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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz ano novo!!!!


Transtorno do desejo sexual hipoativo




O que é o desejo sexual hipoativo?
O desejo sexual hipoativo é uma diminuição ou ausência de fantasias sexuais que geralmente, leva a pessoa  a deixar de desejar ou querer ter relações sexuais; causando acentuado sofrimento que geralmente a conduz para dificuldades no âmbito do relacionamento afetivo, vida profissional e social.
O baixo desejo sexual, pode ocorrer em todas as situações e  formas de expressão sexual, ou ocorrer apenas na presença de determinadas situações como por exemplo: com um parceiro específico, ou uma atividade sexual específica ( ex: pode ocorrer na relação sexual, mas não na prática da masturbação).
Um desejo sexual reduzido freqüentemente está associado com problemas de excitação sexual ou com dificuldades para atingir o orgasmo.  Não é incomum que pessoas com freqüentes queixas relacionadas ao desejo, usarem a inibição do desejo como uma forma defensiva, a fim de se protegerem contra temores relacionados ao sexo.
Quais as causas?
A auto-estima adequada, boas experiências anteriores com o sexo, a disponibilidade de um parceiro apropriado e um bom relacionamento em áreas não sexuais com o parceiro, são fatores importantes para a adequada qualidade de vida sexual. Danos em qualquer um desses fatores podem resultar em uma diminuição do desejo, e conseqüentemente, representarem uma fonte de sofrimento para os indivíduos.
Vários fatores podem estar presentes como causa do desejo sexual hipoativo, entre eles:
Fatores orgânicos (ex: diminuição da testosterona, dor durante o ato sexual, lesões nas genitálias, etc.);
Fatores farmacológicos: (ex: uso de determinados medicamentos como: anti-hipertensivos, antidepressivos,
drogas de abuso entre outros que podem concorrer para a baixa libido);
Fatores Psicológicos: (ex., depressão, estresse acentuado, medos e inseguranças);
Fatores relacionais e culturais: (Situações traumáticas de abuso sexual, educação muito rígida, falsos mitos sobre a sexualidade, culpa, comportamento sedutor por parte dos pais, conflitos conjugais, gravidez,também podem estar implicados em alguns casos.);
Outros fatores, como  a condição médica geral do individuo, podem ter efeito prejudicial e inespecífico sobre o desejo sexual;  fraqueza, dores, problemas com a imagem corporal, preocupações diversas com a sobrevivência ( finanças, desemprego), relacionamentos afetivos problemáticos.
A Abstinência sexual por períodos prolongados também pode ocasionar supressão do impulso sexual.
Dificuldades ou deterioração do relacionamento são outros fatores que podem levar a perda do desejo sexual.
Também não é incomum ocorrer uma disfunção sexual de desejo hipoativo por fatores combinados, ou seja, onde o transtorno do desejo não se deve exclusivamente a fatores orgânicos, fisiológicos, ou induzidos por substâncias, ou por fatores psicogênicos e sim por uma combinação destes.
Quais os sinais do desejo sexual hipoativo?
Um dos primeiros sinais é a diminuição (ou ausência) persistente ou recorrente de fantasias ou desejo de ter relação sexual. O indivíduo promove pouca energia para a busca de estímulos e sente-se frustrado quando privado da expressão sexual.
Indivíduos com transtorno do desejo hipoativo podem ter dificuldades para desenvolver relacionamentos sexuais estáveis com maior freqüência e têm maior probabilidade de sentirem-se insatisfeito e romperem relações afetivas e conjugais.
Cabe ao profissional especializado o julgamento sobre a diminuição ou ausência de desejo, levando em consideração fatores que afetam o funcionamento sexual, tais como:  idade e contexto de vida do indivíduo dentre outros.
Qual a incidência entre homens e mulheres?
Segundo estudos populacionais, 15% da população masculina apresentam diminuição do desejo, sendo que se observou uma maior incidência em homens com idades mais avançadas. Entre as mulheres, os estudos  revelaram uma alta incidência, em torno de 26%. Essa porcentagem aumenta nas mulheres cirurgicamente menopausadas, e no geral, observou-se uma maior incidência na população masculina do que na feminina.
Quando procurar ajuda especializada?
Toda alteração na expressão da sexualidade desviante ( fora do considerado “Normal”) e que leve a pessoa a um sofrimento qualquer e/ou dificuldades na relação afetiva, deve ser investigado por um profissional especializado.
Como a parceira ou parceiro podem ajudar?
Como forma de solução desse problema, é fundamental manter um diálogo franco e aberto com o parceiro (a), sem preocupar-se em obter soluções rápidas e milagrosas.
É importante também deixar o estresse e as preocupações em segundo plano, permitindo-se ter momentos de intimidade com o (a)  parceiro(a), sem interferência do meio externo.
É importante adotar uma atitude pró-ativa no sentido de não determinar dia ou horário para que o sexo aconteça,  e sim, abrir espaço para que tais momentos aconteçam, mesmo que apenas para toques, carícias e troca de afeto.
Manter-se aberto para conversas com urologistas, ginecologistas e/ou psicólogos podem ajudar a identificar a falta de desejo sexual e conhecer os fatores que estão associados a ele. A discussão desses assuntos além conduzir para a compreensão do problema promove aquisição de informação e a reeducação  os quais trarão maior conforto para enfrentar o (s) tratamento(s).
Quais as consequências  do baixo desejo sexual para a vida das pessoas?
As consequências podem ser diversas, e estão intimamente ligadas à qualidade do relacionamento  afetivo no geral e  não somente no âmbito sexual.
Em muitos casos a diminuição do desejo sexual pode levar a um desgaste da vida afetivo-conjugal, podendo levar o parceiro (a) a  interpretar, como uma rejeição e/ou como uma  possibilidade de infidelidade.
O baixo desejo sexual pode levar a pessoa a não dar a devida  importância ao sexo, a diminuir a frequência da atividade sexual, e não considerar o significado atribuído ao sexo, o qual varia de casal para casal.
É importante saber que em alguns casos a diminuição do desejo pode ser passageira e estar atribuída a: gravidez, falta de privacidade, filhos pequenos, desemprego, etc.
Qual o tratamento?
Cada caso deverá ser tratado particularmente, devendo ser valorizado o papel do profissional especializado para o caso. Portanto, não há um tratamento melhor, e sim, o mais indicado para determinado problema.
A escolha ideal para um tratamento eficaz deverá ser feita por um profissional especializado na área, o qual realizará o diagnóstico e este deverá ser fundamentado com base nas características do indivíduo, do casal, em determinantes interpessoais, no contexto de vida e no contexto cultural dos envolvidos.
Caso a diminuição do desejo se deva exclusivamente aos efeitos fisiológicos tanto de doença
física quanto do uso de um medicamento, essas causas devem ser consideradas e tratadas pelo profissional de saúde em primeira instância.
O baixo desejo sexual de  causas orgânicas podem ser tratadas com terapias medicamentosas paliativas ou definitivas, que vão desde o uso de lubrificantes vaginais durante o coito,  até o uso de medicamentos vasodilatadores locais e terapia de reposição hormonal. Para as de causas farmacológicas, poderá ser necessária a revisão do uso da medicação, com base nos efeitos nocivos, e, nos casos onde há a presença de drogas de abuso, se faz necessário a remoção delas. Para os de causas psicológicas, o tratamento poderá contemplar  terapia de casal focada na sexualidade e/ou terapia individual.
Há prevenção para o baixo desejo sexual?
Existem algumas estratégias que favorecem a qualidade afetivo/sexual de um casal e conseqüentemente podem ser consideradas como preventivas. são elas:
· Reservar um tempo para intimidade, com encontros semanais e atividadescomo: Cinema, jantares, peças de teatro, passeios variados e outros que favoreçam relacionamento e a intimidade do casal ou parceiros;
·  Buscar atividades corporais que possam ser realizadas conjuntamente como: atividades esportivas, aulas de dança, yoga, caminhadas e etc.;
·  Procurar "separar" afeto de carinho, para que toda atitude de carinho do parceiro (a) não seja interpretada como um convite que anteceda a relação sexual;
·   Promover o aumento do conhecimento sobre sexo e sexualidade através de livros, palestras, vídeos, revistas, debates, programas de TV e outros.
E para finalizar aqui vão algumas dicas que julgo importantes:
Não feche os olhos para os primeiros sinais de crise. Eles podem virar uma bola de neve. Procure ajuda. É  “normal” procurar ajuda em situações de crise. Dê preferência para um profissional. Lembre-se de que tudo é passageiro.
Não deixe seus temores atrapalharem a relação. A vida é sempre maior que o fato. Curta as outras coisas da vida também.
Lembre-se para amar alguém, ame primeiro a si mesmo. Fique ao lado dele (a) porque o (a) deseja e não porque precisa. Evite falar o tempo todo sobre o problema pra ele. Amigos  e terapeutas são feitos também para esses momentos.
Evite cobranças. Cobre menos, ame mais. Se você cobra do outro é porque está muito exigente com você mesma.
Quando sentir tesão por ele (a), não tenha medo de demonstrar. Vá em frente!  Tente dar e receber na mesma proporção. Quem doa muito cobra muito.
Todo mundo adora surpresa. Que tal mandar flores no escritório dele (a)? Eles (as) adoram se gabar para os colegas de trabalho. Invista na sua auto-estima.
E, acima de tudo,  ame muito; pois toda forma de amor vale a pena.
Por: Marcos Antonio Lopez Renna
Psicólogo e terapeuta sexual – CRP: 21740/6
Contatos: mrenna@ig.com.br
Referências Bibliográficas:
APA American Psychiatric Association “Manual estatístico e diagnóstico de transtornos mentais”, DSM IV, 4ª. Edição, Ed. Artes Médicas, 2003. 
Kaplan, H. S. “a Nova terapia do sexo” 2ª. Edição, Ed. Nova Fronteira, 1977.
Kaplan, H.I; Sadock, B.J; GREBB, J.A “ Compêndio de Psiquiatria – Ciência do Comportamento e psiquiatria”. 7ª. Ed. , artes médicas, 1997

