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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Freud e os sonhos



Antes de Freud, os sonhos eram considerados apenas símbolos, analisados como se fossem premonições ou manifestações divinas. Freud , por meio da análise dos sonhos, mostrou a existência do inconsciente e transformou algo tido pela ciência como o lixo do pensamento, no caso os sonhos, em um instrumento revelador da personalidade humana. Os sonhos mostram uma clara preferência pelas impressões dos dias imediatamente anteriores. Têm à sua disposição as impressões mais primitivas da nossa infância e até fazem surgir detalhes desse período de nossa vida que, mais uma vez, parecem-nos triviais e que, em nosso estado de vigília, acreditamos terem caído no esquecimento há muito tempo.
Para que um sonho seja interpretado é necessário que não tentemos entendê-lo de uma só vez, na sua totalidade, pois devido a ser formado no inconsciente só existe afetos e fragmentos da realidade, logo muito confuso no primeiro momento. Devemos dividi-lo em partes de acordo com o contexto do paciente e vamos decifrando-o lentamente sem adotar um critério cartesiano, pois o mesmo fragmento de um conteúdo pode ocultar um sentido diferente quando ocorre em várias pessoas ou em situações diferentes.
O sonho é justamente o fenômeno da vida psíquica normal em que os processos inconscientes da mente são revelados de forma bastante clara e acessível ao estudo. Na concepção freudiana, o sonho é um produto da atividade do Inconsciente e que tem sempre um sentido intencional, a saber: a realização ou a tentativa de realização - mais ou menos dissimulada, de uma tendência reprimida. Assim, os sonhos revelam a verdadeira natureza do homem, embora não toda a sua natureza, e constituem um meio de tornar o interior oculto da mente acessível a nosso conhecimento.
Existe um critério para determinar se estamos sonhando ou acordados, e esse é o critério puramente empírico do fato de acordarmos. Tudo o que experimentamos entre adormecer e acordar é ilusório quando, ao despertar, verificamos que estamos deitados na cama. Durante o sono, tomamos as imagens oníricas por imagens reais graças ao nosso hábito mental (que não pode ser adormecido) de supor a existência de um modo externo com o qual estabelecemos um contraste com o nosso ego.
Assim sendo, a interpretação dos sonhos desvela, sobretudo, os conteúdos mentais, pensamentos, dados e experiências que foram reprimidos ou recalcadas, excluídos da consciência pelas atividades de defesa do ego e superego e enviadas para o inconsciente.
Segundo Freud, não existe nenhum fundamento nos fatos de que os sonhos tem o poder de adivinhar o futuro e nos sonhos não existem sentimentos morais.
Como existe uma forte tendência a se esquecer um sonho, por obra da resistência, e quase todos assim se perdem, a função do analista é também de recordação. Ele tem a função de manter o sonho à tona por um tempo mais longo do que espontaneamente se daria e por acompanhar seu movimento de disseminação e nova concentração, e não é uma tarefa fácil, pois em nós também operam resistências.
FONTE: http://chasqueweb.ufrgs.br/~luciane.real/trilha/textosintrodutorios/ossonhos.htm

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014


Doenças mentais seguem tendências sazonais

Estudo publicado no “American Journal of Preventive Medicine”
 
As doenças mentais seguem as tendências sazonais. Um estudo publicado no “American Journal of Preventive Medicine” sugere que estas condições estão mais associadas às estações do ano do que se pensava inicialmente.
  O acompanhamento das doenças mentais foi sempre um desafio para médicos e cientistas. Habitualmente, os estudos são realizados através de chamadas telefónicas. No entanto, este método é limitado uma vez que os participantes podem não falar honestamente através do telefone sobre a sua saúde mental. Por outro lado, este método representa elevados custos.
  Neste estudo, os investigadores da San Diego State University, nos EUA, analisaram a base de dados pública do Google, tendo identificado e acompanhado questões de saúde mental na Austrália e nos EUA, entre 2006 e 2010. Todas as questões de saúde mental foram registadas e categorizadas por tipo de doença mental, incluindo: doença obsessiva compulsiva, esquizofrenia, suicídio, défice de atenção e hiperatividade, ansiedade, distúrbios alimentares, depressão e doença bipolar.
  Após terem utilizado técnicas matemáticas avançadas para identificação dos padrões, os investigadores constataram que as pesquisas referentes aos problemas de saúde mental eram maiores no inverno do que no verão.
  O estudo apurou que os distúrbios alimentares diminuíram, 37% e 42% no verão relativamente ao inverno nos EUA e na Austrália, respetivamente. Relativamente à esquizofrenia as pesquisas reduziram para 37 e 36%, respetivamente.
  No que diz respeito à doença bipolar, houve uma diminuição de 16 e 42%. As pesquisas sobre défice de atenção e hiperatividade diminuíram 28 e 31% e sobre a doença obsessiva compulsiva diminuiu 18 e 15% no verão nos EUA e Austrália, respetivamente.
  Os dados referentes ao suicídio mostram uma diminuição de 24 e 17% no verão nos EUA e Austrália. As pesquisas sobre ansiedade tiveram uma pequena diminuição de cerca de 7% no verão, nos EUA. Esta redução foi de 15% na Austrália.
  Alguns problemas de saúde, como o transtorno afetivo sazonal, estão associados aos padrões climáticos sazonais. Contudo, as associações encontradas foram de alguma forma surpreendentes.
  “Os nossos resultados mostram, de uma forma consistente, os efeitos das estações em todas as condições mentais avaliadas”, conclui um dos autores do estudo, James Niels Rosenquist.
 
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
FONTE: http://www.alert-online.com/br/news/health-portal/doencas-mentais-seguem-tendencias-sazonais
As consequências que a permanência prolongada na frente da tela do computador pode provocar vem rendendo assunto há algum tempo. Além do tradicional problema de visão e da tendinite há quem defenda a reclusão social que o excesso de vida virtual pode causar nos jovens, em especial nos mais tímidos.
O psicólogo Márcio Roberto Regis, especialista em Psicologia Clínica Comportamental, explica que a internet por si só não traz nenhum dano aos usuários e nem mesmo na sua vida real. 
Porém, ele alerta que o uso prolongado e abusivo - passar dias, meses e anos na frente do computador, deixar de sair com amigos ou curtir um momento de lazer - a médio e longo prazo pode ocasionar mudanças de comportamento na vida dos adolescentes.
"Jovens que eram extrovertidos na convivência com outras pessoas reais, com o tempo podem começar a apresentar comportamentos como timidez, insegurança e até falta de tolerância pra algumas situações e isolamento social".
O psicólogo lembra que a utilização do computador fascina muito os jovens. A possibilidade de entretenimento, diversão e interatividade pode provocar o "esquecimento" do mundo exterior. Prova disso é que muitos jovens passam horas na frente do PC e não observam o tempo passar. "Esquecem! Quando percebem já anoiteceu, ou caso contrário, o dia já está clareando.
Obviamente que a internet não é negativa, mas ela pode tornar-se caso exista uma utilização abusiva. Do ponto de vista psicológico, ficar focado demais na internet pode causar danos sim. Uma delas podem ser a depressão e a dependência tecnológica. Além desses problemas, o medo de rejeição e a necessidade de aceitação também contribui para o uso indiscriminado da internet".
Outro ponto abordado pelo especialista sobre o uso prolongado da internet é o efeito colateral em relação a saúde física e problemas nos estudos. "Os jovens começam a dormir menos para ficar mais tempo conectados à internet, dormem tarde, muitos precisam acordar cedo para ir à escola.
Com isso podem apresentar baixo desempenho dentro da sala de aula, ficam sonolentos. Isso vai apresentar um déficit cognitivo, perde-se a capacidade de concentração, atenção e aprendizado. 
Entre esses fatores, muitos irão apresentar dores nas costas devido o longo tempo que passam sentados, dores nos braços, na cabeça, cansaço nos olhos, começam a se alimentar mal (ou se alimentam com refrigerantes e bolachas ou não comem nada para ficar mais tempo online) ou ganham peso pela falta de práticas de exercícios, começam a apresentar cansaço excessivo devido a noites mal dormidas ou porque ficaram muito tempo online e consequentemente, apresentam um sistema imunológico baixo, predispostos a qualquer tipo de doença".

