Translate

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Preconceito contra tratamento psicológico.

Ainda existe muito preconceito, especialmente no mercado de trabalho, mas problemas psicológicos podem ser tão ou mais graves que problemas físicos. Além de dificultar o tratamento, a incompreensão pode até agravar o problema. O psiquiatra Leonard Verea diz que esse preconceito acaba sendo mais um problema que o paciente tem que enfrentar, o que não ajuda em nada na recuperação.
Trabalho de médicos e psicólogos é atrapalhado por conceitos ultrapassados de o que é uma doença mental e o que é um problema psicológico.
 Se o funcionário de uma empresa ligar pela manhã dizendo que não vai trabalhar porque quebrou o pé, mesmo que precise apresentar documentos que comprovem o fato, seus chefes e colegas vão imediatamente achar compreensível. Porém, se a causa da falta for pânico de sair de casa, depressão ou algum outro problema psicológico, mesmo que atestado por um médico, a reintegração (se houver) desse paciente geralmente é bastante complexa.
Tal fato deve-se à falta de informação sobre doenças do gênero, tão ou mais graves do que as doenças físicas, e é o principal fato gerador de preconceito.
“O delicado é que a cura das doenças psicológicas depende praticamente só do paciente. Ao aparecer o preconceito, ele tem de lidar com um problema a mais”, comenta o psiquiatra italiano radicado no Brasil Leonard F. Verea, presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose Clínica e Dinâmica.
Quando um sentimento ou situação não consegue ser expressada da forma natural por uma pessoa, o corpo arranja alguma outra forma de manifestá-la. Assim podem surgir diversos distúrbios nervosos, que vão desde doenças crônicas como fobias, síndromes e depressões até tiques nervosos, que podem ir de um olho piscando até a perda total de movimentos do corpo. 
O pior é que a cura, nesses casos, pode levar anos para acontecer totalmente. “Normalmente, o paciente não tem um conhecimento aprofundado das técnicas utilizadas na cura desses problemas e o medo do desconhecido é uma constante no ser humano. Nesses casos, pode atrapalhar ou até inviabilizar o tratamento”, afirma Verea.

Hipnose Clínica
Quando Freud começou suas experiências que viriam a originar a psicanálise, sua primeira ferramenta de trabalho foi a hipnose. Depois ele abandonou a técnica pro vários motivos (alguns historiadores dizem, inclusive, que o fez por ser um mau hipnólogo). Outras linhas de análise surgiram em seguida e a hipnose continuou a ser estudada e utilizada por alguns. Hoje, no meio médico, a hipnose é muito bem vista e tem sido utilizada com sucesso em uma série de procedimentos, como anestesia, por exemplo.
Até alguns dentistas aproveitam a técnica, já que a hipnose é um método eficiente de suprimir tanto o nervosismo do paciente como a dor, substituindo a anestesia para pacientes sensíveis aos seus ativos químicos. “As pessoas associam a psiquiatria com o tratamento por remédios e a psicologia a um tratamento longo. A vantagem da hipnose é que ela pode tratar certos problemas com brevidade e sem a utilização de remédios”, afirma Verea.
Já para pacientes com problemas psicológicos, o preconceito aumenta muito. Parte disso se deve a apresentação pública de hipnólogos que nada tem a ver com a psicologia e se aproveitam da técnica para aguçar a curiosidade das pessoas. “A hipnose no palco fascina porque brinca com o desconhecido das pessoas. Mas isso prejudica muitos profissionais, já que é difícil para um leigo diferenciar um ilusionista de um profissional de saúde”, afirma Verea.

Serviço Instituto Verea Av. Lavandisca, 741 - Cj. 108 - Moema - São Paulo Tel: 5051-2055
www.verea.com.br
Informações para imprensa: Central de Fontes Comunicação Juliana Reis / Artulio Reis Lara Krawczenko (11) 3825-3228 / 3822-1643 imprensa@centraldefontes.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário