A “TRISTEZA DO PÓS-PARTO” ou MATERNITY BLUES
É considerada mais leve e freqüente das alterações do humor no puerpério, ocorrendo em 26% a 85% das mulheres, dependendo dos critérios diagnósticos utilizados.
Segundo Camacho et al (2006), a disforia no pós-parto (maternity blues) inclui sintomas depressivos leves e pode ser identificada em 50% a 85% das puérperas, dependendo dos critérios diagnósticos utilizados.
A puerperal blues costuma acometer as mulheres nos primeiros dias após o nascimento do bebê, atingindo um pico no quarto ou quinto dia após o parto e remitindo de maneira espontânea, no máximo, em duas semanas.(Camacho et al, 2006).
SINAIS E SINTOMAS
Crises de choro fácil são comuns, mas nem sempre estão associados a humor depressivo, labilidade emocional é também freqüentemente descrita, com alternância de sentimentos de alegria, irritabilidade, tristeza ao longo de um mesmo dia e comportamento hostil para com familiares e acompanhantes.
Sintomas de ansiedade e alterações cognitivas, como dificuldade de atenção, concentração e memorização, podem estar associados ao choro e à tristeza.
Os sintomas de clação do humor presentes podem ser intensos, próximos de um quadro hipomaníaco.
Esses sintomas iniciam-se no primeiro dia após o parto, desaparecendo ao redor do décimo dia, sem causar prejuízo no desempenho do papel materno e no desenvolvimento de laços afetivos entre a mãe e o bebê. Ocorrem com maior intensidade ao redor do quinto dia depois do parto e está relacionados ás alterações hormonais que ocorrem nesse período, sendo, provavelmente, uma resposta anormal ás variações normais de hormonais da tireóide, do eixo hipotálamo-ptuitário-adrenal e da cascata serotoninérgica. Sua persistência pode indicar o início de um transtorno do humor mais grave. Entre os fatores de risco associados, figuram história de disforia durante a gravidez, episódio depressivo anterior, neuroticismo e depressão pré-menstrual, indicando maior vulnerabilidade a sintomas afetivos. O transtorno depressivo puerperal apresenta o mesmo quadro clínico característico da depressão em outros momentos da vida da mulher, com especialidades relativas à maternidade em si e ao desempenho do papel de mãe. Sentimentos negativos, desinteresse pelo bebê e culpabilidade por não conseguir cuidar dele são freqüentes e podem resultar em um desenvolvimento insatisfatório da interação mãe-bebê. O afastamento ou separação da criança, pela necessidade de que seja cuidada por outrem, pode dificultar ainda mais o estabelecimento de vínculos afetivos e fortalecer a sensação de inadequação materna. FONTE:(www.psiqweb.med.br) (Andrade,L.H.S.G.;Viana,M.C.:Silveira C. M. Epidemiologia dos Transtornos Psiquiátricos na Mulher)
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