos e a repetição de velhos hábitos nocivos.

Tratamento da disfunção alimentar

Em princípio, qualquer disfunção suscetível de psicoterapia, é tratável com hipnoterapia.
Emagrecimento saudável não pode ser obtido da noite para o dia. Pelo menos não sem impor riscos e agredir o organismo com cirurgias desnecessárias, dietas rigorosas e prejudiciais ou medicamentos perigosos. E mesmo assim tais resultados raramente são duradouros.
O tratamento baseado em hipnose propõe uma reestruturação da personalidade, na qual magreza e elegância acompanham mudanças profundas e definitivas na relação do indivíduo com o mundo.

Analgesia em episódios de dor aguda ou crônica

Toda dor tem dois componentes: um físico, devido à lesão tecidual, e um psicológico, que amplifica a percepção desta dor. O emprego de técnicas hipnóticas pode desligar definitivamente o componente psicológico da dor, diminuindo por si só grandemente a necessidade de analgésicos. 
Excelentes resultados podem ser conseguidos também com o componente físico da dor, porém aí são freqüentemente necessárias sessões repetidas ou a prática de auto-hipnose. Lombalgias e outras dores de coluna, LER/DORT e fibromialgia, dor pélvica crônica e outras síndromes dolorosas respondem muito bem à hipnose.

Anestesia para procedimentos cirúrgicos

Na literatura médica há muitos relatos de cirurgias de grande porte realizadas com anestesia puramente hipnótica. Em nosso meio tais estudos estão se iniciando, e várias pequenas cirurgias já foram realizadas tendo a hipnose como método único de anestesia. Mesmo nas ocasiões em que a anestesia química é empregada, o uso de hipnose diminui consideravelmente a quantidade de medicamentos empregados. Embora seja ainda um método experimental que não substitui a anestesia convencional, há evidências de que é uma ótima alternativa para pacientes que por quaisquer motivos não podem submeter-se a anestesia por drogas.

Hipnose em obstetrícia

A obstetrícia é a área da medicina em que a hipnose se encontra mais difundida, devido aos seus resultados impressionantes. Gestação e parto são fisiológicos e naturais, e a hipnose pode ajudar a:
  1. Aliviar a hiperemese gravídica (vômitos da gravidez), dores lombares e urgência miccional;
  2. Disciplinar a alimentação da gestante, evitando ganho excessivo de peso;
  3. Fazer profilaxia da DHEG (doença hipertensiva específica da gestação);
  4. Promover analgesia durante o parto, relaxamento muscular e tranquilidade (parto sem dor);
  5. Diminuir a incidência de distócias e outras complicações;
  6. Fazer profilaxia da depressão pós-parto e estimulação da lactação.

Hipnose no auxílio ao aprendizado

Hipnose pode auxiliar no progresso nos estudos e aumentar a chance de aprendizado em cursos e estudos regulares, bem como na aprovação em concursos.
É possível:
  1. Expandir a capacidade de memorização;
  2. Auxiliar a estabelecer maior disciplina na rotina de estudos;
  3. Motivar o aprendizado;
  4. Desenvolver serenidade, fundamental para o bom desempenho em provas.

Relaxamento e redução de estresse

Perigos reais e sobrecargas mesclam-se com as exigências da vida nas cidades.
Preocupações profissionais invadem e destroem os momentos de lazer e intimidade com a família. Vive-se constantemente em prontidão, em modo de "lutar ou fugir", a resultar hiperatividade crônica do sistema nervoso autônomo simpático e em muitos efeitos nocivos ao organismo.
O uso da hipnose (ou auto-hipnose) podem ser providenciais recursos para restaurar a harmonia e o bem-estar, pessoal e/ou convivencial.

Hipnose e insônia

O sono tem uma arquitetura toda especial, e é constituído de diversas fases, essenciais para a recuperação das funções mentais e do organismo como um todo. Os medicamentos para dormir afetam esta arquitetura e diminuem a qualidade do sono. A aplicação de técnicas hipnóticas pode ser efetiva no combate à insônia.

Auto-hipnose

Já foi dito que, segundo vários especialistas, toda hipnose é, na verdade, uma auto-hipnose.
Auto-hipnose é uma habilidade extremamente útil para a promoção de saúde e bem-estar.
A melhor maneira de aprender a entrar em transe hipnótico é receber treinamento por um hipnólogo. Via de regra, ensinar auto-hipnose é o último passo de todo tratamento com hipnose, dotando o paciente de um recurso valioso na busca de seu próprio aprimoramento pessoal.
Também pode ser utilizada apenas para atingir estado de relaxamento profundo, dormir melhor, melhorando, pois, a qualidade de vida.

Hipnose e desempenho pessoal

É uma ambição universal querer ser uma pessoa melhor, considerados todos os aspectos: pessoal, familiar, profissional social etc..
Aprender coisas novas, ter versatilidade e fazer cada vez melhor o que já se faz bem é anseio comum.
Através da prática da hipnose é possível suprir deficiências ou estimular traços de personalidade desejáveis, como a autoconfiança e a liderança, vencer a timidez, progredir nas relações pessoais e de trabalho ou superar suas limitações quaisquer que sejam.

 FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipnose