Você sabia que os transtornos mentais e comportamentais relacionados ao uso de álcool e outras drogas estão entre os motivos que mais afastam as pessoas do trabalho? Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência de álcool e a fármaco-dependência estão presentes em uma relação de tendências mundial de transtornos psicossociais no trabalho.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como “droga” toda substância não produzida pelo organismo que é capaz de alterar o seu modo de funcionamento. Sendo assim, álcool, maconha, cocaína, crack e até mesmo medicamentos são considerados drogas – a diferença é que os medicamentos, quando administrados corretamente, trazem benefícios à saúde.
Embora substâncias como álcool e medicamentos em geral estejam ao alcance de maneira fácil, isso não significa que não sejam drogas e que não representem risco. Segundo a OMS, por exemplo, não existe volume de álcool seguro a ser consumido. Isso porque o álcool, considerado a droga que provoca mais danos à saúde e que pode levar à morte, é tóxico ao organismo e pode provocar, inclusive, doenças mentais.
Além disso, existem outros dados preocupantes sobre o assunto. Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) divulgada em 2019 indicava que 2,3 milhões de pessoas bebiam de maneira exagerada ou fora de hora, o que implica em dependência do álcool. Na mesma pesquisa, ficou registrado que 0,5% das pessoas NÃO faziam bom uso de remédios que servem para diminuir a dor ou deixar as pessoas mais tranquilas (calmantes e/ou tranquilizantes).
Os perigos do abuso de substânciasUma das principais características de substâncias como álcool e outras drogas é que elas provocam dependência, ou seja, a pessoa passa a consumir uma quantidade cada vez maior para se satisfazer. Como consequência,as mudanças de comportamento acarretadas pelo uso afetam a vida pessoal e o trabalho.
Veja alguns exemplos destas consequências:
- brigas em casa (abalando a estrutura familiar);
- falta de paciência ou de cuidados com os filhos;
- maior risco de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis;
- maior risco de acidentes em casa e/ou no trabalho (porque o julgamento do que é arriscado fica prejudicado);
- maior ocorrência de atrasos e faltas no trabalho;
- perda da produtividade no trabalho.
Estas consequências têm relação com os efeitos das substâncias do organismo, que podem incluir:
- Pressão alta (hipertensão)
- Doenças cardíacas
- Taquicardia
- Doenças respiratórias
- Perda de memória
- Perda dos reflexos (movimentos lentos)
- Dificuldade na fala
- Irritação e isolamento
- Falta de atenção
- Fraqueza
- Ansiedade
- Insônia
- Perda de apetite
- Dor de cabeça
- Tremores
- Sudorese (excesso de suor)
- Olheiras
- Lesões cerebrais
- Náuseas e vômitos
- Convulsões
- Overdose
- Alucinações
- Coma
- Morte
Agora que você entendeu o contexto e os perigos do consumo excessivo de substâncias, é hora de falar sobre como prevenir e tratar o abuso de álcool e outras drogas.
Como prevenir e tratar esta condição?
Prevenir é melhor que remediar. Esta máxima, sempre citada quando o assunto é saúde, também se aplica quando falamos sobre o consumo de substâncias. Confira abaixo 5 recomendações relevantes para prevenir e tratar o abuso de álcool e outras drogas.
- Seja exemplo para aqueles que vivem com você. Ao evitar o uso de álcool e outras substâncias, você ajuda a prevenir esse tipo de comportamento entre pessoas da sua família.
- Caso perceba alguma das mudanças de comportamento ou sintomas aqui descritos, observe a relação com o consumo dessas substâncias e peça ou ofereça ajuda!
- Esteja ciente de que a dependência química é uma doença e, a exemplo de qualquer outra, merece respeito e tratamento adequado.
- Aceite que, muitas vezes, para que o tratamento gere resultados, é preciso envolver o apoio da família, terapeutas, grupos de apoio e até centros de reabilitação.
- Converse abertamente com os menores sobre os riscos do consumo de álcool ou outras drogas. A prevenção deve começar ainda na infância e continuar na adolescência e vida adulta.
É isto mesmo: a infância, quando a criança está com idade entre sete e oito anos, é o momento ideal para iniciar a prevenção do uso de álcool e outras drogas. Isso porque é neste período da vida que os filhos estão mais abertos a escutarem as orientações dos pais e aprenderem com eles.
FONTE:https://www.sesirs.org.br/blog-do-sesi/alcool-e-outras-drogas-importancia-da-prevencao-nas-empresas
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