A Síndrome de Landau-Kleffner (SLK) é uma forma rara de epilepsia infantil que resulta em sérios transtornos de linguagem. De etiologia desconhecida, alguns têm sugerido uma disfunção no sistema imunológico,
exposição a um vírus e traumatismo craniano. Esta afecção afeta
crianças previamente normais, e sua maior característica é a grande ou
súbita diminuição da habilidade de entender e usar a linguagem falada.
Todas as crianças com SLK possuem ondas elétricas cerebrais anormais
no lóbulo temporal e na região temporal- parietal- occipital durante o sono, que podem ser documentadas por um eletroenfalógrafo (EEG), que é um gravador de atividade elétrica do cérebro. Existem nessa síndrome,
alterações de comportamento que podem se confundir com o quadro
autístico, por exemplo, o evitar contato com a família e os amigos
(sendo este sintoma
bastante comum), bater seguidas vezes com o talher na comida, muitos
distúrbios no sono, ataques de raiva e agressão, insensibilidade a dor, brincadeiras bizarras ou inadequadas e repetitivas para a sua idade.
Uma das dificuldades que mais afetam essas crianças é a disfunção da linguagem,
elas não conseguem entender nem mesmo o próprio nome. As crianças com
SLK têm dificuldades em reconhecer os sons do ambiente, pois se
comportam como se fossem surdas. Algumas crianças talvez recuperem completamente sua linguagem,
mas muitas acabam apresentando dificuldades de comunicação. Essa
deterioração da linguagem e comprometimento das interações sociais pode
levar a criança a uma regressão de suas capacidades e um estado de
extrema apatia que, freqüentemente, se alterna com períodos de comportamento hiperativo.
Essa síndrome
foi primeiramente descrita em 1957 pelos Drs. William M. Landau e Frank
R. Kleffner, que identificaram seis crianças com as características
descritas anteriormente, entretanto, mais de 160 casos foram informados
entre os anos de 1957 e 1990.
O prognóstico na Síndrome de Landau-Kleffner é variável e não há tratamento
específico. O uso de corticosteróides é considerado benéfico, mas,
recentemente, tem sido sugerido o tratamento cirúrgico, através de
transecção múltipla subpial.
A Síndrome de Landau-Kleffner acontece mais freqüentemente em
crianças em desenvolvimento que estão entre três e sete anos de idade.
Por razões desconhecidas, estas crianças começam a ter dificuldade em
entender o que é dito a elas. Esse distúrbio pode ocorrer lenta ou abruptamente. Os pais freqüentemente pensam que a criança está tendo um problema de audição
ou que tenha ficado repentinamente surda. Entretanto, testes
audiométricos realizados com crianças portadoras dessa síndrome mostram
que a audição está intacta. Constata-se, também, que as crianças podem
apresentar comportamentos autistas, desenvolvimento mental demorado e
ter a inabilidade para entender as palavras afetando o idioma falado que
pode progredir para uma perda completa da habilidade para falar
(mutismo).
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Landau-Kleffner
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