domingo, 30 de dezembro de 2012

Aquarela - Toquinho.


Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...

Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...

Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...

Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...

Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...

Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...

Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...

De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...

Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...

E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)


FELIZ ANO NOVO!!!!

sábado, 29 de dezembro de 2012

Arthur Bispo do Rosário




Não existe nada que seja mais a Cara do Brasil do que o povo brasileiro. Para justificar esta afirmação irei falar de um homem em especial, um sergipano, natural de Japaratuba. O nome dele é Arthur Bispo do Rosário. Não se sabe bem ao certo a data do seu nascimento. O mais provável é que tenha sido entre os anos de 1909 a 1911. Ele morreu no Rio de Janeiro em 1989.
Mas por que Arthur Bispo é a cara do Brasil? Ele foi uma pessoa como outra qualquer, trabalhou para viver e sobreviver. Seu grande diferencial é que Bispo conversou com Deus, pelo menos é o que ele saiu gritando pelas ruas após um surto, mais tarde diagnosticado de esquizofrenia paranoica. 
Foi nas igrejas da cidade e ao mosteiro e afirmou ser o enviado de Deus para o fim dos dias. Lógico que esta afirmativa iria repercutir negativamente na sua vida, aos trinta anos foi levado a um hospício onde ficou internado durante cinquenta anos, não consecutivos, saindo de lá para encontrar com Deus.
Bispo viveu a sua vida entre a loucura e a arte, trazendo para o mundo uma nova visão. 
Foram feitos muitos estudos sobre esse homem. Até hoje médicos, psiquiatras e estudiosos ainda não sabem se a arte deu vida à loucura ou se a loucura deu origem à arte. 


Atualmente reconhecido como um artista plástico de renome internacional, Arthur viveu na Colônia Juliano Moreira no completo anonimato durante muito tempo até ter sido descoberto pelo cineasta Hugo Denizart, que dirigiu um documentário sobre o local.
As obras de Bispo do Rosário representam os tempos atuais com tanta verdade que chega a assustar. Seu trabalho simboliza o fim do mundo e tudo era produzido com materiais reciclados, restos da sociedade, ou ainda coisas que ele pedia aos familiares dos outros internos da instituição. 
Praticava algo muito comum para nós hoje em dia, a reciclagem, algo surpreendente nos anos 70 e 80. Era como se fosse uma previsão do que iria ocorrer num futuro próximo. Suas obras eram feitas numa cela, que ele mesmo pedia para ficar quando Deus começava a falar com ele. 
Uma das peças que mais surpreendem é o manto da apresentação. Não apenas pela imponência da obra, pois era para ser usado no grande dia, mais pela arte e os bordados típicos da região onde ele nasceu. 


