O transtorno depressivo está classificado
de várias maneiras por diversos autores e por diversas classificações
internacionais. É complicado para o leitor entender essas diferentes
classificações, as quais muitas vezes confundem e faz acreditar que
mesmos quadros sejam quadros diferentes por se tratar de denominações
diferentes. Por causa disso é muito mais importante entender os
conceitos relacionados aos transtornos depressivos, independente das
diversas denominações. Entendendo-se os conceitos será fácil entender
quaisquer denominações.
Um conceito de extrema importância é saber se o paciente É deprimido ou ESTÁ
deprimido. Algumas vezes a pessoa está deprimida, isso é, está
momentaneamente com sintomas depressivos, geralmente ocasionados por
alguma circunstância capaz de causar sofrimento emocional. Nesse caso,
diz-se que a pessoa está com Depressão Reativa, antes apropriadamente chamada de Depressão Exógena. Como esse tipo de depressão envolve reações psíquicas, é também chamado de Depressão Psicogênica.
Outras vezes, a pessoa tem um histórico de vida emocional
com vários momentos onde apresentou sintomas depressivos, muitos deles
sem motivo vivencial aparente ou, quando há algum motivo, o quadro é
desproporcional, tanto em intensidade quanto em duração. Essas pessoas são deprimidas,
ou seja, têm um perfil afetivo propenso à depressão, têm com freqüência
antecedentes familiares de depressão. É a chamada Depressão Maior ou, como antes, também apropriadamente chamada de Depressão Endógena. Como neste tipo existe uma participação biológica importante, alguns autores denominam Depressão Biológica.
As classificações das depressões mais usadas são: a Classificação Internacional de Doenças, 10a. Revisão (CID.10) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4ª revisão, da American Psychiatry Association (DSM.IV).
O quadro que se entende por Depressão está classificada dentro dos Transtornos Afetivos. Segundo a CID.10, Transtornos Afetivos são aqueles nos quais a perturbação fundamental é uma alteração do humor ou afeto, como uma Depressão (com ou sem ansiedade associada) ou uma Euforia.
Esta alteração do humor em geral se acompanha de modificação no nível
global de atividade, e a maioria dos episódios destes transtornos tendem
a ser recorrentes e pode estar relacionada com situações ou fatos
estressantes.
O DSM.IV classifica a Depressão dentro dos Transtornos do Humor
e também baseia a classificação nos episódios depressivos. Na prática
clínica sugerimos que a depressão seja considerada de duas maneiras: Típica e Atípica. A Depressão Típica é aquela que se manifesta através dos Episódios Depressivos, e Depressões Atípicas aquelas que se manifestam predominantemente através de sintomas ansiosos (Pânico, Fobia ...) e somáticos. Para entender bem a depressão é preciso antes entender a Afetividade.
Se a pessoa teve apenas um momento de depressão é diagnosticada como
tendo um Episódio Depressivo. Esse episódio depressivo típico é
classificado em Leve, Moderado ou Grave, quanto à
intensidade. Se não se trata de uma ocorrência única na vida da pessoa,
mas, ao contrário, se ele se repete, a CID.10 classifica esse tipo de
depressão como Transtorno Depressivo Recorrente.
Para saber se o quadro depressivo em pauta faz parte de um Transtorno Depressivo Recorrente ou se é uma fase depressiva de um Transtorno Afetivo Bipolar, é necessário saber se os Episódios Depressivos são a única ocorrência afetiva no curso da doença ou se coexistem Episódios de Euforia.
A maioria dos pacientes com Transtorno Depressivo Maior têm seu primeiro Episódio Depressivo
antes dos 40 anos e a maioria destes episódios não tratados duram de 6 a
13 meses. Tratados, a maioria dos episódios dura cerca de 3 meses.
Episódio DepressivoDevido
ao fato dos estados depressivos se acompanharem freqüentemente de
sintomas físicos, a existência ou não destes sintomas faz parte da
classificação do episódio, assim como também a presença de sintomas
psicóticos.
Para os distímicos os fatos da vida são
percebidos com mais amargura, são mais difíceis de suportar, de forma
que as vivências desagradáveis, mágoas e frustrações são ruminadas por
muito tempo e revividas com intensidade, sofrimento e emoção. Já as
vivências mais agradáveis passam quase desapercebidas, são fugazes e
esquecidas com rapidez.
