Juliano Moreira (Salvador, 6 de janeiro de 1873 — Rio de Janeiro, 2 de maio de 1932) foi médico e um dos pioneiros da psiquiatria brasileira. O primeiro professor universitário a citar e incorporar a teoria psicanalítica no seu ensino na Faculdade de Medicina.
Nascido em Salvador, negro e de origem pobre, entrou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1886, formando-se aos dezoito anos, em 1891, e se tornando professor da Faculdade.
Já em 1900 representa o Brasil em congressos internacionais: em Paris, neste ano - sendo também eleito Presidente Honorário do 4º Congresso Internacional de assistência a alienados, em Berlim; também foi congressista brasileiro em Lisboa, em 1906; Milão e Amsterdão, em 1907; Londres e Bruxelas, em 1913.
Em 1903, após ter exercido a clínica psiquiátrica na Faculdade Baiana, mudou-se para o Rio de Janeiro.
Durante seu trabalho na direção do Hospital Nacional dos Alienados,
do Rio de Janeiro, humanizou o tratamento e acabou com o aprisionamento
dos pacientes. Foi neste período, entre maio e junho de 1910, que o
hospital recebeu o ilustre líder da Revolta da Chibata, João Cândido, para tratamento de uma psicose de exaustão.
Defendeu a idéia de que a origem das doenças mentais se devia a
fatores físicos e situacionais, como a falta de higiene e falta de
acesso à educação, contrariando o pensamento racista
em voga no meio acadêmico, que atribuia os problemas psicológicos do
Brasil à miscigenação. Foi importante representante internacional da
Psiquiatria brasileira.
Dentre as instituições das quais foi membro Juliano Moreira, contam-se: Antropolegische Gesellschaft (Munique); Societé de Medicine (Paris); Medico-legal Society (Nova York). Juliano Moreira foi membro da Diretoria da Academia Brasileira de Ciências entre 1917 e 1929, tendo ocupado o cargo de Presidente no último triênio.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Juliano_Moreira
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