FONTE: http://www.canoinhas.net/dicas-vida-e-saude/16258-excesso-internet.html


Saiba como os antidepressivos funcionam

Pílulas da felicidade não existem, mas a inclusão de ações simples no dia a dia são fundamentais para a saúde mental Foto: Getty Images
Danielle Barg
Ao contrário do que muita gente pensa, a felicidade momentânea não é vendida na farmácia mais próxima. Os antidepressivos, erroneamente utilizados por algumas pessoas como calmantes, reguladores do sono ou inibidores da angústia e da ansiedade, são medicações que atuam nos transtornos depressivos e, por este motivo, devem ser tomados apenas sobre prescrição e acompanhamento médico.
Para decifrar algumas das principais dúvidas relacionadas a este tipo de remédio, o Terra conversou com alguns especialistas da área. Eles garantem que a fórmula da felicidade não se encontra em cápsulas, e sim, na busca pela real causa dos problemas. Entender a origem das dores da alma continua sendo a forma mais simples - e natural - de encontrar o equilíbrio emocional.
Como agem no cérebro
Ricardo Moreno, coordenador do Programa Transtornos Afetivos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, explica que os antidepressivos agem no cérebro aumentando a disposição de substâncias chamadas neurotransmissores. "O aumento destas substâncias promove uma série de eventos químicos dentro das células nervosas, que se traduzem na melhora dos sintomas e sinais da síndrome depressiva."
Antidepressivo x pílula da felicidade
Os especialistas são enfáticos: não existe hormônio da felicidade. "O que existe são os neurotransmissores funcionando adequadamente", diz José Paulo Pinotti, psiquiatra do Hospital São Camilo. "Eles proporcionam a sensação de bem estar que se convencionou chamar de felicidade", conclui. Moreno complementa: "os medicamentos antidepressivos funcionam em pessoas com doenças psiquiátricas. Não melhoram o humor ou tornam indivíduos normais mais felizes".
Indicações
É preciso critério para perceber a necessidade de uso dos antidepressivos, segundo explica Amilton Santos Junior, médico psiquiatra da Unicamp. Ele elenca uma série de fatores, que, combinados e persistentes por pelo menos duas semanas, podem representar indícios de algum distúrbio psicológico que exija este tipo de medicação, mas sempre com acompanhamento clínico.
Amilton indica como pontos de observação: "humor deprimido na maior parte do dia, diminuição do interesse e prazer nas atividades, perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta, insônia ou excesso de sono, agitação, fadiga ou perda de energia quase todos os dias, sentimento de inutilidade, culpa, dificuldade de concentração e pensamentos de morte".
Ele ressalta que, para indicar algum problema mais sério, estes sintomas devem causar sofrimento significativo ou prejuízo na vida social.
Contra-indicações
De acordo com os especialistas ouvidos, os antidepressivos são bem tolerados por qualquer tipo de pessoa, porque cada grupo de medicação atende a uma necessidade diferente. No entanto, a avaliação sobre as contra-indicações deve ser feita pelo médico, que irá avaliar o comportamento do paciente e condições especiais.
Reações adversas
De um modo geral, as reações mais comuns são as alterações do sono e apetite, mudanças intestinais e dores de cabeça, segundo indica Pinotti. Ele afirma que, para minimizar os problemas, basta seguir a indicação de um médico e jamais tomar por conta própria. "Só use os remédios prescritos e pergunte a o seu médico quais efeitos esperar. Tenha uma forma de contatá-lo e siga corretamente as orientações".
Dependência
De acordo com Amilton, os antidepressivos não causam dependência química. "O que pode ocorrer é que alguns desses medicamentos, quando suspensos abruptamente, podem causar sintomas físicos como náuseas, dores de cabeça e alterações gastrointestinais".
"Hormônios da felicidade" alternativos
Cuidar da saúde mental é extremamente importante, pois impacta em muitos fatores da vida. De acordo com Pinotti, quando os neurotransmissores estão em suas condições normais, a pessoa "tem disposição para cuidar-se mais e tende a ter hábitos mais saudáveis."
Segundo o psiquiatra Amilton, ações que visem a melhor qualidade de vida, como atividade física regular, alimentação equilibrada, relacionamentos sólidos com familiares e amigos, vida sexual saudável e até mesmo grupos religiosos "constituem importantes estratégias para a promoção da saúde mental".
Para Sandra Maia, psicóloga clínica e psicoterapeuta, sintomas como como ansiedade, depressão, insônia ou sobrepeso, são apenas avisos de que algum equilíbrio se rompeu. "O sintoma não é o vilão, ele é um alerta, portanto, antes de eliminá-lo, é preciso traduzi-lo, compreender o que ele está querendo nos dizer que está errado a nosso respeito e que não estamos percebendo".
Ela acredita que os antidepressivos viraram uma válvula de escape acessível, que traz uma aparente sensação de preenchimento de forma rápida e eficaz. Por isso, ela alerta: "o medicamento não tem a propriedade de alterar o cenário de uma vida, portanto, se nos limitamos a tomar o medicamento e não nos mobilizamos em direção a fazer as alterações que a vida está pedindo, ao pararmos a medicação, tudo tende a voltar à estaca zero". 

