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segunda-feira, 22 de abril de 2013

O que são Fobias?



O que são fobias?

As fobias são medos irracionais, desproporcionados, em relação a situações, objetos ou pessoas.

Quais são as causas das fobias?

Sabe-se que o pânico e a agorafobia aparecem com mais frequência em determinadas famílias. Embora parte desses sintomas possam ser adquiridos por aprendizagem, já que as crianças observam e imitam comportamentos dos pais, há estudos genéticos que apontam para uma maior importância da hereditariedade em relação à aprendizagem.
Com efeito:
1) Crianças de pais com pânico e/ou agorafobia, adoptadas por pais sem a doença, têm maior probabilidade de a desenvolver, do que aquelas cujos pais biológicos são saudáveis.
2) Crianças de pais sem pânico e/ou agorafobia, adoptadas por pais sem doença, não têm tendência para vir a desenvolvê-la
3) Irmãos gémeos têm maior probabilidade de ter a doença do que irmãos não gémeos.
Estudos efetuados mostraram que no cérebro do doente, com doença de pânico ou agorafobia, existia um aumento de atividade em zonas específicas do mesmo.
De que forma as experiências marcantes de vida podem desenvolver fobias?
Apesar de provadas as causas genéticas da doença de pânico e fobias, há doentes em que a história familiar não se encontram outras pessoas com a doença. Segundo várias teorias psicológicas, as experiências marcantes da vida poderiam servir de mecanismo de aprendizagem da doença. Assim se a pessoa experimenta grande ansiedade ao lidar com determinada situação e essa ansiedade diminui quando foge dela, o indivíduo tenderá a evitar a circunstância desencadeadora da ansiedade ou circunstâncias semelhantes, gerando comportamentos fóbicos.
Em resumo parece haver uma interacção entre fatores genéticos, bioquímicos e psicológicos no desenvolvimento da doença de pânico e dos comportamentos fóbicos.

Como se manifestam habitualmente as fobias?

Os doentes fóbicos experimentam crises de pânico em confronto com as situações fóbicas, embora possam existir raramente, fobias sem crises de pânico.

Quais os tipos de fobia que existem?

Existem três tipos de fobias:
1. Fobia simples
Na qual um determinado estímulo provoca ao doente um medo excessivo e atendência para o evitar (medo de cobras, de cães, de andar de avião, etç).
2. Fobia social
Na qual o indivíduo receia situações em que tem que se expor face a outros (ex. medo de falar ou comer em público). Este medo é desproporcionado em relação à realidade e leva o doente a fugir dessas situações.
3. Agorafobia
Na qual o doente evita locais e espaços nos quais a ajuda ou a fuga possa ser difícil. Em geral estes doentes começam por evitar grandes espaços (estádios, hipermercados, etç), para gradualmente fugiram de outras circunstâncias, como os transportes públicos ou filas, e acabando muitas vezes por se fecharem em casa.

Como podem evoluir as fobias?

As fobias são doenças limitantes para a vida do doente e quando não tratadas, têm tendência à cronicidade. Com alguma frequência, podem complicar-se com comportamentos depressivos, alcoolismo ou mesmo consumo de drogas.

Como se pode tratar as fobias?

A doença de pâncio e as fobias respondem bem e rapidamente ao tratamento. É sabido que a farmacoterapia (utilização de medicamentos), a terapia comportamental ou a combinação de ambas são de grande eficácia no tratamento destas doenças.

Farmacoterapia

Existem vários tipos de medicamentos, que usados individualmente ou em combinação, diminuem ou fazem cessar as crises de pânico.
São eles:
Antidepressivos: incluindo os inibidores específicos da serotonina e os triciclicos.
Alguns tipos específicos de tranquilizantes como o alprazolam e o clnazepam
Beta-bloqueantes, como o propanolol ou o atenolol

Terapia cognitiva-comportamental

Este tipo de terapia procura ensinar o doente a reconhecer, de forma precoce, os sintomas da doença, o seu significado e o modo de lidar com os mesmos.
A terapia consiste geralmente nos seguintes passos:
1. Ajudar o doente a identificar e mudar o tipo de pensamentos e mitos que o levam a interpretar erradamente e de modo ameaçador, situações comuns do dia a dia ou sintomas corporais (ex. “sinto o meu coração a bater fortemente, logo é porque ele está a funcionar mal, logo posso morrer de uma destas crises”, “é melhor não sair de casa, porque se me der alguma destas crises posso não conseguir ajuda e alguma coisa grave me pode acontecer”.
2. Ensinar e exercitar o doente a respirar lenta e profundamente, evitando a respiração rápida e superficial típica dos quadros agudos de ansiedade e perpetuadora dos mesmos. Estes exercícios ajudam o doente a perceber que não vai morrer nem enlouquecer, mas que é capaz de lidar com a situação e retomar o controlo.
3. Ajudar o doente a confrontar-se, gradualmente, com as situações que evita. Aprendendo a lidar com os sintomas, o doente vai progressivamente ser capaz de se expor às situações fóbicas, sem entrara em pânico, deixando estas de ter o carácter ameaçador que tinham antes.

Terapia combinada

A combinação do uso dos medicamentos acima apontados com a terapia cognitivo-comportamental permite um tratamento rápido e de grande eficácia. Esta combinação terapêutica é especialmente importante quando existem quadros fóbicos a complicar a perturbação de pânico.
Fonte: www.medicoassistente.com

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