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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Fobias podem acelerar o envelhecimento

Katherine Harmon



Você entra em pânico em locais abertos ou em locais fechados e apertados? E quanto a locais altos ou aranhas? Se esses medos são frequentes ou debilitantes, você pode ter ansiedade fóbica – e não estaria sozinho: no mínimo 8% dos americanos têm pelo menos uma fobia. 
O problema é que todo esse estresse psicológico pode estar comprometendo a saúde física. Um novo estudo sugere que ansiedade fóbica intensa pode levar ao envelhecimento biológico precoce – e possivelmente a outros problemas de saúde relacionados – de mulheres de meia-idade ou mais.
“Muitas pessoas perguntam se – e como – o estresse pode nos fazer envelhecer mais rápido”, declara Olivia Okereke, coautora do estudo e psiquiatra do Brigham and Women’s Hospital,em Boston. Então, ela e seus colegas resolveram testar a ideia.
Para isso os pesquisadores examinaram amostras de sangue e resultados de pesquisas de 5.243 mulheres entre 42 e 69 anos, do estudo Nurses Health Study. Eles descobriram que as participantes com maiores níveis de ansiedade fóbica tinham marcadores biológicos correspondentes a pessoas seis anos mais velhas. As descobertas foram publicadas on-line em 11 de julho na PLoS ONE.
Durante a pesquisa, Olivia e seus colegas observaram especificamente os telômeros, as pontas protetoras dos cromossomos que impedem que a informação genética seja perdida durante a divisão celular. Conforme envelhecemos, os telômeros se encurtam naturalmente. Cientistas suspeitam que esse encolhimento resulte de exposição ao estresse oxidativo e a inflamações (telômeros mais curtos, especialmente para idades específicas, foram relacionados a um aumento no risco de doenças cardíacas, câncer e demência). 
Os novos resultados demonstram “uma conexão entre uma forma comum de estresse psicológico – ansiedade fóbica – e um mecanismo plausível para o envelhecimento precoce”, explicou Olívia. Ela destacou, porém, que o estudo atual não realizou testes explícitos para verificar se a ansiedade provocava o encurtamento dos telômeros. Ela e os coautores escreveram em seu artigo que “apesar de a literatura se encontrar em um estágio inicial, há plausibilidade biológica para sustentar relações de ansiedade a telômeros mais curtos, particularmente via estresse oxidativo e inflamação”. 
Ansiedades fóbicas geralmente começam cedo e são mais comunsem mulheres. Olado positivo é que podem ser tratadas com terapia. Se as fobias realmente estão encurtando telômeros, talvez seja possível limitar o envelhecimento precoce e os riscos de doenças associadas em milhões de pessoas por meio de seu tratamento. 

FONTE: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/fobias_podem_acelerar_o_envelhecimento.html

Dificuldade de aprendizado pode ser algum transtorno do cérebro

Ir mal na escola ou ter dificuldades de aprendizado não significa que uma criança não goste de estudar. A falta de concentração nos estudos pode ter origem dentro do cérebro, na comunicação entre os neurônios.
Essa dificuldade de concentração é um problema catalogado na medicina e tem nome: transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). A boa notícia é que esse transtorno tem tratamento, basta tomar o remédio em dia.
O TDAH foi o tema do Bem Estar desta quinta-feira (2), que teve a participação do psiquiatra Daniel Barros e da pediatra Ana Escobar. Outra convidada foi a fonoaudióloga Adriana Pizzo Gabanini, especialista em dislexia, outro distúrbio neural que causa problemas na hora de ler.
Os dois problemas têm em comum a origem neurológica, um mau funcionamento dos circuitos cerebrais. Além disso, tanto um quanto o outro, se não forem tratadas, podem levar à ansiedade e à depressão.
Porém, os distúrbios têm muitas diferenças. Enquanto o TDAH prejudica de maneira ampla a vida dos portadores, que não conseguem ter foco nas atividades rotineiras, a dislexia é somente um transtorno de aprendizado, em que a pessoa não consegue ligar os sons às letras.
O TDAH pode ser diagnosticado a partir dos três anos e se manifesta de várias maneiras ao longo da infância. A criança não consegue se concentrar em nada, nem mesmo na hora de sentar para assistir a um desenho animado – é diferente de um menino agitado que, quando quer, fecha o foco em uma atividade específica.
Um estudo recente mostrou que o diagnóstico do TDAH ainda precisa ser mais bem feito. De 500 pessoas que tinham recebido diagnóstico de TDAH, apenas 23% preenchiam critérios rigorosos para serem consideradas portadoras. Por outro lado, das crianças que deveriam ter sido diagnosticadas, 58,4% nunca tinham sido identificadas como portadoras do transtorno.
O remédio usado para controlar o TDAH é uma substância chamada metilfenidato. É considerado seguro e eficaz, mesmo nas crianças, mas é de tarja preta -- ou seja, sua venda é controlada. O medicamento deve ser usado continuamente pelo resto da vida; ele controla o transtorno, mas não cura.
Já a dislexia tem uma situação diferente. O diagnóstico costuma vir um pouco mais tarde, quando a criança entra na fase de alfabetização. Ela não tem remédio, mas pode ser eliminada com um treinamento específico. Esse tratamento dura entre dois e cinco anos e consegue ensinar o paciente a relacionar formas e sons da maneira correta, remediando o problema. Contudo, os especialistas consideram que a dislexia não tem uma cura, e que este tratamento ensina a conviver com o problema e superar suas limitações.
Assim como o TDAH, a dislexia também tem um diagnóstico difícil. Nos dois casos, é muito importante descartar problemas visuais, auditivos, lesões cerebrais e doenças psiquiátricas, como a ansiedade, antes de afirmar que a criança tem o transtorno e iniciar o tratamento.

FONTE: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/05/dificuldade-de-aprendizado-pode-ser-algum-transtorno-do-cerebro.html

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Especialistas alertam que internet pode causar doenças mentais

  China, Japão e Coreia do Sul já tratam vício em internet como questão de saúde pública. Nesses países, 30% dos adolescentes são considerados viciados
São Paulo – A internet pode nos deixar deprimidos e ansiosos. Ela tem o poder de causar distúrbios obsessivo-compulsivos e déficit de atenção. É o que defende Susan Greenfield, professora de farmacologia na Universidade de Oxford, no Reino Unido.
"Um americano olha para uma tela de computador pelo menos oito horas por dia, mais tempo do que gasta em qualquer outra atividade, incluindo dormir. Vamos acabar virando zumbis de olhos vidrados", diz.
Nos Estados Unidos, dois terços dos adolescentes sofrem com a síndrome da vibração fantasma: sentem o telefone vibrando quando, na verdade, ele não está.
No Brasil, líder mundial em tempo gasto na internet em casa, estima-se que 5% dos usuários sejam viciados.
"Tenho acompanhado casos de adolescentes que, de tão absortos na atividade, ficam sem comer, beber e dormir por até 45 horas seguidas", diz o psicólogo Cristiano Nabuco, especialista em distúrbios da internet.
Em 2013, o Transtorno da Dependência de Internet será incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Será a primeira vez que a bíblia dos profissionais da saúde mental incluirá uma categoria que relaciona interações humanas com máquinas.
Aliás, China, Japão e Coreia do Sul já tratam o assunto como questão de saúde pública. Nesses países, 30% dos adolescentes são considerados viciados em internet.
FONTE:  http://www.d24am.com/noticias/saude/especialistas-alertam-que-internet-pode-causar-doencas-mentais/100177

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Estudo: bebês indesejados podem nascer tristes e ter problemas mentais