Arthur Bispo do Rosário, sergipano, esquizofrênico, artista plástico, revolucionário, simplesmente é a Cara do Brasil, pois foi um homem que entre momentos alternados de loucura à lucidez, seguiu a sua vida atrás de seus objetivos, se tornou famoso e sempre será lembrado. 
Foram escritos livros sobre ele como os títulos Arte e Loucura: Arthur Bispo do Rosário, de Jorge Anthônio e Silva ou o documentário Arthur Bispo do Rosário: Prisioneiro da Passagem, de Hugo Denizart, ou ainda o filme O Senhor do Labirinto, dirigido por Geraldo Motta, fora outros títulos e teses de psiquiatria, do quais virou o assunto central.

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/arthur-bispo-ros-rio-cara-brasil-155100371.html

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Mensagem de veto
Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o  Esta Lei institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e estabelece diretrizes para sua consecução. 
§ 1o  Para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de síndrome clínica caracterizada na forma dos seguintes incisos I ou II: 
I - deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento; 
II - padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos. 
§ 2o  A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais. 
Art. 2o  São diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista: 
I - a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e das políticas e no atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista; 
II - a participação da comunidade na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro autista e o controle social da sua implantação, acompanhamento e avaliação; 
III - a atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com transtorno do espectro autista, objetivando o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes; 
IV - (VETADO);
V - o estímulo à inserção da pessoa com transtorno do espectro autista no mercado de trabalho, observadas as peculiaridades da deficiência e as disposições da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); 
VI - a responsabilidade do poder público quanto à informação pública relativa ao transtorno e suas implicações; 
VII - o incentivo à formação e à capacitação de profissionais especializados no atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista, bem como a pais e responsáveis; 
VIII - o estímulo à pesquisa científica, com prioridade para estudos epidemiológicos tendentes a dimensionar a magnitude e as características do problema relativo ao transtorno do espectro autista no País. 
Parágrafo único.  Para cumprimento das diretrizes de que trata este artigo, o poder público poderá firmar contrato de direito público ou convênio com pessoas jurídicas de direito privado. 
Art. 3o  São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista: 
I - a vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer; 
II - a proteção contra qualquer forma de abuso e exploração; 
III - o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas necessidades de saúde, incluindo: 
a) o diagnóstico precoce, ainda que não definitivo;
b) o atendimento multiprofissional;
c) a nutrição adequada e a terapia nutricional;
d) os medicamentos;
e) informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento; 
IV - o acesso: 
a) à educação e ao ensino profissionalizante;
b) à moradia, inclusive à residência protegida;
c) ao mercado de trabalho;
d) à previdência social e à assistência social. 
Parágrafo único.  Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2o, terá direito a acompanhante especializado. 
Art. 4o  A pessoa com transtorno do espectro autista não será submetida a tratamento desumano ou degradante, não será privada de sua liberdade ou do convívio familiar nem sofrerá discriminação por motivo da deficiência. 
Parágrafo único.  Nos casos de necessidade de internação médica em unidades especializadas, observar-se-á o que dispõe o art. 4o da Lei no 10.216, de 6 de abril de 2001. 
Art. 5o  A pessoa com transtorno do espectro autista não será impedida de participar de planos privados de assistência à saúde em razão de sua condição de pessoa com deficiência, conforme dispõe o art. 14 da Lei no 9.656, de 3 de junho de 1998. 
Art. 6o  (VETADO). 
Art. 7o  O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será punido com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos. 
§ 1o  Em caso de reincidência, apurada por processo administrativo, assegurado o contraditório e a ampla defesa, haverá a perda do cargo. 
§ 2o  (VETADO). 
Art. 8o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília,  27  de dezembro de 2012; 191o da Independência e 124o da República. 
DILMA ROUSSEFF

