Ainda existe muito preconceito,
especialmente no mercado de trabalho, mas problemas psicológicos podem
ser tão ou mais graves que problemas físicos. Além de dificultar o
tratamento, a incompreensão pode até agravar o problema. O psiquiatra
Leonard Verea diz que esse preconceito acaba sendo mais um problema que o
paciente tem que enfrentar, o que não ajuda em nada na recuperação.
Trabalho de médicos e psicólogos é atrapalhado por
conceitos ultrapassados de o que é uma doença mental e o que é um
problema psicológico.
Se o funcionário de uma empresa ligar pela manhã dizendo que não vai trabalhar porque quebrou o pé, mesmo que precise apresentar documentos que comprovem o fato, seus chefes e colegas vão imediatamente achar compreensível. Porém, se a causa da falta for pânico de sair de casa, depressão ou algum outro problema psicológico, mesmo que atestado por um médico, a reintegração (se houver) desse paciente geralmente é bastante complexa.
Se o funcionário de uma empresa ligar pela manhã dizendo que não vai trabalhar porque quebrou o pé, mesmo que precise apresentar documentos que comprovem o fato, seus chefes e colegas vão imediatamente achar compreensível. Porém, se a causa da falta for pânico de sair de casa, depressão ou algum outro problema psicológico, mesmo que atestado por um médico, a reintegração (se houver) desse paciente geralmente é bastante complexa.
Tal fato deve-se à falta de informação sobre doenças do
gênero, tão ou mais graves do que as doenças físicas, e é o principal
fato gerador de preconceito.
O delicado é que a cura das doenças psicológicas depende praticamente só do paciente. Ao aparecer o preconceito, ele tem de lidar com um problema a mais, comenta o psiquiatra italiano radicado no Brasil Leonard F. Verea, presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose Clínica e Dinâmica.
O delicado é que a cura das doenças psicológicas depende praticamente só do paciente. Ao aparecer o preconceito, ele tem de lidar com um problema a mais, comenta o psiquiatra italiano radicado no Brasil Leonard F. Verea, presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose Clínica e Dinâmica.
Quando um sentimento ou situação não consegue ser
expressada da forma natural por uma pessoa, o corpo arranja alguma outra
forma de manifestá-la. Assim podem surgir diversos distúrbios nervosos,
que vão desde doenças crônicas como fobias, síndromes e depressões até
tiques nervosos, que podem ir de um olho piscando até a perda total de
movimentos do corpo.
O pior é que a cura, nesses casos, pode levar anos para acontecer totalmente. Normalmente, o paciente não tem um conhecimento aprofundado das técnicas utilizadas na cura desses problemas e o medo do desconhecido é uma constante no ser humano. Nesses casos, pode atrapalhar ou até inviabilizar o tratamento, afirma Verea.
O pior é que a cura, nesses casos, pode levar anos para acontecer totalmente. Normalmente, o paciente não tem um conhecimento aprofundado das técnicas utilizadas na cura desses problemas e o medo do desconhecido é uma constante no ser humano. Nesses casos, pode atrapalhar ou até inviabilizar o tratamento, afirma Verea.
Hipnose Clínica
Quando Freud começou suas experiências que viriam a
originar a psicanálise, sua primeira ferramenta de trabalho foi a
hipnose. Depois ele abandonou a técnica pro vários motivos (alguns
historiadores dizem, inclusive, que o fez por ser um mau hipnólogo).
Outras linhas de análise surgiram em seguida e a hipnose continuou a ser
estudada e utilizada por alguns. Hoje, no meio médico, a hipnose é
muito bem vista e tem sido utilizada com sucesso em uma série de
procedimentos, como anestesia, por exemplo.
Até alguns dentistas aproveitam a técnica, já que a
hipnose é um método eficiente de suprimir tanto o nervosismo do paciente
como a dor, substituindo a anestesia para pacientes sensíveis aos seus
ativos químicos. As pessoas associam a psiquiatria com o tratamento por
remédios e a psicologia a um tratamento longo. A vantagem da hipnose é
que ela pode tratar certos problemas com brevidade e sem a utilização de
remédios, afirma Verea.
Já para pacientes com problemas psicológicos, o
preconceito aumenta muito. Parte disso se deve a apresentação pública de
hipnólogos que nada tem a ver com a psicologia e se aproveitam da
técnica para aguçar a curiosidade das pessoas. A hipnose no palco
fascina porque brinca com o desconhecido das pessoas. Mas isso prejudica
muitos profissionais, já que é difícil para um leigo diferenciar um
ilusionista de um profissional de saúde, afirma Verea.
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www.verea.com.br
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