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domingo, 8 de novembro de 2020

Riscos da pornografia e educação sexual

 

MAX EVANS 

BBC LONDRES

"Minhas expectativas sobre como o sexo deveria ser estavam totalmente distorcidas", diz a jovem britânica Nicki Briant, de 25 anos.

"O sexo na pornografia parece muito orquestrado e perfeito, e muito voltado para os homens. Eu descobri que nunca, nunca era igual a qualquer tipo de experiência sexual que eu havia tido, então pensei que algo poderia estar errado", diz Nicki, que é gerente de academia e personal trainer.

No Reino Unido, essa possibilidade já está sendo considerada em alguns locais: o governo do País de Gales diz que está analisando como tratar a questão da pornografia em seu novo currículo escolar.

Em fevereiro, um relatório do Comitê Britânico de Classificação de Filmes sobre a necessidade de proteger crianças e jovens da pornografia online revelou que 18% dos adolescentes com mais de 16 anos ativos sexualmente fizeram ou foram solicitados a fazer coisas que viram em filmes pornôs.

A pesquisa, feita com 1,1 mil crianças e adolescentes entre 11 e 17 anos no Reino Unido, mostrou que 29% dos participantes já se sentiram mal em relação ao próprio corpo diante da aparência das pessoas retratadas na pornografia.

E cerca de 30% dos adolescentes com mais de 16 anos disseram que o sexo não correspondeu às expectativas criadas pela pornografia.

Imagem deturpada

Aos 11 anos Nicki foi exposta pela primeira vez à pornografia por meio de redes sociais, como o Tumblr, e isso teria uma grande influência em sua vida mais tarde.

"Há essa imagem da mulher na pornografia em que ela é muito submissa, meio barulhenta e quase irritante. Eu cheguei a imitar esse tipo de atuação porque achava que era o certo, que era isso que os homens queriam."

E as imagens padronizadas a faziam sentir que seu corpo estava "profundamente" errado, levando-a a cogitar cirurgia plástica, como reconstrução vaginal.

Nicki acabou ficando tão traumatizada que decidiu se afastar da pornografia e buscar ajuda por meio de terapia sexual e retiros com ioga e meditação.

'O vício em pornografia era uma parte sombria da minha vida'

Owen*, hoje com cerca de 20 anos, ficou viciado em pornografia quando era adolescente - e isso ainda o deixa profundamente envergonhado.

Tudo começou quando terminou o colégio e muitos de seus amigos haviam entrado na universidade, e ele ainda não havia conseguido um emprego.

"Por um tempo, não tive nenhum relacionamento, então a minha autoconfiança era inexistente, e a pornografia passou a ser mais uma fuga da realidade. Uma mistura de tédio e falta de confiança, que me deixava deprimido."

"Anos depois, mesmo com um emprego, uma boa vida social, um estilo de vida saudável, a pornografia ainda era uma parte sombria da minha vida. Teve um impacto nos meus relacionamentos, o que me deixou ainda mais deprimido", acrescenta.

"Assumo total responsabilidade por minhas ações. Mas infelizmente o vício em pornografia existe, e não há ninguém com quem você possa falar sobre isso, porque as pessoas vão pensar que você é apenas uma aberração."

'A pornografia é exagerada'

A médica Kate Howells, especialista em saúde sexual e membro do Instituto de Medicina Psicossexual, afirma que muitos jovens consomem pornografia "para se educar".

"Isso por si só pode causar problemas porque a pornografia é um ato sexual, mas não no contexto de um relacionamento. Muitas vezes, é exagerada e diferente do sexo normal", diz.

Segundo ela, a pornografia também pode ter um efeito prejudicial nas atitudes das pessoas em relação ao consentimento, a saúde sexual e a autoimagem corporal.

No País de Gales, o novo currículo escolar que entrará em vigor em 2022 terá uma maior ênfase em relacionamentos saudáveis ​​e sexualidade.

Rose Caldwell, da organização Plan International UK, diz que a diretriz para incluir o ensino dos riscos da pornografia no currículo escolar seria um "passo vital" para ajudar todos os jovens, sobretudo as meninas, a lidar com "questões difíceis e frequentemente complexas" envolvendo a sexualidade.