José Henrique Paim Fernandes

Miriam Belchior
Este texto não substitui o publicado no DOU de 28.12.2012
 

Como lidar com a depressão do final de ano


 Por Jocelem Salgado

O Natal e as festas de fim de ano estão chegando e para muitos, está chegando também a fase das depressões. Muitas vezes esse sentimento de desamparo e desânimo é provocado por datas que nos trazem lembranças tristes. Ou por perdas, como a de entes queridos, separações, desemprego, doenças. Todos esses fatos provocam o que podemos chamar de depressão natural.
 É normal e necessário que alguém se deprima quando sofre uma perda.
O que não pode ser aceita como natural é a depressão patológica, aquela que persiste por anos e transforma o dia-a-dia numa relação de mau humor, tristeza, mágoa e falta de perspectiva. 
Esse tipo de depressão é classificado como doença, precisa de acompanhamento médico e tem hoje excelentes tratamentos. Neste artigo, quero chamar a atenção para a importância da depressão no seus vários níveis, e lembrar que a pessoa deprimida precisa ser compreendida e cuidada.

Depressão nas festas de fim de ano
De uma forma ou de outra, com mais dinheiro ou menos dinheiro, está começando a estação do ano onde costumamos fazer balanços, projetos e festas.
O que pode parecer a época mais feliz do ano, para muita gente é bem o contrário. Natal e encontros de família, para essas pessoas, podem se transformar nos momentos mais tristes e difíceis de suportar. Na maioria das vezes, são pessoas deprimidas ou que estão passando por uma crise de depressão.
Para algumas, a causa está nas lembranças desse período, na falta de alguém, por exemplo, e a tristeza costuma ir embora assim que as festas também se vão. Para outras, o Natal só vem agravar uma sensação de desânimo e falta de autoestima que torna todas as coisas difíceis e sem graça alguma, o ano inteiro. Essas pessoas precisam de compreensão e ajuda médica, pois estão sofrendo da doença depressão.
O Natal daqui a alguns dias, é a época que mais afeta os depressivos, embora a depressão seja um mal que ataca em qualquer estação do ano. A depressão virou também uma espécie de mal da nossa época, certamente porque vem sendo estudada mais do que nunca e, com certeza, porque a indústria farmacêutica investiu muito nessa área, com resultados animadores. 
A Organização Mundial da Saúde estima que 15% da população mundial apresente algum quadro de depressão ao longo da vida. 

O luto é um sentimento necessário
O primeiro passo é tentar distinguir entre a depressão natural, aquela provocada por um sentimento de tristeza por alguma perda e a depressão patológica, que se agrava e permanece sem uma razão que justifique, e que precisa ser tratada por especialistas.
A depressão natural ou normal pode ser provocada por fatos graves como a perda do emprego, a morte de algum ente querido, o fim de um casamento, uma doença séria, o afastamento de um filho. São perdas que precisam de um tempo para serem absorvidas e superadas. Tentar ignorá-las será sempre pior.
Especialistas dizem que a perda de alguém só é superada depois de seis meses a um ano de luto. Tentar fazer de conta que esse fato não afeta a vida é lutar contra um sentimento que mais tarde voltará em forma de depressão muito mais grave.
Para essas depressões que têm causa conhecida, e para aquelas pessoas que se sentem deprimidas de tempos em tempos, há uma série de sugestões que podem ajudar a reduzir seus efeitos sem o uso de medicamento.