Especialistas de Brasília afirmam que a relação afetiva com o bebê que está para nascer é fundamental para a formação e o fortalecimento do vínculo materno. Estudos mostram que os primeiros seis anos são decisivos na vida da pessoa, especialmente devido ao desenvolvimento cerebral. A formação do bebê, no entanto, já começou antes do seu nascimento.
O médico pediatra Laurista Corrêa Filho teve a certeza da constatação após uma experiência no Centro Internacional da Infância, em Paris, em 1991. No retorno dele a Brasília, seis anos depois, foi um dos idealizadores de um grupo de estudos multidisciplinar sobre o tema. O trabalho cresceu a ponto de o grupo prestar consultoria para o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria, além de fazer palestras em vários estados brasileiros.
"Até então, o paradigma existente era a parte física, diagnóstico e tratamento. A parte de saúde mental ficava para trás", lembra o médico. A Associação Brasileira de Estudos para o Bebê foi fundada em Brasília em decorrência do movimento.
O médico afirma que uma gravidez não desejada pode gerar uma criança problemática. "A pior doença do futuro é a mental", adverte. Segundo ele, o reconhecimento de que todos os sentidos do bebê já funcionam mesmo antes do nascimento era até então apenas uma suposição, que foi comprovada cientificamente. A maneira como a mãe reage à gestação é fundamental para a formação da criança, garante o médico. Por isso, a comunicação com o bebê é muito importante.
O feto é capaz de captar as vibrações dos sons das palavras emitidas pela voz materna, com todas as emoções que as acompanham. Para os médicos, a relação de troca com o feto é fundamental para a formação e fortalecimento do vínculo materno. É uma forma de garantir a saúde e o bem-estar do bebê. Por isso é importante que as mães conheçam as formas de desenvolvimento dele do ponto de vista físico e mental.
"Se o bebê não for desejado pela mãe, como será essa criança? Será um sobrevivente e não um ser humano. Como ele vai se desenvolver?", questiona o médico.
Na saúde pública, o especialista acredita que a falta de conhecimento é um dos problemas mais graves em relação aos procedimentos com a mãe. Isso faz com que o bebê seja recebido por uma equipe despreparada. Falta acolhimento, na avaliação dele. A intenção com o grupo de estudos é modificar essas atitudes. Por isso, as ações se concentram em melhorar a formação dos profissionais.
A importância da comunicação na gravidez
Durante a gravidez já se estabelece um vínculo afetivo, diz Roselle Bugarin Steenhouwer, médica cirurgiã pediatra, coordenadora geral de Saúde da Asa Sul e diretora geral do Hospital Materno Infantil de Brasília. "O bebê reconhece a voz, até o cheiro do líquido amniótico onde está inserido", afirma.
Para a médica, o bebê é receptivo a tudo o que acontece no ambiente. Ele escuta e sente. Por isso não há nada que a mãe faça que não influa no desenvolvimento da criança ainda no útero. Os casos mais graves são os de bebês rejeitados.
"Ele não pode sentir que não é bem-vindo, que a mãe não o quer ou o rejeita. Caso contrário, esse bebê vai nascer triste. O amor é o segredo do sucesso de um desenvolvimento psicomotor e afetivo saudável", defende.
Ela explica que a mãe pode estar cheia de vontade de ter uma gravidez tranquila e ter problemas. Por isso o mais importante é o bebê sentir que é desejado, apesar das adversidades. "Ela deve parar em algum momento do dia e pensar nele, falar com ele, colocar uma música que ela goste para ouvir e relaxar", sugere.
Os hormônios que a mãe libera, sobretudo os neurotransmissores, passam para o bebê pelo cordão umbilical, explica o médico Raulê de Almeida, especialista em desenvolvimento infantil pela Universidade de Brasília (UNB).
"O bebê percebe o comportamento da mãe e associa com o tipo de hormônio. Se a mãe está muito intranquila, vai liberar catecolaminas, hormônios liberados em situações de estresse. Se a mãe está tranquila, serena, feliz, vai liberar endorfina, e vai transmitir ao bebê uma condição de bem-estar", avalia.
Almeida explica que uma mãe depressiva, triste, que não é capaz de se comunicar com o seu bebê, poderá ter surpresas negativas. A ausência dessa ponte com a criança vai dificultar a formação do vínculo. Consequentemente, o bebê terá uma formação comprometida, sem apego. Poderá desenvolver neuroses, psicoses e problemas na sua vida futura que o impedirão de ser feliz plenamente.
Entre as posturas recomendadas pelos médicos para melhorar a relação entre mãe e bebê estão conversar diariamente com a criança, ouvir música com ela, contar histórias para ela, evitar situações de estresse e de conflito durante a gravidez.
O Ministério da Saúde recomenda ainda que, para garantir uma gestação tranquila e a segurança do bebê, é fundamental que a gestante faça o acompanhamento pré-natal e adote um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e evitando o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros.
Número de crianças prematuras é alto no país
Segundo um estudo do Unicef divulgado em agosto, a prevalência de crianças prematuras é de 11,7% em relação aos partos no país. O percentual coloca o Brasil no mesmo patamar de países de baixa renda, onde a prevalência é de 11,8%. Os pesquisadores investigaram os números da prematuridade no Brasil e também o baixo peso ao nascer.
Para Laurista Corrêa Filho, não se pode relacionar a falta de afeto entre mãe e filho durante a gravidez com o caso de prematuridade. Para ele, são vários fatores que contribuem para isso, especialmente gravidez na adolescência.

FONTE: http://noticias.terra.com.br/ciencia/estudo-bebes-indesejados-podem-nascer-tristes-e-ter-problemas-mentais,ee5aa160fcf31410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Deficiente já pode se aposentar com 20 anos de contribuição

