A Síndrome de Rasmussen, também conhecida como Encefalites Focais Crônicas (CFE) ou Encefalite de Rasmussen,
é uma desordem neurológica rara e progressiva, caracterizada por
ataques epiléticos freqüentes e severos, perda de habilidades motoras e
da fala, hemiparesia (paralisia em um lado do corpo), encefalites (inflamação do cérebro), demência,
e deterioração mental.
Esta desordem, que afeta um único hemisfério
cerebral, geralmente acontece em crianças com menos de 10 anos de idade.
Representa uma doença rara que consiste numa reação inflamatória dos
tecidos cerebrais, de modo crônico e lentamente progressivo, cuja
etiologia é desconhecida.
Etiologia
A encefalite ou síndrome de Rasmussen foi descrita por Theodore Rasmussen
em 1958, tendo um menino de 7 anos de idade como paciente e
apresentando epilepsia focal associada com encefalite crônica,
acompanhada de hemiparesia progressiva e deterioração intelectual.
Quando esta patologia acomete crianças, 85% dos casos afeta menores de
10 anos, entretanto hoje se sabe que pode acometer adolescente e adulto e
que estes casos representam 10% do total.
Sua etiologia ainda permanece desconhecida. Alguns estudos relatam o citomegalovírus ou o herpes vírus simples como possíveis agentes. Apresenta-se como encefalite
crônica com nódulos microgliais, neuronofagia.
Sintomas
Quando as convulsões não remitem espontaneamente ao tempo que a hemiplegia e a afasia estão completas, o melhor tratamento para as encefalites de Rasmussen é uma cirurgia para remover ou desconectar a parte afetada do cérebro (Hemisferectomia).
Embora podem ser prescritas drogas anti-epilépticas inicialmente, elas
normalmente não são efetivas no controle das convulsões.
Na definição da doença é incluída a característica de que as
convulsões são intratáveis com as drogas anticonvulsivantes
habitualmente utilizadas, nem sequer com a utilização de uma combinação
de várias delas consegue-se um controle satisfatório dos episódios
convulsivos.
O tratamento cirúrgico é feito através da hemisferectomia, que é a retirada do hemisfério cerebral atingido. Quando mais novo for detectada, maior a chance de recuperação do indivíduo.
Prognóstico
A prognose para indivíduos com encefalite de Rasmussen varia. Sem
tratar, a desordem pode conduzir a déficits neurológicos severos que
incluem retardamento mental e paralisia. Em algumas cirurgias,
os pacientes tiveram o número de convulsões diminuídas. Porém, a
maioria dos pacientes acabam com alguma paralisia e déficits de fala.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Rasmussen
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