1. Conceito
É o acúmulo anormal e excessivo de líquor dentro dos ventrículos ou do espaço subaracnóideo. É tipicamente associado com dilatação ventricular e aumento da pressão intracraniana; pode ocorrer em crianças (diversas faixas etárias) ou adultos, tendo causas específicas.
2. Causas
Algumas causas de hidrocefalia infantil podem ser por obstrução liquórica, tais como: gliose, cisto colóide, gliomas, craniofaringeomas, cistos de aracnóide, meduloblastomas, ependimomas, astrocitomas, tumores, estenose.
3. Sinais e Sintomas: a variação da sintomatologia vai estar diretamente ligada à faixa etária da criança.
Prematuros/lactentes: | Apnéia, bradicardia, fontanela tensa, veias do escalpo dilatadas, formato do crânio globóide, aumento do perímetro cefálico (vários centímetros em poucos dias) |
Infantes: | Irritabilidade, vômitos, náuseas, macrocefalia, fontanela tensa, dificuldade para fixação e controle da cabeça, alteração ocular (sinal do "sol poente" - compressão mesencefálica). |
Crianças mais velhas | Dor de cabeça, vômitos, letargia, diplopia, edema de papila, hiperrreflexia, clônus. |
4. Diagnóstico: a suspeita de hidrocefalia deve ser feita nas crianças que têm os sintomas descritos anteriormente; verificação na anamnese com a mãe sobre dados do pré-natal, exame neurológico (com medição de perímetro cefálico diário).
Devem ser considerados exames complementares como: ultra-som (para verificação de tamanho ventricular, massas), tomografia de crânio e ressonância magnética de crânio, para ajudar no diagnóstico.
5. Tratamento: Utilizam-se medidas para fazer o escoamento desse excesso de líquor ventricular com a adoção de válvulas para drenagem deste líquido para o peritônio (derivação ventrículo peritonial - DVP); ou para o átrio (derivação ventrículo atrial - DVA).
FONTE: BARROS, Célia Silva. Pontos da Psicologia Geral. São Paulo: Ática, 1993.
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