Dicas para diminuir a tristeza
Uma das mais eficazes é o exercício físico. Começar uma atividade qualquer, seja caminhada, ciclismo ou natação, dá ao corpo e à mente uma disposição nova capaz de animar o resto do dia. Você se sentirá mais forte, mais auto-confiante, se animará a fazer planos, e isso com certeza diminuirá sua tristeza e a sensação de que não é capaz de nada. O exercício físico atua em neurotransmissores que aumentam a disposição física e mental.
Muitas vezes a depressão está associada a sentimentos de solidão e isolamento, à falta de um contato físico. Por isso, especialistas em práticas alternativas sugerem tratamentos com massagens de todos os tipos, especialmente as relaxantes. Sentir o corpo, ajuda a ganhar nova disposição e a sentir-se vivo, com vontade de viver.
Há outras dicas conhecidas, que se fundamentam em exercitar o pensamento positivo. Se você diz a você mesmo que vai sair dessa fase, que você não é uma vítima, que é capaz e vai conseguir, certamente terá mais chance do que aquele que pensa o contrário.
Outro aspecto é a solidão e o fechamento em nós mesmos, tendência que muitas vezes acompanha a depressão. Sem a referência dos outros, sempre vamos achar que estamos sós e que nossa situação é a pior de todas. 
É por isso que os grupos de auto-ajuda como esses que reúnem alcoólatras e familiares de vítimas da violência, por exemplo, conseguem resultados que parecem milagres. Ao ouvir pessoas que estão vivendo uma situação semelhante à nossa, é natural que nos sintamos encorajados.
Nem é preciso participar de grupos de auto-ajuda, basta procurar estar mais tempo com as pessoas de quem gostamos e falar com elas sobre o que estamos sentindo e vivendo. Conversar, colocar para fora o que está dentro de nós, vai com certeza trazer alívio. Isso vale para mágoas, ressentimentos, angústias, a sensação de que estamos sendo enganados ou injustiçados. 

Quando depressão é doença
Quando a depressão não é mais a consequência direta de fatos que estão nos afetando, ela precisará ser cuidada por especialistas, muitas vezes com psicoterapia e medicamento. Esses casos são identificados por sérias alterações no dia-a-dia e que se repetem por semanas. São irregularidades no sono, às vezes com insônia, às vezes com sono demais, e que sempre resultam numa grande sensação de cansaço ao acordar.
São sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada, que podem se juntar a ideias de suicídio e de morte. Perda de interesse ou falta de prazer em quase todas as atividades, incluindo festas, passeios e atividade sexual, na maior parte do tempo e quase todos os dias. 
A depressão também se manifesta por alterações no apetite e consequentemente no peso, com ganhos e perdas. E interfere no sistema imunológico: uma pessoa deprimida, tende a ter suas doenças agravadas.
As depressões patológicas podem ter causas genéticas e biológicas, entre outras. Mas há também razões sociais que explicariam, por exemplo, a razão pela qual a depressão é duas vezes mais frequente em mulheres.
A identificação correta da depressão e o adequado tratamento dependerão do histórico de cada um, que o especialista fará ouvindo-o com a atenção. Hoje, medicamentos de última geração, vendidos como genéricos, por isso a preços mais acessíveis, significam uma grande ajuda para milhares de pessoas.
A depressão precisa ser levada a sério e tratada em todas as idades. Uma criança pode estar deprimida e os adultos à sua volta podem achar que está apenas querendo chamar a atenção. Os jovens, mesmo estudantes universitários, são vítimas da doença. Não é por acaso que alunos de medicina são os que mais tentam suicídio entre jovens da sua idade.
Os idosos são os que precisam de maior atenção. Com a perda de familiares, da saúde, das atividades que costumava exercer, do salário, o idoso reúne muitos motivos para cair em depressão.
 Não podemos, de forma alguma, enxergar esse quadro como natural. Medicado e melhor cuidado, esse nosso pai, tio, amigo ou avô poderá viver o resto de sua vida muito mais feliz.

FONTE: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/depressao.htm 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Transtornos mentais e a guerra.

A cidade líbia de Misrata, palco dos conflitos mais sangrentos durante a revolução que depôs o coronel Muamar Khadafi no ano passado, não está dando conta de atender e tratar os vários ex-combatentes que sofrem distúrbios psiquiátricos por causa de traumas deixados pelo conflito.

A batalha de Misrata ficou conhecida como o "Stalingrado da Líbia", em alusão à batalha de Stalingrado, na Rússia, uma das mais sangrentas da Segunda Guerra e da história.

Nos três meses de combates na cidade, cerca de 2 mil moradores morreram e 14 mil ficaram feridos.