"É vital que eles estejam equipados com as informações necessárias para lidar com o sexo e relacionamentos de forma saudável, e que os professores se sintam apoiados para abordar esses tópicos de forma sensível e empoderadora", analisa Caldwell.

De acordo com o governo do País de Gales, Relacionamentos e Educação Sexual (RSE, na sigla em inglês) será um requisito obrigatório no novo currículo escolar. Entre os conteúdos compulsórios, está ajudar os alunos a reconhecer quando os relacionamentos não são saudáveis, ensiná-los a se manter seguros e buscar apoio para si próprios e outras pessoas.

No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação possui indicações para a educação sexual nas escolas em diferentes idades, mas não apresenta diretrizes específicas sobre como tratar da questão da pornografia.

*O nome foi alterado a pedido do entrevistado.

FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/geral-54676711

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Aplicativo ‘SOS Vida Amapá’ ajuda a prevenir o suicídio.

Por: Sidney Cardoso 

De acordo com dados do Ministério da Saúde o Brasil registra 11 mil casos de suicídio por ano. Somente no Amapá, em 2017, foram registrados 25 mortes e 31 tentativas de suicídio, como informou o G1/AP.

Diante dessa realidade, o Governo do Estado do Amapá através do Centro de Gestão da Tecnologia da Informação (Prodap) desenvolveu o aplicativo ‘SOS Vida Amapá’, lançado em outubro de 2018, em Macapá. O aplicativo foi criado com objetivo de auxiliar pessoas em momentos de crise e com pensamentos suicidas.

O aplicativo já está disponível para download gratuito nas lojas PlayStore e AppStore, para plataformas android e iOS. Desde seu lançamento, o app já recebeu mais de 200 pedidos de socorro.

Como funciona

O SOS Vida Amapá é de fácil acesso. Através de um “botão do pânico”, o app aciona até três contatos cadastrados enviando um pedido de ajuda (mensagem automática). Caso as pessoas solicitadas não atendem, a pessoa tem a opção de ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 188. Além disso, a pessoa tem a opção de enviar mensagem ou ligar para amigos individualmente.

Acompanhamento social

Além do aplicativo, o Centro de Gestão da Tecnologia da Informação desenvolveu um sistema que registra no banco de dados todas as solicitações de pedido de ajuda feitas através do aplicativo ‘SOS Vida Amapá’. Esses dados servem para gerar estatísticas e também fazer o acompanhamento social que é feito pela Secretaria de Saúde do Estado do Amapá (Sesa).

“A Sesa liga para os números dos amigos que receberam o pedido de ajuda para perguntar se eles conseguiram prestar o auxílio necessário a pessoa que o solicitou. Caso, a ligação for feita ao CVV, a Sesa analisa como foi feito o atendimento e se foi com sucesso. Isso é o diferencial do aplicativo”, explicou um dos desenvolvedores do app, o colaborador do Prodap, Vinícius Brito.

FONTE:https://www.prodap.ap.gov.br/noticia/0802/aplicativo-sos-vida-amapa-ajuda-a-prevenir-o-suicidio-e-a-pedir-ajuda-rapidamente

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

A origem do Setembro Amarelo

 por Diogo Tulio Wernik de Carvalho


 

Setembro Amarelo é o mês (de 1 a 30 de setembro) dedicado à prevenção do suicídio. Trata-se de uma campanha, que teve início no Brasil em 2015, e que visa conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento.

É nesse mês que no dia 10 se comemora o dia mundial de prevenção do suicídio.

Ao mesmo tempo em que há muita discussão sobre o tema e que são organizadas caminhadas, durante esse mês alguns locais são decorados com a cor amarela. Assim, já foram iluminados de amarelo o Cristo Redentor, o Congresso Nacional, a Catedral e o Paço Municipal de Fortaleza, entre outros.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 32 pessoas se suicidam por dia no Brasil, o que significa que o suicídio mata mais brasileiros do que doenças como a AIDS e o câncer.

