A depressão na criança ou no adolescente pode ser inicialmente
percebida como perda de interesse pelas atividades habitualmente
interessantes, tal como uma espécie de aborrecimento constante diante
dos jogos, brincadeiras, esportes, sair com os amigos, escola, etc. Além
dessa apatia, preguiça e redução significativa da atividade, às vezes
pode haver tristeza, mas essa não é a regra geral.
De forma complementar aparecem sintomas significativos, como por
exemplo, diminuição da atenção e da concentração, perda da confiança em
si mesmo, sentimentos de inferioridade, baixa autoestima, ideias de
culpa e inutilidade, tendência ao pessimismo, transtornos do sono e da
alimentação e, dependendo da gravidade do quadro, até ideação suicida.
Do ponto de vista biológico, a depressão é encarada como uma possível
disfunção dos neurotransmissores e neuroreceptores, com fortes
evidências de fatores genéticos. Antigamente classificava-se esse tipo
de depressão como sendo endógena, ou seja, de natureza constitucional. Embora as classificações atuais não utilizem mais esses termos, o conceito de Depressão Endógena permanece verdadeiro e esse é o tipo de depressão que afeta as crianças com mais frequência.
Além desse tipo endógeno de depressão, existe também aquela de
natureza psicológica, associada às vivências e aspectos psicodinâmicos
da personalidade. Na perspectiva social a depressão pode representar uma
desadaptação, geralmente consequência de alteração dos mecanismos
culturais, familiares, escolares, etc. Nesse caso as variáveis
psicológicas e sociais caracterizam um tipo de depressão anteriormente
chamada de Depressão Exógena, ou seja, a depressão que representa uma reação psicológica a questões existenciais.
FONTE: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=339
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