Finda a revolução, muitos homens estão tendo dificuldade para lidar com transtornos psicológicos e médicos dizem que há uma desesperadora carência de profissionais qualificados ligados à saúde mental para tratá-los.

A doença mental ainda é um tabu na maior parte do mundo árabe e, na cidade conservadora de Misrata, os jovens têm dificuldade em encontrar ajuda nesta área.

Um grande número de jovens vem sofrendo de problemas como psicose, depressão aguda e estresse pós-traumático.

Alguns jovens que viveram o conflito compartilham um profundo sentimento de depressão e desilusão, com a falta de mudança que vivem na Líbia pós-Khadafi.

Há mais de um ano, o médico Khaled al-Madani, chefe do departamento de Psicologia da Universidade de Misrata, vem tentando criar serviços adequados de saúde mental.


Estresse pós-traumático


Uma pesquisa recente realizada por al Madani com 200 pessoas que perderam suas casas no conflito mostra que 17% delas estão sofrendo de estresse pós-traumático.

"Este é um conceito novo na Líbia, mas, no momento, temos um elevado número de pessoas que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático", diz.

Um ex-combatente foi até o Wazrak Al Medical Centre, em Misrata, para uma consulta com o Dr. Isa Asalini, o único psiquiatra, que acabou de chegar de Trípoli.

Ahmed (nome fictício), que antes da revolução estudava Direito e trabalhava meio expediente, agora sofre de depressão aguda.

Essa foi a primeira vez em que ele foi procurar a ajuda de um especialista. Segundo o médico, ele está apático e seus olhos transmitem um desespero esmagador.

"Eu perdi muitos amigos durante o conflito. Muitos morreram, foram amputados ou ficaram cegos", contou o rapaz.

Em pouco tempo de conversa, Ahmed mostra profunda desilusão sobre a revolução e suas conquistas.

"Em geral, me sinto sempre triste e tenho dificuldade para dormir. Não é como antes, me sinto isolado da comunidade", disse o rapaz.

"Tenho a impressão de que as pessoas que morreram no conflito morreram por nada. Com certeza, de acordo com a nossa religião, elas são mártires. No entanto, particularmente, acho que elas morreram por nada e isso me causa depressão. Acho que minha vida era melhor antes da revolução", disse.

Misrata / AP
Misrata foi um dos principais centros da revolução que terminou com a queda de Khadafi

Antes da guerra, Ahmed trabalhava com comércio exterior. Hoje, ele diz que não consegue nem mesmo um visto para deixar a Líbia e não vê nenhum futuro. Nos momentos de maior depressão, chegou a pensar em suicídio, o que é ferozmente condenado pelo Islã.

"Antes da guerra, eu tinha ambições e agora não as tenho mais. Nada é estável nesse país. Sinto que o país ainda vai demorar muito para se estabilizar e já pensei em me matar para me livrar desse sentimento", contou.

Uma revolução como a de Misrata, que desenvolveu um poderoso culto ao heroísmo e à vitimização, depois das brutalidades vividas, pode trazer perigos para a nova Líbia.


"A pergunta que sempre vem à minha cabeça é: o que nós ganhamos com isso? Não ganhamos nada, mas não posso dizer isso em público, porque alguns grupos podem prejudicar a mim ou a minha família ou até mesmo me prender".

Jovens


De acordo com o Dr. al-Madani, os jovens representam o maior grupo com transtornos mentais. No entanto, algumas mulheres também foram procurar ajuda pelos mesmos problemas.

Uma de suas pacientes sofre de flashbacks repetidos, em que acha que será morta ou estuprada. "Ela já tentou se matar três vezes", disse o médico.

Misrata / AP
Faltam médicos para lidar com os problemas psicológicos da população de Misrata.

Segundo moradores da cidade, soldados pró-Khadafi da cidade vizinha de Tawergha estupraram mulheres e cometeram outras atrocidades, como a castração de homens, durante os combates.

Os moradores de Tawergha não foram autorizados a voltar para sua cidade após o conflito e agora estão espalhados em acampamentos improvisados por todo o país.

"A guerra pode ter acabado, mas casos como o de Ahmed são muito comuns em Misrata", disse o médico. "Eles estão decepcionados e precisam de médicos para ajudá-los, mas nós não temos. Eles achavam que, mudando o regime de Khadafi, tudo ficaria bem.