O assunto é envolto em tabus, por isso, a organização da campanha acredita que falar sobre o mesmo é uma forma de entender quem passa por situações que levem a ideias suicidas, podendo ser ajudadas a partir do momento em que as mesmas são identificadas.

As situações que levam a esse fim podem surgir de quadros de depressão, bem como do consumo de drogas.

É por isso que “Falar é a melhor solução” é o slogan da campanha, cujos envolvidos na sua organização acreditam que conscientizando as pessoas podem prevenir 9 em cada 10 situações de atos suicidas.

Origem do Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo começou nos EUA, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994.

Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo. Por conta disso, ficou conhecido como "Mustang Mike". Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.

No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem "Se você precisar, peça ajuda.". A iniciativa foi o estopim para um movimento importante de prevenção ao suicídio, pois os cartões chegaram realmente às mãos de pessoas que precisavam de apoio.

Em consequência dessa triste história, foi escolhido como símbolo da luta contra o suicídio, o laço amarelo.

 Se pensar em suicídio busque ajuda
É importante que as pessoas que estejam passando por momentos de crise busquem ajuda. O ideal é um acompanhamento psicológico, além do apoio da família e dos amigos. Para isso, é essencial que as pessoas consigam falar sobre o que sentem.

Se você estiver com sérios problemas e chegar a considerar o suicídio, pode procurar ajuda entrando em contato com o Centro de Valorização à Vida (CVV).

Esse é um projeto que fornece apoio emocional e prevenção do suicídio. Através de telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias da semana, eles atendem de forma voluntária e gratuita todos que precisam conversar. O serviço é totalmente sigiloso.

O site do CVV é www.cvv.org.br.

FONTE:  https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas-projetos-e-acoes/pro-vida/dicas-de-saude/pilulas-de-saude/setembro-amarelo-mes-da-prevencao-do-suicidio

 

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Coronavírus e a epidemia de ansiedade - Por Jô Alvim, Psicóloga

 


A pandemia mundial de coronavírus, além do risco de contágio, tem afetado nossa saúde mental. Há uma epidemia de ansiedade. E não pra menos. O aumento diário do número de óbitos pelo mundo, somado a falta de um tratamento eficaz contra a Covid-19, piora o quadro.

Estamos vivenciando um período crítico e atípico. Alteramos nossa rotina, mudamos nossos hábitos, alguns deles, inclusive, muito significativos, como as manifestações de carinho em forma de beijos e abraços, tão comuns em nossa cultura.

A incerteza quanto ao futuro, apesar de todos os cuidados, as informações reais somadas às Fake News, que chegam rapidamente através das redes sociais, nos confunde, desencadeando reações emocionais como estresse, medo, ansiedade, síndrome do pânico, etc. Parece difícil ficar ileso a esses sentimentos em meio a tanto excesso, e desencontro, de informação.

A ansiedade, uma reação natural do nosso organismo, surge em situações que nos ameaçam. Quando bem manejada dizemos que é positiva porque nos auxilia a nos prepararmos para enfrentarmos a situação que a desencadeou. Sendo assim, tem a função de nos proteger.

No entanto, quando a ansiedade apresenta-se com maior intensidade e duração, interfere negativamente no nosso dia a dia. Com isso, temos a necessidade de controlar tudo a nossa volta, como uma defesa contra eventuais ameaças. E, como a ansiedade está atrelada ao modo como interpretamos o mundo, neste momento de incerteza, de tensão, nos tornamos mais inseguros, pois não conseguimos relaxar adequadamente, piorando nossa qualidade de vida.

Mas qual saída se a orientação é ficar em casa?

A impossibilidade, para alguns, de trabalhar ou mesmo de realizar atividades fora de casa, eleva a tensão. Neste turbilhão, cada um reage de uma forma, inclusive, como defesa, minimizando o fato. Alguns buscam conforto emocional através da comida, da bebida, ou do uso excessivo da Internet que em nada alivia, gerando um círculo vicioso. 

Por isso, é importante expressarmos nossos sentimentos, dar significado a eles, para não somatizarmos.