Os deficientes físico, mental, intelectual ou sensorial já podem pedir a aposentadoria sem precisar contribuir durante 30 (para mulheres) ou 35 anos (para homens) com a Previdência Social. Desde sexta-feira, quando a lei sancionada pela presidente Dilma Rouseff – há seis meses – entrou em vigor, é assegurado que a portadora de deficiência grave se aposente com 20 anos de contribuição e, o portador, com 25. Esse período varia de acordo com o grau de cada deficiência, que é classificada como grave, moderada ou leve.
São considerados deficientes físicos pessoas com alteração total ou parcial de um ou mais segmentos do corpo, como exemplos paralisia cerebral, amputação ou ausência de um membro. Mentais, pessoas com síndrome de Down e autismo, e sensoriais, quem possui perda parcial da visão ou audição.
O deficiente com grau moderado precisa de 29 anos de contribuição, já a mulher, de 24. No grau leve, eles têm de trabalhar por 33 anos e, elas, por 28.
No caso de aposentadoria por idade, o tempo também foi reduzido. Homens com deficiência se aposentam com 60 anos e, mulheres, com 55. Ambos com cinco anos a menos do que os demais segurados.
De acordo com a vice-presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), Adriane Bramante, a nova lei é uma grande conquista para os trabalhadores. “Agora, o trabalhador vinculado ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vai poder reduzir seu tempo de trabalho em até dez anos, o que ajuda e muito esse segurado”, disse.
EXTRA - Outro benefício para o deficiente vai ser o modo como o cálculo da aposentadoria será feito. Ele ficará isento da incidência do fator previdenciário. Serão consideradas apenas 80% das maiores contribuições, ressalta a advogada previdenciária Patrícia Crovato, sócia do escritório Crovato Advocacia.
Ela cita um exemplo. No caso de um homem com deficiência leve, de 54 anos e 33 anos e dez meses de contribuição. Se ele se aposentasse antes da lei, seu benefício seria de R$ 1.329,49. Agora, passaria a R$ 1.943,70. A diferença é de R$ 614,21.
Quem se tornou deficiente após sofrer um acidente, e já contribuía com o INSS tem um cálculo diferente. É preciso somar o quanto contribuiu antes do incidente e depois, e multiplicar por índices de conversão estabelecidos pela Previdência Social (veja abaixo). Neste caso, o tempo de contribuição necessário para ‘pendurar as chuteiras’ varia para cada segurado.
De qualquer maneira, ele igualmente trabalha por menos tempo e se aposenta com idade menor – apesar de ter o tempo antes do acidente submetido ao fator previdenciário.</CW>
INSCRIÇÃO - Para pedir a aposentadoria, o procedimento é o mesmo que o tradicional, basta agendar pela central 135 o comparecimento até uma agência da Previdência. O trabalhador, no entanto, precisará passar por uma perícia, onde será atestado o grau de deficiência.
De acordo com o professor de Direito Previdenciário da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) e da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) e procurador federal Miguel Horvath Júnior, a perícia também vai fixar o período em que a pessoa se tornou deficiente. “Segundo a lei, precisa ser considerada a época em que a pessoa desenvolveu aquela incapacidade.”
Na opinião de Adriane, essa avaliação é um dos pontos que podem trazer percalços para o trabalhador. “Isso vai acabar gerando algum problema, já que, dependendo da deficiência, pode ser mais difícil detectar o seu grau. Ou seja, o laudo pode variar de acordo com a análise do médico”, declarou.

FONTE: http://www.dgabc.com.br/Noticia/493568/deficiente-ja-pode-se-aposentar-com-20-anos-de-contribuicao?referencia=minuto-a-minuto-topo
 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Confira as 10 profissões que mais atraem psicopatas

A revista The Week revelou uma pesquisa com as profissões que mais atraem os psicopatas. As pessoas com esse distúrbio de personalidade possuem emoções superficiais, estresse, falta de sensibilidade com o sentimento dos outros, irritabilidade, entre outras características.
De acordo com a revista, a maior quantidade de psicopatas  está entre os presidentes das grandes empresas. Em segundo lugar aparecem os advogados, seguidos pelos profissionais da mídia. Contudo, a revista destaca que trabalhar com profissionais dessas áreas não significa correr risco de vida. A justificativa para a ordem do ranking são que esses profissionais precisam tomar decisões objetivas, deixando os sentimentos de lado.

Confira as 10 profissões que mais atraem psicopatas, segundo a The Week:

Profissões
1 Presidente de empresas
2 Advogado
3 Profissional da mídia (TV/Rádio)
4 Vendedor
5 Cirurgião
6 Jornalista
7 Policial
8 Líder Religioso
9 Chef
10 Funcionário Público


FONTE: http://economia.terra.com.br/revista-lista-profissoes-com-maior-numero-de-psicopatas-confira,8462eaee9f742410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html?ecid=g_editors_pick&google_editors_picks=true

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Transtornos mentais afetam 700 milhões no mundo

