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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Aplicativo ‘SOS Vida Amapá’ ajuda a prevenir o suicídio.

Por: Sidney Cardoso 

De acordo com dados do Ministério da Saúde o Brasil registra 11 mil casos de suicídio por ano. Somente no Amapá, em 2017, foram registrados 25 mortes e 31 tentativas de suicídio, como informou o G1/AP.

Diante dessa realidade, o Governo do Estado do Amapá através do Centro de Gestão da Tecnologia da Informação (Prodap) desenvolveu o aplicativo ‘SOS Vida Amapá’, lançado em outubro de 2018, em Macapá. O aplicativo foi criado com objetivo de auxiliar pessoas em momentos de crise e com pensamentos suicidas.

O aplicativo já está disponível para download gratuito nas lojas PlayStore e AppStore, para plataformas android e iOS. Desde seu lançamento, o app já recebeu mais de 200 pedidos de socorro.

Como funciona

O SOS Vida Amapá é de fácil acesso. Através de um “botão do pânico”, o app aciona até três contatos cadastrados enviando um pedido de ajuda (mensagem automática). Caso as pessoas solicitadas não atendem, a pessoa tem a opção de ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 188. Além disso, a pessoa tem a opção de enviar mensagem ou ligar para amigos individualmente.

Acompanhamento social

Além do aplicativo, o Centro de Gestão da Tecnologia da Informação desenvolveu um sistema que registra no banco de dados todas as solicitações de pedido de ajuda feitas através do aplicativo ‘SOS Vida Amapá’. Esses dados servem para gerar estatísticas e também fazer o acompanhamento social que é feito pela Secretaria de Saúde do Estado do Amapá (Sesa).

“A Sesa liga para os números dos amigos que receberam o pedido de ajuda para perguntar se eles conseguiram prestar o auxílio necessário a pessoa que o solicitou. Caso, a ligação for feita ao CVV, a Sesa analisa como foi feito o atendimento e se foi com sucesso. Isso é o diferencial do aplicativo”, explicou um dos desenvolvedores do app, o colaborador do Prodap, Vinícius Brito.

FONTE:https://www.prodap.ap.gov.br/noticia/0802/aplicativo-sos-vida-amapa-ajuda-a-prevenir-o-suicidio-e-a-pedir-ajuda-rapidamente

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

A origem do Setembro Amarelo

 por Diogo Tulio Wernik de Carvalho


 

Setembro Amarelo é o mês (de 1 a 30 de setembro) dedicado à prevenção do suicídio. Trata-se de uma campanha, que teve início no Brasil em 2015, e que visa conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento.

É nesse mês que no dia 10 se comemora o dia mundial de prevenção do suicídio.

Ao mesmo tempo em que há muita discussão sobre o tema e que são organizadas caminhadas, durante esse mês alguns locais são decorados com a cor amarela. Assim, já foram iluminados de amarelo o Cristo Redentor, o Congresso Nacional, a Catedral e o Paço Municipal de Fortaleza, entre outros.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 32 pessoas se suicidam por dia no Brasil, o que significa que o suicídio mata mais brasileiros do que doenças como a AIDS e o câncer.

O assunto é envolto em tabus, por isso, a organização da campanha acredita que falar sobre o mesmo é uma forma de entender quem passa por situações que levem a ideias suicidas, podendo ser ajudadas a partir do momento em que as mesmas são identificadas.

As situações que levam a esse fim podem surgir de quadros de depressão, bem como do consumo de drogas.

É por isso que “Falar é a melhor solução” é o slogan da campanha, cujos envolvidos na sua organização acreditam que conscientizando as pessoas podem prevenir 9 em cada 10 situações de atos suicidas.

Origem do Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo começou nos EUA, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994.

Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo. Por conta disso, ficou conhecido como "Mustang Mike". Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.

No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem "Se você precisar, peça ajuda.". A iniciativa foi o estopim para um movimento importante de prevenção ao suicídio, pois os cartões chegaram realmente às mãos de pessoas que precisavam de apoio.

Em consequência dessa triste história, foi escolhido como símbolo da luta contra o suicídio, o laço amarelo.

