Translate

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Qual a diferença?



Uma dúvida extremamente comum envolve a diferenciação entre os profissionais que trabalham com o psíquico. Poucas pessoas têm certeza do que distingue os nomes psicanalista, psicólogo, psiquiatra ou psicoterapeuta; e por vezes ainda outros mais endossam a confusão.
Aparentemente, o psiquiatra é o profissional que as pessoas têm mais facilidade para diferenciar dos demais. A psiquiatria, sendo uma especialização da medicina, tenta delimitar os problemas do paciente a partir de uma perspectiva médica, orgânica, por isso, tem a prerrogativa de prescrever drogas para o tratamento dos sintomas. Acaba sendo mais raro, porém, alguns psiquiatras também oferecem psicoterapia, que é por regra, o trabalho que um psicólogo pode oferecer.
Atuar como um psicoterapeuta, acaba sendo uma descrição para uma prática comum ao psicólogo e ao psiquiatra. Será um psicoterapeuta, todo profissional que ofereça uma terapia que se baseie num entendimento sobre o funcionamento psicológico do paciente. Existe uma variedade enorme de psicologias que dão fundamento a esta prática. 
Muitas delas são derivadas da psicanálise, outras se aproximam da fisiologia, ou emergiram de propostas filosóficas, e variam muito em sua forma, mas todas conservam em comum um aspecto: toda psicologia possui uma maneira particular de descrever o que é o homem, (ou a mente, ou o sujeito psicológico, à seu gosto). Por isso, cada uma tem uma visão de mundo e de homem própria.
Quanto ao que é o psicanalista, ou simplesmente “analista”, poderíamos sintetizar sua descrição em um ponto básico do qual todos os outros são consequência: O psicanalista é o único clínico que trabalha considerando a presença e ação do Inconsciente. E alguém poderia se perguntar: “Mas como assim só a psicanálise aceita que o inconsciente existe se eu já ouvi psicólogos dizendo que fazemos coisas inconscientemente?”. 
Trata-se de que algumas psicologias podem considerar que as pessoas tenham pensamentos que não estão acessíveis à sua consciência, mas nenhuma se dedica a trabalhar estas questões ou as forças que fazem com que uma ideia permaneça inconsciente. O trabalho com essas forças, chamadas de recalque ou repressão, constitui o ofício do psicanalista.
Quando no fim do séc XIX Freud abandonou sua carreira de neurologista para inventar a psicanálise, a ocupação de psicólogo ainda não existia. Isso se manteve até meados dos anos 70, quando quase todos psicanalistas eram psiquiatras que optaram por mudar seus métodos, e os primeiros cursos de psicologia começaram a surgir em nosso país. Atualmente no Brasil, a maioria dos psicanalistas primeiro se graduou psicólogo em uma faculdade de psicologia para depois começar a estudar a psicanálise.

FONTE: http://www.psicanaliseflorianopolis.com/psicologo-ou-psicanalista.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário