Os tempos atuais são definidos por
alguns autores como a Idade da Ansiedade, devido à relação desse estado
psíquico com o ritmo de vida nos dias de hoje nas sociedades
industriais, já que ao ser humano exige-se um comportamento mais
competitivo e consumista. Estes autores afirmam que a simples existência
do homem no mundo atual é um fator preditivo para o surgimento da
ansiedade, estando todos os seres humanos suscetíveis a ela.
A ansiedade é vista como um
sentimento útil para a preservação da vida. Ela é tida como um sinal de
alerta, que possibilita ao indivíduo uma maior atenção sobre um perigo
iminente, para assim poder traçar estratégias adequadas para sua defesa.
Sendo assim, a ansiedade é um sentimento associado ao desenvolvimento
normal, estando sempre presente nos processos de mudanças e nas novas
experiências de vida.
Para definir se o estado
ansioso é normal ou patológico, deve-se avaliar a intensidade e
freqüência com que ocorre, duração, e a interferência com o desempenho
social e profissional do indivíduo. Dessa forma, a ansiedade
patológica se diferencia da ansiedade normal, pois paralisa o indivíduo,
trazendo-lhe prejuízos e não permitindo uma preparação para lidar com
situações ameaçadoras.
Assim, observa-se que a
ansiedade sempre esteve presente em toda a existência humana, porém
somente nos últimos anos vem tomando maior significância para os
pesquisadores, que visam a investigação dos efeitos desse estado sobre o
organismo e o psiquismo humanos.
O que são os Transtornos de Ansiedade?
Os Transtornos de Ansiedade
são as enfermidades mentais que ocorrem com maior freqüência na
população geral. Os Transtornos de Ansiedade compreendem os
quadros em que há a presença de uma ansiedade acentuada, que desempenha
papel fundamental nos processos comportamentais e psíquicos do
indivíduo, causando-lhe prejuízos em seu desempenho profissional ou
acadêmico e nas relações sociais.
Quais são as causas?
A etiologia da ansiedade é multifatorial, envolvendo aspectos psicossociais e biológicos.
Fatores Psicossociais
Muitas são as situações
cotidianas que envolvem perigo ou ameaça. Nessas situações, um estado de
alerta é essencial para a autodefesa do indivíduo. No entanto, pessoas
que apresentam um estado ansioso, tendem a superestimar a situação de
perigo. A forma com que as situações são interpretadas pelo indivíduo
tem um valor potencial para o surgimento ou não de algum quadro de
Transtorno de Ansiedade.
Fatores Biológicos
Vários neurotransmissores
exercem papel fundamental no controle da ansiedade, porém a serotonina e
o ácido gama-aminobutírico (GABA) são considerados os mais importantes.
A serotonina e o GABA são neurotransmissores inibitórios, que controlam
a resposta de estresse. Assim, ocorre uma alteração desses
neurotransmissores no Sistema Nervoso, o que implica em um estado de
ansiedade.
Tipos de Transtornos de Ansiedade
Os critérios estabelecidos
para o diagnóstico de Transtorno de Pânico, segundo a American
Psychiatric Association (DSM-IV) são os seguintes:
Ataques de Pânico recorrentes e inesperados
A principal característica
de um Ataque de Pânico é a intensa sensação de medo e desconforto
seguida por pelo menos quatro dos seguintes sintomas somáticos ou
cognitivos, os quais iniciam abruptamente e atingem um pico em cerca de
10 minutos:
- Palpitações ou taquicardia;
- Sudorese;
- Tremores ou abalos;
- Sensação de falta de ar ou sufocamento;
- Sensação de asfixia;
- Dor ou desconforto torácico;
- Náuseas ou desconforto abdominal;
- Tontura, vertigem ou sensação de desmaio;
- Desrealização ou despersonalização;
- Medo de perder o controle ou de enlouquecer;
- Medo de morrer;
- Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento);
- Calafrios ou ondas de calor.
Pelo menos um dos
ataques de pânico deve ter ocorrido por um período mínimo de um mês e
vir acompanhado por uma intensa preocupação sobre a possibilidade de ter
outros ataques, preocupação em relação às suas conseqüências (por
exemplo perder o controle, enlouquecer ou ter um ataque cardíaco), ou
mudanças de comportamento significativa relacionada aos ataques de
pânico.
Presença (Transtorno de Pânico com Agorafobia) ou Ausência (Transtorno de Pânico sem Agorafobia) de Agorafobia
A Agorafobia se caracteriza
por uma ansiedade em relação a estar em locais ou situações de onde a
fuga ou o auxílio possam não estar disponíveis, na possibilidade da
ocorrência de um Ataque de Pânico. No geral, a Agorafobia surge em
situações como estar fora de casa desacompanhado, estar em meio a uma
multidão, permanecer em fila, viagens, ou encontrar-se sobre uma ponte.