Chris Bueno
Do UOL, em São Paulo 11/11/2013


Segunda causa mais comum de invalidez em todo o mundo, a depressão fica atrás apenas das dores nas costas, segundo um estudo recém-publicado na revista científica PLOS Medicine. A pesquisa comparou a depressão clínica, um dos transtornos mentais mais comuns, com outras 200 doenças e lesões apontadas como causas de invalidez. Segundo os autores, a doença deve ser tratada como uma prioridade de saúde pública global.
Falar sobre transtornos mentais ainda é um assunto muito delicado. Mas o fato é que eles são bem mais comuns do que se imagina. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os transtornos mentais atingem cerca de 700 milhões de pessoas no mundo, representando 13% do total de todas as doenças. E apesar de doenças como esquizofrenia e psicose serem as primeiras lembradas ao se falar no assunto, elas não são as mais frequentes. No topo da lista estão a depressão e a ansiedade.
No Brasil, a capital paulista é a cidade com o índice mais alto de habitantes com transtornos mentais. Isso é o que aponta o projeto São Paulo Megacity: estudo realizado pelo IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas de São Paulo com 5.037 residentes dos 39 municípios da região da Grande São Paulo, em 2012.
Depressão A depressão é caracterizada pela tristeza, baixa autoestima, pessimismo e desânimo. Segundo a OMS, a depressão atinge cerca de 350 milhões de pessoas pelo planeta, o que corresponde a 5% da população mundial. Só no Brasil, 10% da população sofrem com o problema. Já a ansiedade é caracterizada por excesso de pensamentos negativos, sensação de aflição, incapacidade de relaxar, tensão e preocupação exagerada. De acordo com a organização, a ansiedade atinge 10 milhões de pessoas.Apesar dos altos números, muitas pessoas consideram a depressão e a ansiedade mais um "estado emocional" do que uma doença. O que é um erro grave: não dando o devido valor a esses sintomas, pode-se adiar o diagnóstico da doença, agravar seu estado e até mesmo prejudicar seu tratamento. "É necessário entender que o transtorno mental é uma doença como qualquer outra, como diabetes, por exemplo. É necessário buscar tratamento para que os sintomas sejam controlados e, assim, a pessoa possa levar uma vida normal", afirma a psicóloga Ana Cristina Fraia, coordenadora terapêutica da Clínica Maia Prime.
Uma doença com tratamento Os transtornos mentais podem ser causados por vários fatores, entre eles a genética, a química cerebral (problemas hormonais ou uso de substâncias tóxicas que afetam o cérebro) e o estilo de vida são tidos como os principais. "Muita pessoas acreditam que os transtornos mentais não tem componente físico e, portanto seriam causados apenas por fatores externos, ambientais, sociais", aponta Pedro Katz, psiquiatra do Hospital Samaritano de São Paulo. Como qualquer doença, os transtornos mentais precisam de tratamento e acompanhamento especializado. Existem medicamentos eficazes para tratar depressão, esquizofrenia, transtorno obsessivo compulsivo e todas as outras doenças mentais. "Hoje, com um refinamento maior dos diagnósticos e com o avanço dos tratamentos, pode-se ajudar pessoas que possuem alterações mais sutis em relação a um sofrimento emocional, mas que, se diagnosticadas e tratadas, apresentam uma melhora importante na qualidade de vida", explica Marco Antônio Abud Torquato Junior, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (Ipq/HCFMUSP) e do Hospital Universitário da USP. Porém o tratamento não é fácil: ele exige comprometimento e adesão - em muitos casos para a vida toda. Isso porque a maioria dos transtornos mentais não tem cura. Muitos médicos os comparam às doenças como hipertensão ou diabetes, que também não têm cura, mas podem ser controladas a ponto do paciente viver bem. "Não tem cura, mas tem controle - desde que a pessoa busque e siga um tratamento adequado. Aí é possível atingir uma boa qualidade de vida", ressalta Fraia.

  Preconceito e desinformação O que não pode é ficar sem tratamento - o que acontece muitas vezes devido ao preconceito e a desinformação que cercam os transtornos mentais. E vencer isso é um verdadeiro desafio.  "Em geral, o maior desafio está no início do tratamento, em ajudar a própria pessoa e sua família a vencerem o preconceito e o estigma em relação a realizar um tratamento psiquiátrico", afirma Torquato. Parte desse preconceito existe justamente pela falta de informação. O assunto ainda é considerado tabu e dificilmente é discutido abertamente, mesmo na mídia.  Também não existem muitos materiais informativos ou campanhas para esse tipo de doença. E a informação é um aliado importantíssimo na hora de fazer um diagnóstico e buscar um tratamento, que pode fazer toda a diferença para a qualidade de vida e o bem-estar do paciente.  
"As pessoas ainda têm muita dificuldade e pouco acesso a informações que as auxilie a compreender que, embora estejamos falando de doenças que se manifestam com alterações emocionais, mudanças de humor, do comportamento e do pensamento, existe na maioria dos casos um comprometimento orgânico. E que é necessário um tratamento, que é efetivo na grande maioria dos casos", explica Katz.

FONTE:  http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/11/11/transtornos-mentais-afetam-cerca-de-700-mi-no-mundo-veja-mitos-e-verdades.htm

domingo, 10 de novembro de 2013


Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já me não dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
Fernando Pessoa

Figuras histórias e suas patologias mentais.