Na Distimia as sensações de doenças graves ou enfermidades mortais dificilmente são removíveis pela argumentação médica mas, por outro lado, as opiniões leigas depreciativas são enormemente valorizadas. Ao serem medicados, tais pacientes, normalmente "preferem" perceber os efeitos colaterais dos medicamentos aos efeitos terapêuticos pretendidos.
O prejuízo no funcionamento social e profissional é a razão que normalmente leva o paciente a procurar ajuda: pode haver desinteresse, perda da iniciativa, capacidade de concentração diminuída, perda da libido, memória prejudicada, fadiga e cansaço constante, vulnerabilidade a outras doenças, diminuição da auto-estima, inibição psíquica generalizada, perda da capacidade de sentir prazer pelas coisas da vida, insegurança, pessimismo, retraimento social, tendência ao isolamento, choro fácil, insônia, ansiedade e angústia.
Em crianças, nas quais os fenômenos depressivos se apresentam de forma atípica, o Transtorno Distímico pode estar associado com Transtorno de Déficit de Atenção por Hiperatividade (antiga Hipercinesia), Transtornos de Ansiedade e Transtornos de Aprendizagem. A Distimia infantil acarreta um comprometimento do desempenho escolar e da interação social. Em crianças, na prática clínica, muitas vezes encontramos apenas Hiperatividade, baixo rendimento escolar e rebeldia como sinais da Distimia.
Geralmente, tanto as crianças quanto os adolescentes com Transtorno Distímico, mostram-se irritáveis, ranzinzas, pessimistas, deprimidos e podem ter redução da auto-estima e fraco desempenho social. Na idade adulta, as mulheres estão duas a três vezes mais propensas a desenvolver Transtorno Distímico do que os homens.
O Transtorno Distímico é mais comum entre os parentes biológicos em primeiro grau de pessoas com Transtorno Depressivo Maior (ou Transtorno Depressivo Recorrente, pela CID.10) do que na população geral. O Transtorno Distímico tem um curso crônico, insidioso e precoce, iniciando-se comumente na infância, adolescência ou início da idade adulta. As pessoas com Transtorno Distímico em geral têm uma probabilidade maior para desenvolver um Transtorno Depressivo Maior sobreposto à Distimia.
para referir:
Ballone, GJ - Depressão: Tipos, in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em em 2010.
Na Distimia as sensações de doenças graves ou enfermidades mortais dificilmente são removíveis pela argumentação médica mas, por outro lado, as opiniões leigas depreciativas são enormemente valorizadas. Ao serem medicados, tais pacientes, normalmente "preferem" perceber os efeitos colaterais dos medicamentos aos efeitos terapêuticos pretendidos.
O prejuízo no funcionamento social e profissional é a razão que normalmente leva o paciente a procurar ajuda: pode haver desinteresse, perda da iniciativa, capacidade de concentração diminuída, perda da libido, memória prejudicada, fadiga e cansaço constante, vulnerabilidade a outras doenças, diminuição da auto-estima, inibição psíquica generalizada, perda da capacidade de sentir prazer pelas coisas da vida, insegurança, pessimismo, retraimento social, tendência ao isolamento, choro fácil, insônia, ansiedade e angústia.
Em crianças, nas quais os fenômenos depressivos se apresentam de forma atípica, o Transtorno Distímico pode estar associado com Transtorno de Déficit de Atenção por Hiperatividade (antiga Hipercinesia), Transtornos de Ansiedade e Transtornos de Aprendizagem. A Distimia infantil acarreta um comprometimento do desempenho escolar e da interação social. Em crianças, na prática clínica, muitas vezes encontramos apenas Hiperatividade, baixo rendimento escolar e rebeldia como sinais da Distimia.
Geralmente, tanto as crianças quanto os adolescentes com Transtorno Distímico, mostram-se irritáveis, ranzinzas, pessimistas, deprimidos e podem ter redução da auto-estima e fraco desempenho social. Na idade adulta, as mulheres estão duas a três vezes mais propensas a desenvolver Transtorno Distímico do que os homens.
O Transtorno Distímico é mais comum entre os parentes biológicos em primeiro grau de pessoas com Transtorno Depressivo Maior (ou Transtorno Depressivo Recorrente, pela CID.10) do que na população geral. O Transtorno Distímico tem um curso crônico, insidioso e precoce, iniciando-se comumente na infância, adolescência ou início da idade adulta. As pessoas com Transtorno Distímico em geral têm uma probabilidade maior para desenvolver um Transtorno Depressivo Maior sobreposto à Distimia.
para referir:
Ballone, GJ - Depressão: Tipos, in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em em 2010.
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