Assim, várias situações são
evitadas pelo indivíduo pelo receio de vir a ter novos ataques de
pânico. Quando essas situações são enfrentadas, há um aumento do
sofrimento e da ansiedade.
Os Ataques de Pânico não
são conseqüentes de dos efeitos fisiológicos causados por uma substância
(drogas, ou medicamentos), nem de uma condição médica geral (por ex.,
hipertiroidismo).
Os Ataques de Pânico não são melhor explicados por outros transtornos mentais.
A ansiedade acentuada
vivenciada em um Ataque de Pânico não é causada pela exposição aos
estímulos ansiógenos decorrentes de outro transtorno mental, como por
exemplo, a Fobia social, Fobia Específica, Transtorno
Obsessivo-Compulsivo, Transtorno de Estresse Pós-Traumático ou
Transtorno de Ansiedade de Separação.
Fobia Específica
O diagnóstico de Fobia Específica deve ser estabelecido através dos seguintes critérios, propostos pelo DSM-IV:
Medo excessivo e persistente de objetos e situações específicas
Há um temor acentuado e
irracional acerca da presença ou antecipação de objetos ou situações
específicas como voar, animais, tomar injeção, ver sangue, etc.
A exposição ao estímulo fóbico causa uma resposta de ansiedade excessiva
Quando o indivíduo se vê diante de uma
situação ou objeto que lhe causa fobia, uma resposta de ansiedade
acentuada é vivenciada imediatamente, na maioria dos casos. Esta
resposta pode ter as características de um Ataque de Pânico.
O indivíduo reconhece que o medo é excessivo ou irracional
Embora os adolescentes e
adultos que sofrem de Fobia Específica percebam seus medos como
irracionais, em crianças essa característica pode estar ausente.
O objeto ou a situação fóbica são evitados ou suportados com intensa ansiedade ou sofrimento
Embora evite a maioria das
situações fóbicas que desencadeiam a ansiedade, esses estímulos quando
enfrentados, causam intenso sofrimento para o indivíduo. Devido a
esquiva, a antecipação ansiosa ou o sofrimento na situação fóbica, a
rotina do indivíduo é prejudicada significativamente, causando assim
disfunções nas áreas ocupacional, social ou de lazer.
Em pessoas com
menos de 18 anos de idade, os sintomas devem ter persistido por pelo
menos seis meses antes do diagnóstico de Fobia Específica.
A ansiedade, os Ataques de Pânico ou a esquiva fóbica não são melhor explicados por outros transtornos mentais.
A ansiedade acentuada, os
sintomas de um Ataque de Pânico ou a esquiva de situações fóbicas não
são melhor explicados pela exposição aos estímulos ansiógenos
decorrentes de outro transtorno mental, como por exemplo a Fobia Social,
Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Transtorno de Estresse Pós-Traumático
ou Transtorno de Ansiedade de Separação.
Fobia Social
A Fobia Social é diagnosticada segundo os critérios do DSM-IV descritos abaixo:
Medo excessivo e persistente de situações sociais ou de desempenho
Esta característica
essencial da Fobia Social compreende um medo acentuado de situações
sociais ou de avaliação, ou quando o indivíduo é exposto a pessoas
estranhas. Há um intenso temor em agir de maneira humilhante ou
embaraçosa, bem como o medo em demonstrar sintomas de ansiedade. Para se
estabelecer o diagnóstico em crianças, esse critério deve ocorrer em
contextos que envolvem o mesmo grupo etário (por ex., sala de aula), e
não apenas na relação com adultos.
A exposição à situação social fóbica provoca ansiedade
Na maioria dos casos, uma
resposta de ansiedade ocorre imediatamente após a exposição ao estímulo
fóbico. Dessa forma, esta resposta de ansiedade pode tomar a forma de um
Ataque de Pânico. É importante ressaltar que em crianças, esta
ansiedade pode ser expressada por comportamentos como choro, raiva,
imobilidade ou afastamento de situações sociais que envolvam pessoas
desconhecidas.
O indivíduo reconhece que o medo é excessivo ou irracional
Embora os adolescentes e
adultos que sofrem de Fobia Social percebam seus medos como irracionais,
em crianças essa característica pode estar ausente.
As situações sociais fóbicas são evitadas ou suportadas com intensa ansiedade ou sofrimento
Embora evite a maioria das
situações sociais ou desempenham que desencadeiam a ansiedade, esses
estímulos quando enfrentados, causam intenso sofrimento para o
indivíduo. Devido a esquiva, a antecipação ansiosa ou o sofrimento na
situação social ou de desempenho, a realização de atividades cotidianas
do indivíduo é prejudicada significativamente, causando assim disfunções
nas áreas ocupacional, social ou de lazer.