Rei Carlos VI da França


O Rei Carlos VI era conhecido como Carlos, o Louco. Depois de uns doze anos de reinado, os primeiros sinais de sua insanidade começaram a aparecer.

Houve episódios onde ele não lembrava o próprio nome, nem da esposa, dos filhos ou sequer de que era rei da França. Durante cinco meses, se recusou a tomar banho ou trocar de roupa. Além disso, teve um tempo em que acreditava ser feito de vidro, então proibia que qualquer pessoa tocasse sua figura real e fazia uso de roupas reforçadas, para evitar que se quebrasse por acidente.

Ele reinou de 1380 a 1422.

Abraham Lincoln




Apesar de suas grandes conquistas, como colocar um fim na Guerra da Secessão, introduzir medidas que colocaram um fim à escravidão nos EUA, tinha o que ele próprio chamava de “tendência à melancolia”.

É normal ficar triste de vez em quando, acontece com todo mundo. No entanto, o que Lincoln vivia eram períodos de profunda e debilitante depressão. Alguns biógrafos especulam que não era raro ele contemplar a possibilidade de suicídio.

De acordo com um perfil feito pela Ability Magazine, ele chorava desesperadamente e utilizava-se de um senso de humor exagerado, além de uma espécie de fanatismo religioso e dedicação extrema ao trabalho para balancear sua melancolia.

Vincent Van Gogh



Van Gogh costumava ter ataques epiléticos causados por uma lesão cerebral oriunda do consumo excessivo de absinto. Sim, ele era alcoólatra. Seu famoso entusiasmo por arte e religião, combinado por seu ritmo acelerado de pintura, seguidos por períodos de profunda depressão reforçam a teoria de que ele talvez sofresse de distúrbio bipolar.

Ele também era um excelente escritor e deixou centenas de cartas. Alguns acreditam que ele sofria de hipergrafia, uma espécie de mania associada à epilepsia que é, basicamente, uma vontade incontrolável de escrever.


Edgar Allan Poe


Conhecido por seus contos de horror, foi um dos primeiros a tentar construir uma carreira apenas com seu ofício de escritor. Edgar Allan Poe era extremamente interessado em psicologia e usava o que aprendia sobre o assunto como substrato para suas obras.

Acontece que ele tinha um inimigo chamado Rufus Griswold, de quem o Poe gostava de falar mal, seja por escrito ou verbalmente. Então, após a morte de Poe, Griswold decidiu escrever um obituário venenoso sobre seu rival, contando a respeito de como as pessoas simplesmente deixavam passar a sua proeminente loucura.

Depois disso, as pessoas passaram a conjecturar que Edgar Allan Poe tinha distúrbio bipolar. O próprio Poe já havia escrito uma carta contando que já experimentava pensamentos suicidas. 

Howard Hughes



Howard Hughes foi aviador, engenheiro aeroespacial, produtor de filmes, diretor de cinema e bilionário nas horas vagas.

Metódico, organizado, disciplinado, tinha aversão a germes. Ou melhor: ele tinha uma fobia diagnosticada a germes. Um artigo publicado pela American Psychological Association sugere que sua fobia era tão severa que contribuiu para o vício em Codeína e Valium, além de levá-lo a ter uma vida de reclusão.

Sua vida foi marcada por períodos de estresse e isolamento. Quando adolescente, chegou a ficar paralisado por meses, por nenhuma razão aparente.

Mais tarde, começou a apresentar comportamentos obsessivo-compulsivos, em função da sua fobia. Todos os que se aproximavam dele tinham de usar luvas, sua comida era, obrigatoriamente servida protegida por lenços de papel, só conseguia dormir nu, com os pés protegidos por caixas de tecido, em zonas livres de germes devidamente inspecionadas por ele próprio.

Ludwig Van Beethoven



Gênio da música.

Acredita-se que tenha sofrido de transtorno bipolar. Dizem que apanhava de seu pai de maneira tão violenta que, talvez, isto tenha contribuído para sua perda auditiva.

Era intenso, cheio de vitalidade, carregado de ideias brilhantes, mas que subitamente entrava em ciclos de reclusão, depressão profunda, humor negro e crueldade.

Também foi viciado em álcool e e ópio, numa espécie de tentativa de controlar seus próprios ânimos.

Sir Isaac Newton



Físico, matemático, astrônomo, alquimista, filósofo e teólogo.