O que fazer para melhorar este cenário? A conduta, nestes casos, além de prestar atenção aos fatores de risco e prevenção, é estimular a tomada de consciência e monitorar os pensamentos negativos que só nos conduz a desfechos nada favoráveis, piorando a ansiedade. Tentar controlar tudo a nossa volta é uma ilusão e isso vale para aqueles que buscam a toda hora informações.

O que está acontecendo no mundo é preocupante sim, mas não podemos deixar que isso prejudique nossa saúde mental. É preciso modificar padrões de pensamentos e possibilitar a busca de novas alternativas para o nosso equilíbrio emocional, mesmo estamos dentro de casa. Não encare o isolamento apenas como ruim.

É um momento de estreitar os laços familiares, de nos reorganizarmos internamente, de refletirmos sobre nossas prioridades, nossos projetos pessoais e do quanto devemos ser sábios no exercício de viver, tão esquecido em meio à correia diária. É um momento de nos reinventarmos.

Créditos: Joselene Alvim- psicóloga 

FONTE: https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/blog/psicoblog/post/2020/03/20/coronavirus-e-a-epidemia-de-ansiedade.ghtml

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Ameba 'comedora de cérebro': caso de infecção na Flórida gera alerta nos EUA

BBC.COM
 

Um caso de uma rara ameba “comedora de cérebro” foi confirmado no Estado americano da Flórida, segundo autoridades de saúde locais.
O Departamento de Saúde da Flórida afirmou que uma pessoa no condado de Hillsborough contraiu Naegleria fowleri, uma microscópica ameba unicelular que causa infecção no cérebro.
Frequentemente encontrada em água morna, a ameba entra no corpo pelo nariz.
Esse tipo de infecção (meningoencefalite amebiana primária) é mais comum em Estados do sul dos EUA, mas ainda assim é rara. Na Flórida, há 37 registros desde 1962.
Autoridades locais recomendaram aos habitantes que evitem o contato do nariz com água encanada e de outras fontes da região.
Isso inclui lagos, rios e canais, por exemplo, onde infecções por Naegleria fowleri são mais comuns por causa da temperatura da água nos meses mais quentes (julho, agosto e setembro).
Aqueles infectados pela ameba apresentam sintomas como febre, náusea, vômito, rigidez na nuca e dores de cabeça. A maioria morre em até uma semana. Estima-se que 97% dos infectados morrem. 
Quando se trata da prevenção, o recomendado é que se mantenha a água distante do nariz ao nadar e mergulhar em água doce, seja cobrindo o nariz com a mão, deixando-os fora da água ou usando itens para cobrir os orifícios.

Por que a ameba se alimenta de 'cérebros'?

Infecções por Naegleria fowleri são raras nos EUA, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Entre 2008 e 2017, apenas 34 infecções do tipo foram registradas no país. Do total, 30 ocorreram em atividades de lazer em fontes de água fresca (como lagos e rios), 3 durante irrigação nasal e uma se deu durante uma brincadeira no quintal de casa.
De acordo com o CDC, a Naegleria fowleri é um protozoário que vive em ambientes úmidos, como solos mais encharcados e fontes de água fresca, doce e morna — como rios e lagoas. Em casos de menor incidência, esses microrganismos podem ser encontrados também em piscinas com tratamento de cloro inadequado ou na água de torneira aquecida.
Segundo o CDC, a presença dessa ameba em ambientes aquáticos doces é comum, mas as infecções são raras.
Quando ocorre, a infecção se dá com a entrada da água contaminada no corpo pelo nariz.
É desta forma que a ameba chega ao cérebro e ataca o tecido cerebral. Daí o nome pelo qual esse organismo é conhecido: "a ameba que come cérebros". Em geral, ela se alimenta de bactérias encontradas nos sedimentos de regiões alagadas.
FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/geral-53305527



