Os transtornos mentais e comportamentais são as principais causas dos
afastamentos de professores que lecionam na segunda etapa do ensino
fundamental, de 5ª a 8ª série. A conclusão é de uma pesquisa realizada
pelo psicólogo Antônio César Frasseto, do Ibilce (Instituto de
Biociências, Letras e Ciências Exatas), da Unesp (Universidade Estadual
Paulista) em São José do Rio Preto.
Frasseto
analisou os dados da RiopretoPrev (Regime Próprio de Previdência do
Município), com os afastamentos dos docentes. Entre os docentes de 1ª a
4ª séries, ou seja, da primeira etapa do ensino fundamental, a
ocorrência de câncer foi o principal motivo para afastamentos.
Para o pesquisador, os dados comprovam os resultados de outras pesquisas realizadas no estado, como a da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), de 2007.
Na época, o estudo do sindicato revelou que, em uma amostragem de 1.626 professores da rede pública do Estado de São Paulo, 80% queixaram-se de cansaço, 61% de nervosismo, 55% de ansiedade, 44% de angústia, e 46,2% tiveram o estresse como diagnóstico médico confirmado.
Para o pesquisador, os dados comprovam os resultados de outras pesquisas realizadas no estado, como a da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), de 2007.
Na época, o estudo do sindicato revelou que, em uma amostragem de 1.626 professores da rede pública do Estado de São Paulo, 80% queixaram-se de cansaço, 61% de nervosismo, 55% de ansiedade, 44% de angústia, e 46,2% tiveram o estresse como diagnóstico médico confirmado.
Na
opinião do pesquisador, o quadro resulta da política educacional
brasileira, que adota um método de gestão de pessoas "sofrível". "Na
forma de administração a que as escolas estão submetidas, o conceito de
subjetividade é negligenciado e a tarefa do professor é tratada de
maneira tecnicista", afirma.
Essa concepção, diz Frasseto, começa
na formação, fundada em metodologias e na didática. As licenciaturas
tenderiam a formar professores que supervalorizam a razão, na convicção
de que, ao adotarem um determinado método, alcançarão o resultado.
"Ensinar é uma operação em que cada um tem que entrar com 50%. Ao
perceber que isso não acontece na prática, o professor se frustra
permanentemente e, com isso, adoece".
* Com informações da Assessoria de Imprensa da Unesp de São José do Rio Preto
* Com informações da Assessoria de Imprensa da Unesp de São José do Rio Preto
FONTE:http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/08/11/ult105u8531.jhtm
Nenhum comentário:
Postar um comentário