Nos seus estudos teológicos, Isaac Newton criou várias teorias para como o mundo poderia acabar, tentando extrair conhecimentos científicos da Bíblia. Segundo ele, estamos seguros até 2060.
Há relatos de que as pessoas da época também o odiavam bastante. Ele era conhecidamente psicótico, difícil de se conviver e dado a mudanças dramáticas e radicais de humor, sem motivos lá muito aparentes. Alguns autores dizem que ele talvez fosse bipolar. Talvez fosse esquizofrênico.
FONTE:  http://papodehomem.com.br/figuras-historicas-e-suas-doencas-mentais/

Faltas no trabalho mascaram transtornos mentais, diz especialista

Maria Fernanda Ziegler -iG São Paulo |

Pesquisa baseada em atestados de funcionários de mais de 50 empresas brasileiras mostrou que doenças como lesões do esforço repetitivo (LER) em tendões, músculos, nervos e ligamentos e distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT) em pescoço, braços, punhos, foram os campeões de dispensas médicas no primeiro semestre de 2013. Os dados da pesquisa estão de acordo com os números do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), porém, especialista afirma que o ranking dos atestados médicos pode mascarar problemas ainda mais graves.
Thinkstock/Getty Images
Médico diz acreditar que doenças podem estar mascarando transtornos mentais
De acordo com o levantamento, depois das doenças por esforço repetitivo, vieram as doenças do aparelho respiratório; nos olhos e ouvido; traumatismo; doenças do aparelho digestivo e, em sexto lugar, doenças do sistema nervoso. A pesquisa analisou um universo de 320 mil pessoas que trabalham em 50 empresas brasileiras, nem todas as pessoas pesquisadas apresentaram atestados médicos. Os dados 
“No ranking ficaram para baixo os transtornos mentais e comportamentais e surgiram outras patologias, como as musculares e as do sistema respiratório. Acredito que estas patologias estão mascarando os transtornos mentais, como depressão, por exemplo”, disse ao iG   Bento Toledo, médico e sócio da GTS, empresa de soluções para gestão de saúde em corporações que fez a pesquisa.
Para Toledo, os distúrbios mentais e comportamentais não só facilitam a ocorrência de acidentes (traumatismo), como causam danos à imunidade das pessoas, facilitando o surgimento de outras doenças, como as respiratórias e infecciosas das vias aéreas superiores, que também aparecem no levantamento.
“Todas estas doenças que aparecem no ranking podem estar relacionadas com um fundo emocional. Digamos que em uma empresa todos usem o computador, mas a pessoa do seu lado se sente mais pressionada ou insatisfeita e então passa a apresentar LER, por exemplo”, disse.
O médico acredita também que outro motivo para que transtornos mentais e comportamentais não estejam no topo do ranking esteja no fato de a declaração em um atestado médico sobre transtorno mental possa gerar preconceito na vida profissional do trabalhador. “As pessoas têm dificuldade de reconhecer um transtorno de humor. Existe um forte preconceito”, disse.
FONTE: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2013-11-04/faltas-no-trabalho-mascaram-transtornos-mentais-diz-especialista.html

sábado, 9 de novembro de 2013

Autismo pode ser identificado nos primeiros meses de vida, diz estudo



Helen Briggs



Uma pesquisa conduzida por cientistas americanos sugere que o autismo, disfunção que afeta a capacidade de socialização do indivíduo, pode ser identificado em bebês com até dois meses de vida.Os estudiosos analisaram o olhar das crianças, do nascimento até os três anos, em direção aos rostos de outras pessoas .

Eles descobriram que as crianças posteriormente diagnosticadas com autismo mantinham, um contato visual reduzido – uma das marcas do transtorno – nos primeiros meses de vida.

A pesquisa, publicada na Nature, aumentou as esperanças de que o autismo seja tratado mais precocemente, afirmou um cientista britânico.

No estudo, pesquisadores liderados pela Escola de Medicina da Emory University em Atlanta, nos Estados Unidos, usaram uma tecnologia de rastreamento visual para medir a forma como os bebês olhavam e respondiam a estímulos sociais.

Eles concluíram que as crianças posteriormente diagnosticadas com autismo mostraram um declínio gradativo na capacidade de manter um contato visual constante com os olhos de outras pessoas a partir da idade de dois meses, quando começaram a assistir vídeos de interações humanas.

O coordenador da pesquisa, Warren Jones, disse à BBC News que foi a primeira vez que "foi possível detectar alguns sinais de autismo nos primeiros meses de vida".

"Estes são os primeiros sinais de autismo já observados".

Metodologia

O estudo acompanhou 59 crianças que tinham um alto risco de autismo por terem irmãos com a doença, e 51 crianças de baixo risco.


Teste comprovou declínio gradativo de contato visual em crianças autistas nos primeiros meses de vida

Jones e seu colega Ami Klin examinaram as crianças até completarem três anos, quando as crianças voltaram a ser formalmente avaliadas quanto à doença.

Treze das crianças (11 meninos e duas meninas) foram diagnosticadas com transtornos do espectro do autismo - uma série de distúrbios que inclui o autismo e síndrome de Asperger.

Os pesquisadores, então, voltaram a observar os dados de rastreamento ocular dos pacientes e fizeram uma descoberta surpreendente.