domingo, 7 de junho de 2020

Depressão na infância




A depressão na criança ou no adolescente pode ser inicialmente percebida como perda de interesse pelas atividades habitualmente interessantes, tal como uma espécie de aborrecimento constante diante dos jogos, brincadeiras, esportes, sair com os amigos, escola, etc. Além dessa apatia, preguiça e redução significativa da atividade, às vezes pode haver tristeza, mas essa não é a regra geral.
De forma complementar aparecem sintomas significativos, como por exemplo, diminuição da atenção e da concentração, perda da confiança em si mesmo, sentimentos de inferioridade, baixa autoestima, ideias de culpa e inutilidade, tendência ao pessimismo, transtornos do sono e da alimentação e, dependendo da gravidade do quadro, até ideação suicida.
Do ponto de vista biológico, a depressão é encarada como uma possível disfunção dos neurotransmissores e neuroreceptores, com fortes evidências de fatores genéticos. Antigamente classificava-se esse tipo de depressão como sendo endógena, ou seja, de natureza constitucional. Embora as classificações atuais não utilizem mais esses termos, o conceito de Depressão Endógena permanece verdadeiro e esse é o tipo de depressão que afeta as crianças com mais frequência.
Além desse tipo endógeno de depressão, existe também aquela de natureza psicológica, associada às vivências e aspectos psicodinâmicos da personalidade. Na perspectiva social a depressão pode representar uma desadaptação, geralmente consequência de alteração dos mecanismos culturais, familiares, escolares, etc. Nesse caso as variáveis psicológicas e sociais caracterizam um tipo de depressão anteriormente chamada de Depressão Exógena, ou seja, a depressão que representa uma reação psicológica a questões existenciais.
FONTE:  http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=339

domingo, 3 de maio de 2020

Coronavírus: 'Alguns profissionais não vão conseguir mais colocar o pé numa UTI'

sexta-feira, 1 de maio de 2020

'Coronavírus, quarentena e a nossa saúde mental?'

Clarice Graupe Daronco / JMV
 
  "É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise supera a si mesmo". Com a frase de Albert Einstein a coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital e Maternidade Oase, psicóloga Elisiane G. L. Schroeder, especialista em psicologia Clínica e Hospitalar, fala sobre o momento que estamos vivendo, devido à pandemia do Coronavírus.
De acordo com a profissional, há algumas semanas, o mundo vive em alerta por conta do Novo Coronavírus. O isolamento obrigatório e mudanças drásticas na rotina podem gerar, individual e coletivamente, estresse, medo e ansiedade.
A psicóloga aponta que a quarentena pode trazer impactos psicológicos negativos a curto e longo prazo. Mesmo sabendo que a quarentena é o método mais eficaz para evitar a propagação do vírus, ficar recluso em casa não é uma tarefa fácil.
"Estamos vivendo uma crise global, mas é muito importante termos em mente que isso tudo vai passar", destaca a psicóloga, lembrando que essa consciência é importante para atravessarmos esse momento.

Preste atenção em você:
* Observe seus pensamentos, cuide com o "efeito manada", mantenha um pensamento crítico; 
* Cuide com pensamentos pessimistas e catastróficos, eles minam nossa capacidade de encontrar soluções; 
* Observe seu humor e acolha suas emoções e sentimentos; 
* Reconheça o medo, faz parte do desconhecido e protege do perigo; 
* Controle sua ansiedade, cuide com a antecipação do que ainda não viveu e tenha a ansiedade como aliada para pensar estratégias de enfrentamento; 
* Procure ensinamentos, o que você pode aprender, melhorar, priorizar, com tudo que está vivendo; 
* Organize e mantenha uma rotina possível; 
* Cuide-se, mantenha o autocuidado; 
* Limite as informações à respeito, procure saber somente o necessário;

Cuide de você:
* Tire um tempo do dia para relaxar;
* Movimente seu corpo, se possível, mantenha alguma rotina de exercícios; 
* Coma alimentos que você goste, no entanto, equilibre sua alimentação; 
* Procure dormir bem e respeite as horas de sono que você precisa para estar descansado; 
* Converse com as pessoas que você ama, mesmo que por telefone; 
* Cuide da sua espiritualidade.
FONTE: http://www.jornaldomediovale.com.br/on-line/sa%C3%BAde/coronav%C3%ADrus-quarentena-e-a-nossa-sa%C3%BAde-mental-1.2215458