Em pessoas com
menos de 18 anos de idade, os sintomas devem ter persistido por pelo
menos seis meses antes do diagnóstico de Fobia Social.
A ansiedade, o
temor ou a esquiva fóbica não são melhor explicados por outros
transtornos mentais, ou pelos efeitos fisiológicos diretos de uma
substância.
A ansiedade acentuada, os
sintomas de um Ataque de Pânico ou a esquiva de situações sociais ou de
avaliação do desempenho não são melhor explicados pela exposição aos
estímulos ansiógenos decorrentes de outro transtorno mental, como por
exemplo o Transtorno de Pânico, Transtorno Dismórfico Corporal,
Transtorno Invasivo do Desenvolvimento , Transtorno da Personalidade
Esquizóide, ou Transtorno de Ansiedade de Separação. Os mesmos sintomas
também não podem ser decorrentes dos efeitos fisiológicos do consumo de
certas substâncias (medicamentos, drogas).
Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Os critérios diagnósticos para o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, de acordo com o DSM-IV são os seguintes:
Presença de obsessões ou compulsões
As obsessões são
caracterizadas por pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e
persistentes que são experimentados pelo indivíduo como intrusivos e
inadequados, causando uma intensa ansiedade ou sofrimento. As obsessões
não incluem as preocupações com problemas reais da vida do indivíduo,
que as reconhece como produto de sua própria mente.
As compulsões são definidas
por comportamentos repetitivos (por ex. lavar as mãos, rituais de
verificação ou de organização) ou por atos mentais (por ex., orar,
contar ou repetir palavras mentalmente), que o indivíduo se sente
obrigado a realizar em resposta a uma obsessão. Por exemplo, se a pessoa
tem uma obsessão referente a contaminação, se vê obrigada a lavar as
mãos repetidas vezes. Assim, as compulsões têm o objetivo de prevenir ou
reduzir o sofrimento, ou mesmo evitar uma situação temida.
Tanto as obsessões como a
compulsões são reconhecidas como excessivas ou irracionais em algum
momento do curso do Transtorno, sendo que em crianças esse critério não é
aplicado.
As obsessões e as compulsões consomem tempo e causam sofrimento significativo
Os rituais
obsessivo-compulsivos são severos a ponto de o indivíduo gastar mais de
uma hora por dia em suas realizações. Isso pode interferir
significativamente no cotidiano do indivíduo, causando prejuízos em suas
tarefas ocupacionais, nas relações sociais ou familiares.
O conteúdo das obsessões ou compulsões não está relacionado com outros transtornos mentais
Esse critério se deve por
exemplo, à preocupação com alimentos na presença de um quadro de
Transtorno Alimentar, ou com a aparência no caso de Transtorno
Dismórfico Corporal, entre outros.
Os sintomas obsessivo-compulsivos não são derivados dos efeitos fisiológicos de uma substância ou de uma condição médica geral.
Transtorno de Estresse Pós-Traumático
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático é diagnosticado segundo os critérios do DSM-IV descritos abaixo:
Exposição a um evento traumático
A exposição a um estressor
traumático refere-se a experiência, testemunha ou ameaça de eventos que
envolveram morte ou grave ferimento, ou qualquer outra ameaça a
integridade física própria, de familiares ou de pessoas próximas ao
indivíduo. Quando exposto ao evento traumático, a pessoa desenvolveu
intenso medo, impotência ou horror, embora em crianças essa resposta se
caracteriza por comportamento agitado ou desorganizado.
O evento traumático é constantemente revivido pelo indivíduo
A revivência do evento
traumático se dá por recorrentes recordações aflitivas do evento, sob a
forma de pensamento, imagens ou sonhos. Pode também haver a sensação de
que o evento traumático esteja ocorrendo novamente, e a pessoa se
comporta como se o vivenciasse naquele instante. Um sofrimento
psicológico intenso acompanhado de reações fisiológicas (taquicardia,
sudorese, hiperventilação, etc.) é experimentado pelo indivíduo quando
ocorre uma exposição a componentes que simbolizam ou lembram aspectos do
evento traumático. Uma "anestesia emocional" pode ser vista logo após o
trauma, caracterizada pela diminuição do interesse de situações e
atividades anteriormente satisfatórias, pelo afastamento e retraimento
social, ou pela redução da capacidade de sentir e expressar emoções,
principalmente aquelas relacionadas com intimidade e sexualidade. É
possível que um sentimento de futuro abreviado e de impossibilidade de
fazer planos para a vida profissional e pessoal esteja presente no curso
do Transtorno.