Depois de quase dois anos de começar a lutar no conflito, Ahmed inicia agora uma nova e longa luta para curar sua depressão.

"Eu lutei muito na revolução. Perdi meu emprego, meus amigos e agora não me resta nada. Meus sonhos estão completamente quebrados".

FONTE: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121217_combatentes_libia_traumas_lgb.shtml

domingo, 23 de dezembro de 2012

A Felicidade - Tom Jobim



Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
e tudo se acabar na quarta feira
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor
Tristeza não tem fim.

Transtorno opositor

 
 
 
Todas as crianças passam por fases difíceis que muitas vezes poderiam ser descritas como "de oposição", especialmente quando se está cansado, com fome, estressado ou chateado. Quando eles estão assim podem discutir, conversar, desobedecer e desafiar os pais, professores e outros adultos. Há também momentos no desenvolvimento normal que o comportamento de oposição é esperado, como por exemplo entre dois a três anos de idade ou até mesmo na pré-adolescência. Entretanto, o comportamento hostil se torna uma preocupação quando é frequente e consistente, que se destaca quando comparado com outras crianças da mesma idade e nível de desenvolvimento e quando ela afeta a família da criança, social e a escola.

Para melhor entender, nada melhor que uma boa definição:

O Transtorno Opositor Desafiante, (TOD), é um transtorno disruptivo, caracterizado por um padrão global de desobediência, desafio e comportamento hostil.  A criança ou adolescente discute excessivamente com adultos, não aceitam responsabilidade por sua má conduta, incomodam deliberadamente os demais, possuem dificuldae de aceitar regras e perdem facilmente o controle se as coisas não seguem a forma que eles desejam (SERRA-PINHEIRO et al, 2004).
As crianças com TOD, geralmente apresentam um padrão contínuo de comportamento não cooperativo, desafiante, desobediente  hostil, incluindo: resistência à figura de autoridade. O padrão de comportamento pode incluir:

  • Frequente acessos de raiva
  • Discussões excessivas com adultos, muitas vezes, questionando as regras
  • Desafio e recusa em cumprir com os pedidos de adultos
  • Deliberada tentativa de irritar ou perturbar as pessoas
  • Culpar os outros por seus erros e mau comportamento
  • Muitas vezes, ser suscetível ou facilmente aborrecido pelos outros
  • Frequente raiva e ressentimento
  • Agressividade contra colegas
  • Dificuldade em manter amizades
  • Problemas acadêmicos

Embora não haja nenhjma causa claramente compreendida, acredita-se ser uma combinação genética, ambiente, incluindo:

  • Disposição natural de uma criança
  • Limitações ou atraso no desenvolvimento da capacidade de uma criança no processo de pensamento e sentimento
  • Falta de fiscalização
  • Inconsistência ou disciplina severa
  • Abuso ou negligência
  • Desequilíbrio de certas substâncias químicas do cérebro, tais como a serotonina

Os sintomas são geralmente vistos em várias configurações, mas são mais perceptíveis em casa ou na escola. Muitos pais relatam que seu filho com TOD estava mais rígido e exigente que o irmão da criança, desde tenra idade.

Este problema é bastante comum, ocorrendo entre 2% e 16% das crianças e adolescentes. Em crianças  menores é mais comum em meninos, mas durante adolescência ocorre com frequência em ambos os sexos. O início é gradual e aumenta a gravidade dos problemas de comportamento ao longo do tempo.

A melhor forma de tratar uma criança com TOD, inclui Psicoterapia infantil que abrange técnicas de manejo e modificação do comportamento, utilizando uma abordagem coerente da disciplina e seguir com reforço positivo de comportamentos, bem como a Análise Aplicada do Comportamento faz.

É muito difícil os pais lidarem com estas crianças e adolescentes, por isso é indicado Orientação de Pais, para melhor entendê-los além de obterem apoio e compreensão e, consequentemente receberem treinamento acerca de habilidades de manejo desta criança.
O sucesso do tratamento requer empenho e acompanhamento em uma base regular de ambos pais e professores.