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Coronavírus: como a pandemia e o isolamento afetam nosso sono

domingo, 8 de março de 2020

3 truques para se manter calmo mesmo sob pressão




Vai fazer alguma prova? Uma entrevista de trabalho? Falar em público? Diante de tanta pressão você costuma ficar uma pilha de nervos?
Justamente quando precisa manter a calma, o seu coração acelera, as mãos suam, a voz fica estranha e trêmula e dá o famoso "branco" em sua cabeça.
Com um pouco de ajuda da neurociência, existem três técnicas fáceis e confiáveis que podem ajudar a se manter sereno e enfrentar essas dificuldades.
Claro, existem outras coisas que também podem ajudar a lidar com essas situações. Mas essas três dicas são importantes para trazer a calma rapidamente.
 1. Respirar
O primeiro exercício é relacionado à respiração.
O  nervo vago (em latim, nervus vagu) é assim chamado porque emerge do cérebro e serpenteia pelo corpo como uma via expressa de comunicação, conectando o cérebro a órgãos como coração, pulmões e estômago, caixa de voz e ouvidos.Inspire profundamente pelo nariz durante cinco segundos, suspenda a respiração por um segundo e solte todo o ar pelo nariz, lentamente, contando até cinco.
Repita esse exercício várias vezes e se sentirá mais tranquilo.
Durante séculos, praticantes de ioga e budistas usaram técnicas de respiração controlada como essa para dominar seu sistema nervoso. Agora, a ciência começa a entender como funciona.
Pesquisas identificaram uma rede específica de neurônios no tronco cerebral, denominada complexo pré-Bötzinger, que regula a respiração e se comunica com outras partes do cérebro.
Sob estresse, nosso corpo tem tendência a respirar muito rápido, enquanto se prepara para o perigo. Isso é útil se o que você precisa é fugir de uma situação de risco, mas não é o que deve acontecer quando você está, por exemplo, prestes a falar em público.
A boa notícia é que, respirando profunda e lentamente, você pode mudar a mensagem que seu cérebro recebe de "perigo" para "está tudo bem".
Então, na próxima vez em que o pânico o invadir, use uma respiração profunda pelo nariz para forçar o corpo a se acalmar.
E a melhor parte é que ninguém notará, nem mesmo seu público.
Agora você está pronto para o próximo passo.

2. Cantarolar

Sim. Cantarolando, cantarolando... com uma única nota da sua música favorita... tudo dará certo.
Por quê?
Os estudos sobre como regulamos a frequência cardíaca mostraram que o zumbido pode estimular uma das partes mais importantes do corpo, uma sobre a qual quase nunca falamos: o nervo vago.
Um estudo de 2013 com cantores mostrou que a música — cantarolar ou repetir notas musicais — ajuda a manter o ritmo do coração.
Então, na próxima vez em que sentir que seu coração está acelerado, cante uma música ou simplesmente cantarole um nota musical e deixe que seus nervos vagos restaurem a calma.
O conselho final é...

3. Se concentre

Quando você está ocupado, é tentador fazer muitas coisas ao mesmo tempo.
Mas se quiser continuar calmo e realmente cumprir sua tarefa, não se distraia.
Estudos mostram que o cérebro só pode fazer uma coisa de cada vez.
Quando fazemos muitas coisas ao mesmo tempo, o cérebro tem de fazer mudanças muito rápidas, ele se sobrecarrega e enche o seu corpo com hormônios do estresse.
Ao trabalhar de forma que seu cérebro esteja fazendo uma coisa de cada vez, você pode rapidamente passar de uma sensação de pressão para a calma.
Portanto, divida sua tarefa em pequenas partes ou etapas, marque o que você deve fazer a seguir e esqueça as outras tarefas até que chegue a hora.
Isso se chama "processo de pensamento" e é usado por treinadores esportivos para ajudar os atletas a se concentrarem.
Fazer uma coisa de cada vez com toda a atenção mantém a mente "aqui e agora" e é um costume que vale a pena desenvolver.
Agora, sim. A próxima vez que sentir que uma situação está desgastante, pare, respire, cantarole e se concentre. 
FONTE:  https://www.bbc.com/portuguese/curiosidades-51711781