Esquiva de estímulos relacionados ao evento traumático
A fim de evitar a
revivência do trauma, o indivíduo apresenta uma esquiva persistente a
fatos que possam trazer a tona a lembrança do evento, como pensamentos,
sentimentos, conversas sobre o tema, ou atividades, locais e pessoas que
tragam recordações do trauma.
Sintomas físicos que não estavam presentes antes da ocorrência do trauma
Sintomas persistentes de
ansiedade ou de maior excitação estão presentes, e incluem dificuldade
em conciliar ou manter o sono, irritabilidade ou ataques de raiva,
dificuldade de concentração, hipervigilância, e uma acentuada resposta
de sobressalto.
A duração dos sintomas deve ser de pelo menos um mês após o evento traumático.
Os sintomas devem causar sofrimento e prejuízo significativos no funcionamento social ou ocupacional do indivíduo.
Transtorno de Ansiedade Generalizada
O Transtorno de Ansiedade Generalizada é diagnosticado segundo os critérios do DSM-IV descritos no quadro abaixo:
Ansiedade e preocupação excessivas
Uma alta variedade de
preocupações excessivas e pressentimentos estão presentes na maior parte
do dia, no decorrer de pelo menos seis meses, como por exemplo o medo
de que doenças e acidentes possam ocorrer consigo ou com pessoas
próximas, ou o receio de uma avaliação negativa por parte de outras
pessoas devido à um possível baixo desempenho na realização de
atividades.
O indivíduo tem intensa dificuldade em controlar a preocupação
Esses pensamentos podem ter
embasamento em várias questões, porém todas são julgadas pelo indivíduo
como sendo de difícil controle.
Presença de físicos relacionados a ansiedade
Uma série de sintomas
físicos podem estar associados à ansiedade, identificados por tensão
muscular, inquietação, fadiga, falta de ar, taquicardia, sudorese,
tontura, boca, seca, micção freqüente, diarréia, dificuldade para
dormir, problemas de concentração, irritabilidade e cefaléias.
O foco da ansiedade não se deve aos sintomas de outro transtorno mental, nem a efeitos fisiológicos diretos de uma substância
A ansiedade e a
preocupação acentuadas ou sintomas físicos causam sofrimento e prejuízos
significativos no funcionamento social, ocupacional e em atividades de
lazer do indivíduo.
Tratamento
O tratamento dos
Transtornos de Ansiedade engloba a intervenção medicamentosa e a
psicoterapia. Um profissional de saúde mental (psicólogo ou psiquiatra)
deverá fazer uma avaliação diagnóstica precisa para definir o tipo de
tratamento mais adequado para o paciente. 11, 13
Tratamento farmacológico
Há diversos tipos de
medicamentos que podem ser utilizados para o tratamento da ansiedade,
entre eles, os benzodiazepínicos e os antidepressivos, Portanto, é
necessária uma avaliação do médico psiquiatra para determinar qual
medicamento deve ser prescrito para o paciente. 11
Os benzodiazepínicos são
medicamentos que agem no sistema GABA, apresentando efeitos
anti-ansiedade e sedativos, e que trazem alívio dos sintomas em um curto
período de tempo. Porém eles têm o potencial para desencadear
dependência, sendo assim, recomendada a sua utilização por períodos
pré-determinados. Já os antidepressivos têm comprovada eficácia também
no tratamento da ansiedade, embora os efeitos comecem a surgir em
algumas semanas após o início de sua utilização. 11, 13
Tratamento psicoterápico
Da mesma forma que o
tratamento farmacológico, o tratamento psicoterápico pode ser realizado
sob diversas abordagens (Psicodinâmica, Cognitivo-Comportamental, etc.)
especificamente por um psicólogo. Porém, todas as modalidades de
psicoterapia enfatizam a restauração da saúde mental do indivíduo,
através da elucidação dos desencadeadores psicológicos de ansiedade, e
da elaboração de estratégias para um melhor manejo dos estados ansiosos.
A partir do momento em que o indivíduo identifica as causas de sua
ansiedade e reconhece a superestimação dada aos estímulos ansiógenos, as
chances de reincidência apresentam-se diminuídas.
Referências Bibliográficas
1 AMERICAN PSYCHIATRIC
ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais –
4º edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 845 p.
2 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE
SAÚDE. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da
CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1993. 351 p.
3 GENTIL, V.; LOTUFO-NETO,
F.; BERNICK, M. A. Pânico, fobias e obsessões: A experiência do Projeto
AMBAN. São Paulo: EDUSP, 1997, 208 p.
4 GRAEFF, F. G.; BRANDÃO, M. L. Neurobiologia das doenças mentais. São Paulo: Lemos Editorial, 1997, 188 p.
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