 Se pensar em suicídio busque ajuda
É importante que as pessoas que estejam passando por momentos de crise busquem ajuda. O ideal é um acompanhamento psicológico, além do apoio da família e dos amigos. Para isso, é essencial que as pessoas consigam falar sobre o que sentem.

Se você estiver com sérios problemas e chegar a considerar o suicídio, pode procurar ajuda entrando em contato com o Centro de Valorização à Vida (CVV).

Esse é um projeto que fornece apoio emocional e prevenção do suicídio. Através de telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias da semana, eles atendem de forma voluntária e gratuita todos que precisam conversar. O serviço é totalmente sigiloso.

O site do CVV é www.cvv.org.br.

FONTE:  https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas-projetos-e-acoes/pro-vida/dicas-de-saude/pilulas-de-saude/setembro-amarelo-mes-da-prevencao-do-suicidio

 

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Coronavírus e a epidemia de ansiedade - Por Jô Alvim, Psicóloga

 


A pandemia mundial de coronavírus, além do risco de contágio, tem afetado nossa saúde mental. Há uma epidemia de ansiedade. E não pra menos. O aumento diário do número de óbitos pelo mundo, somado a falta de um tratamento eficaz contra a Covid-19, piora o quadro.

Estamos vivenciando um período crítico e atípico. Alteramos nossa rotina, mudamos nossos hábitos, alguns deles, inclusive, muito significativos, como as manifestações de carinho em forma de beijos e abraços, tão comuns em nossa cultura.

A incerteza quanto ao futuro, apesar de todos os cuidados, as informações reais somadas às Fake News, que chegam rapidamente através das redes sociais, nos confunde, desencadeando reações emocionais como estresse, medo, ansiedade, síndrome do pânico, etc. Parece difícil ficar ileso a esses sentimentos em meio a tanto excesso, e desencontro, de informação.

A ansiedade, uma reação natural do nosso organismo, surge em situações que nos ameaçam. Quando bem manejada dizemos que é positiva porque nos auxilia a nos prepararmos para enfrentarmos a situação que a desencadeou. Sendo assim, tem a função de nos proteger.

No entanto, quando a ansiedade apresenta-se com maior intensidade e duração, interfere negativamente no nosso dia a dia. Com isso, temos a necessidade de controlar tudo a nossa volta, como uma defesa contra eventuais ameaças. E, como a ansiedade está atrelada ao modo como interpretamos o mundo, neste momento de incerteza, de tensão, nos tornamos mais inseguros, pois não conseguimos relaxar adequadamente, piorando nossa qualidade de vida.

Mas qual saída se a orientação é ficar em casa?

A impossibilidade, para alguns, de trabalhar ou mesmo de realizar atividades fora de casa, eleva a tensão. Neste turbilhão, cada um reage de uma forma, inclusive, como defesa, minimizando o fato. Alguns buscam conforto emocional através da comida, da bebida, ou do uso excessivo da Internet que em nada alivia, gerando um círculo vicioso. 

Por isso, é importante expressarmos nossos sentimentos, dar significado a eles, para não somatizarmos.

O que fazer para melhorar este cenário? A conduta, nestes casos, além de prestar atenção aos fatores de risco e prevenção, é estimular a tomada de consciência e monitorar os pensamentos negativos que só nos conduz a desfechos nada favoráveis, piorando a ansiedade. Tentar controlar tudo a nossa volta é uma ilusão e isso vale para aqueles que buscam a toda hora informações.

O que está acontecendo no mundo é preocupante sim, mas não podemos deixar que isso prejudique nossa saúde mental. É preciso modificar padrões de pensamentos e possibilitar a busca de novas alternativas para o nosso equilíbrio emocional, mesmo estamos dentro de casa. Não encare o isolamento apenas como ruim.

É um momento de estreitar os laços familiares, de nos reorganizarmos internamente, de refletirmos sobre nossas prioridades, nossos projetos pessoais e do quanto devemos ser sábios no exercício de viver, tão esquecido em meio à correia diária. É um momento de nos reinventarmos.

Créditos: Joselene Alvim- psicóloga 

FONTE: https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/blog/psicoblog/post/2020/03/20/coronavirus-e-a-epidemia-de-ansiedade.ghtml