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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Transtornos mentais na terceira idade


Calcula-se que o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos em 2020, com um contingente superior a 30 milhões de pessoas. Uma das consequências do envelhecimento populacional é o aumento dos problemas de saúde característicos da terceira idade.
Segundo o psiquiatra Adauto Silva Clemente, os transtornos mentais estão entre os problemas de saúde comuns na terceira idade, sendo vários os fatores que contribuem para isso: sobreposição de doenças crônicas, limitações da capacidade funcional, dificuldades econômicas, isolamento e desmerecimento social, maior ocorrência de perdas e eventos causadores de estresse.
O especialista aponta como diagnósticos comuns em idosos a depressão, demência, transtornos ansiosos, alcoolismo, quadros maníacos, transtornos mentais de origem orgânica, uso abusivo e dependência de sedativos.
Dentre eles, a depressão e a demência são os mais frequentes. Estudos epidemiológicos indicam que a prevalência das demências pode variar de 1 a 2% em idosos de 60 a 65 anos, 20% em idosos entre 80 a 90 anos e pode chegar a 40% em idosos com mais de 90 anos de idade.
A demência se caracteriza por declínio cognitivo que gera progressiva dependência e incapacidade até a necessidade indispensável de cuidadores ou de internação. Distúrbios de comportamento são frequentes e podem requerer intervenções psiquiátricas.
Alzheimer De acordo com a Organização Mundial de Saúde, atualmente cerca de 24 milhões de pessoas convivem com a doença em todo mundo. A expectativa é que este número chegue a 80 milhões em 2040, crescimento atribuído ao envelhecimento da população. Os estágios clínicos são quatro. No inicial, há perda de memória, mudanças na personalidade, no humor e nas habilidades visuais e espaciais, como aumento de quedas. Na fase moderada, vem a dificuldade para falar, realizar atividades rotineiras e coordenar movimentos, além de agitação e insônia. No estágio avançado, o paciente resiste à execução de tarefas simples do cotidiano, como higiene pessoal e alimentação, tem incontinência urinária e fecal, além de dificuldade para comer e deficiência motora progressiva. Na fase terminal, há perda praticamente completa de memória e dependência total de terceiros para atividades rotineiras do dia a dia. É importante lembrar que apenas um especialista pode diagnosticar a doença e indicar os medicamentos mais adequados, que não impedem a evolução, pois não há cura, mas ajudam a retardá-la.
Depressão Aproximadamente 10 milhões de brasileiros sofrem de depressão. Embora a doença possa afetar as pessoas em qualquer fase da vida, alguns estudos indicam que os sintomas são altamente prevalentes nas fases tardias da vida no Brasil e no mundo. Um artigo publicado em abril de 2002 na Revista Brasileira de Psiquiatria concluiu que cerca de 10% da população mundial de idosos apresentam quadros depressivos que necessitam de atenção médica. O indivíduo deprimido perde o interesse pelas atividades que normalmente desfrutaria e, com isso, podem surgir outros problemas de saúde, como energia diminuída, dificuldade para dormir ou se alimentar e sentimentos de baixa autoestima.
Os cuidados com si mesmo podem ajudar uma pessoa a prevenir a depressão ou contribuir para o tratamento. A prática de atividade física, sono regular e o não consumo de álcool e drogas ajudam a minimizar os sintomas da doença. O diálogo com familiares e amigos é fundamental, pois a solidão pode piorar a depressão.


Referências:
http://portaldoenvelhecimento.org.br http://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6243/1/D_44.pdf http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/saude-do-idoso/mal-de-alzheimer http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=19108
FONTE:  http://www.qualicorp.com.br/qualicorp/ecp/comunidade.do?app=portalsaude&idNoticia=32890&view=interna

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