"Em crianças com autismo, o contato visual já está em declínio nos primeiros seis meses de vida", disse Jones.

Jones acrescentou, entretanto, que tal quadro só pode ser observado com tecnologia sofisticada e não seria visível para os pais.

Para Deborah Riby, do departamento de psicologia da Universidade de Durham, o estudo proporcionou uma análise sobre o tempo de atenção social, atípica em crianças que tendem a desenvolver autismo.

"Esses marcadores precoces são extremamente importantes para identificar brevemente os primeiros traços de autismo. Dessa forma, temos a capacidade de aprimorar o tratamento", disse Riby.


Entenda o autismo

O autismo e a Síndrome de Asperger fazem parte de uma série de transtornos conhecidos como desordens do espectro autista (DEA).

Elas surgem na infância e permanecem durante toda a idade adulta.

O transtorno é marcado por três características principais, incluindo a inabilidade para interagir socialmente, dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

Caroline Hattersley, diretora de informação, aconselhamento e apoio da National Autistic Society, baseada no Reino Unido, disse que a pesquisa foi "baseada em uma amostra muito pequena e precisa ser replicada em uma escala muito maior antes de podermos tirar quaisquer conclusões concretas".

"O autismo é um transtorno muito complexo", disse.

"Não há duas pessoas com autismo que são iguais, e por isso é necessária uma abordagem holística para o diagnóstico, que leve em conta todos os aspectos do comportamento de um indivíduo. Uma abordagem mais abrangente permite que todas as necessidades do pacientes sejam identificadas".

"É vital que todas as pessoas com autismo possam ter acesso a um diagnóstico, pois isso pode ser a chave para uma recuperação mais rápida", concluiu.

A pesquisa foi feita em parceria com o Marcus Autism Center e o Children's Healthcare of Atlanta.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/11/131107_autismo_deteccao_recem_nascido_lgb.shtml

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Hermann Rorschach: psiquiatra dos testes com tinta nasceu há 129 anos


Hermann Rorschach ficou famoso pelo trabalho com manchas de tinta aplicadas em método de auto-expressão: um conceito baseado em Freud

Hermann Rorschach (1884 - 1922) desenvolveu o famoso - e polêmico - teste psicológico Rorschach, hoje um teste projetivo de personalidade Foto: Wikimedia
Hermann Rorschach (1884 - 1922) desenvolveu o famoso - e polêmico - teste psicológico Rorschach, hoje um teste projetivo de personalidade
Foto: Wikimedia

Hermann Rorschach, psiquiatra nascido em 8 de novembro de 1884 em Zurique, na Suíça, permanece uma figura importante principalmente devido ao seu famoso teste: uma avaliação psicológica pictórica que utiliza manchas de tinta para compreender o significado psicológico de interpretações individuais. A técnica que ele desenvolveu, hoje denominada teste de Rorschach, tem sido aplicada com frequência por psiquiatras desde 1921 em vários países, porém é polêmico e ainda divide psicólogos.
Hermann Rorschach era chamado, na infância, de "Klecks", por conta de sua paixão pela klecksografia - a arte de transformar manchas de tinta em imagens reconhecíveis. Essa hobby da infância acabou moldando sua futura carreira como psiquiatra. Na época de sua formação, o mundo passava por uma fase se destaque para essa ciência, muito devido aos esforços de Sigmund Freud (criador da psicanálise), e tamanha fama levou o psiquiatra a reaplicar sua paixão pelos jogos com tintas da infância.

Exemplo do teste de Rorschach: enquanto alguns enxergam duas pessoas, outros veem um animal quadrúpede - em variações como cachorro, urso e até elefante Foto: Wikimedia
Exemplo do teste de Rorschach: enquanto alguns enxergam duas pessoas, outros veem um animal quadrúpede - em variações como cachorro, urso e até elefante
Foto: Wikimedia
Rorschach passou a se perguntar por que algumas pessoas tinham respostas completamente diferentes às mesmas pinturas com tinta, então ele começou a mostrar as manchas para crianças na tentativa de analisar as grandes variações de interpretação. Após anos conduzindo esses testes enquanto trabalhava como diretor-assistente de um hospital psiquiátrico suíço, Rorschach escreveu o livro Psychodiagnostik (Psicodiagnóstico), que descreve como os testes com manchas de tinta simétricas podem ser usados com eficácia na psicanálise.
O psiquiatra morreu menos de um ano após lançar esse trabalho, ainda marcante na ciência moderna, vítima de peritonite aguda causada por uma apendicite. Ele tinha 37 anos.

FONTE:  http://noticias.terra.com.br/ciencia/hermann-rorschach-psiquiatra-dos-testes-com-tinta-nasceu-ha-129-anos,8632b7353d632410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html