FONTE: http://saude.terra.com.br/bem-estar/hormonio-da-felicidade-saiba-como-os-antidepressivos-funcionam,bae88c3d10f27310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Licença-maternidade reduz o risco de depressão pós-parto, afirma pesquisa

Fundamental13/12/2013 | 16h04

Períodos de 120 dias estipulado pela lei brasileira e 84, pela estadunidense, podem não ser suficientes para garantir o bem-estar materno

Licença-maternidade reduz o risco de depressão pós-parto, afirma pesquisa Emily Cahal/Stock.xchng
Estudo indica que, quando mais cedo a mãe volta a trabalhar após o parto, maior o risco de ela sofrer com a depressão pós-parto Foto: Emily Cahal / Stock.xchng
Quanto mais longa a licença-maternidade, menor as chances de a mãe desenvolver depressão pós-parto. É o que aponta um estudo da Universidade de Maryland.
— Aqui nos Estados Unidos, a maioria das mulheres volta ao trabalho no máximo três meses após dar a luz. Mas nossa pesquisa demonstra que mulheres que ficam em casa durante menos de seis meses após o nascimento do filho têm um risco maior de sofrer com a depressão pós-parto — afirma a professora de Saúde Pública Rada Dagher, que liderou a pesquisa.
De acordo com os cientistas, o primeiro ano após o parto apresenta um risco maior de depressão entre as mulheres. Neste período, uma de cada dez mães experiencia a depressão pós-parto, que apresenta sintomas similares àqueles da depressão clínica.
O estudo é o primeiro a investigar a relação entre a licença maternidade e a depressão pós-parto durante o primeiro ano de vida do bebê, e foi realizado através da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo, uma ferramenta vastamente utilizada e validada pela comunidade científica para se analisar quadros depressivos deste tipo.
Para chegar ao resultado apresentado, os pesquisadores acompanharam um grupo de cerca de 800 mulheres no estado norte-americano do Minnesota ao longo do primeiro ano da maternidade, reunindo dados sobre sintomas de depressão e saúde física e mental ao longo deste período. Dentro dos primeiros seis meses após o parto, mulheres que estavam em licença-maternidade apresentaram significativamente menos sinais de depressão pós-parto que aquelas que voltaram a trabalhar antes do primeiro semestre depois da gestação.
— Isso demonstra que o atual tempo estipulado para a licença-maternidade nos Estados Unidos, de 12 semanas, pode não ser o suficiente para mães que experienciam situações de risco e depressão pós-parto — conclui Dagher.
A legislação brasileira, por sua vez, prevê licença-maternidade remunerada de 120 dias — quase um mês a mais que a estabelecida no país norte-americano.

FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/12/licenca-maternidade-reduz-o-risco-de-depressao-pos-parto-afirma-pesquisa-4363874.html

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Transtornos mentais na terceira idade


Calcula-se que o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos em 2020, com um contingente superior a 30 milhões de pessoas. Uma das consequências do envelhecimento populacional é o aumento dos problemas de saúde característicos da terceira idade.
Segundo o psiquiatra Adauto Silva Clemente, os transtornos mentais estão entre os problemas de saúde comuns na terceira idade, sendo vários os fatores que contribuem para isso: sobreposição de doenças crônicas, limitações da capacidade funcional, dificuldades econômicas, isolamento e desmerecimento social, maior ocorrência de perdas e eventos causadores de estresse.
O especialista aponta como diagnósticos comuns em idosos a depressão, demência, transtornos ansiosos, alcoolismo, quadros maníacos, transtornos mentais de origem orgânica, uso abusivo e dependência de sedativos.
Dentre eles, a depressão e a demência são os mais frequentes. Estudos epidemiológicos indicam que a prevalência das demências pode variar de 1 a 2% em idosos de 60 a 65 anos, 20% em idosos entre 80 a 90 anos e pode chegar a 40% em idosos com mais de 90 anos de idade.
A demência se caracteriza por declínio cognitivo que gera progressiva dependência e incapacidade até a necessidade indispensável de cuidadores ou de internação. Distúrbios de comportamento são frequentes e podem requerer intervenções psiquiátricas.
Alzheimer De acordo com a Organização Mundial de Saúde, atualmente cerca de 24 milhões de pessoas convivem com a doença em todo mundo. A expectativa é que este número chegue a 80 milhões em 2040, crescimento atribuído ao envelhecimento da população. Os estágios clínicos são quatro. No inicial, há perda de memória, mudanças na personalidade, no humor e nas habilidades visuais e espaciais, como aumento de quedas. Na fase moderada, vem a dificuldade para falar, realizar atividades rotineiras e coordenar movimentos, além de agitação e insônia. No estágio avançado, o paciente resiste à execução de tarefas simples do cotidiano, como higiene pessoal e alimentação, tem incontinência urinária e fecal, além de dificuldade para comer e deficiência motora progressiva. Na fase terminal, há perda praticamente completa de memória e dependência total de terceiros para atividades rotineiras do dia a dia. É importante lembrar que apenas um especialista pode diagnosticar a doença e indicar os medicamentos mais adequados, que não impedem a evolução, pois não há cura, mas ajudam a retardá-la.
Depressão Aproximadamente 10 milhões de brasileiros sofrem de depressão. Embora a doença possa afetar as pessoas em qualquer fase da vida, alguns estudos indicam que os sintomas são altamente prevalentes nas fases tardias da vida no Brasil e no mundo. Um artigo publicado em abril de 2002 na Revista Brasileira de Psiquiatria concluiu que cerca de 10% da população mundial de idosos apresentam quadros depressivos que necessitam de atenção médica. O indivíduo deprimido perde o interesse pelas atividades que normalmente desfrutaria e, com isso, podem surgir outros problemas de saúde, como energia diminuída, dificuldade para dormir ou se alimentar e sentimentos de baixa autoestima.
Os cuidados com si mesmo podem ajudar uma pessoa a prevenir a depressão ou contribuir para o tratamento. A prática de atividade física, sono regular e o não consumo de álcool e drogas ajudam a minimizar os sintomas da doença. O diálogo com familiares e amigos é fundamental, pois a solidão pode piorar a depressão.


Referências:
http://portaldoenvelhecimento.org.br http://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6243/1/D_44.pdf http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/saude-do-idoso/mal-de-alzheimer http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=19108
FONTE:  http://www.qualicorp.com.br/qualicorp/ecp/comunidade.do?app=portalsaude&idNoticia=32890&view=interna

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Histeria coletiva



Em novembro de 2007, uma misteriosa doença começou a afetar as alunas de um internato em Chalco, México, próximo à Cidade do México. A escola, dirigida por freiras católicas, é uma das dez na Ásia e na América Latina comandada por uma instituição de caridade chamada World Villages for Children (Aldeias Mundiais para Crianças), na Ásia. As garotas, de 12 a 17 anos, apresentaram sintomas estranhos: dificuldade para andar, febre e náuseas. Depois que as meninas voltaram à escola, depois de 10 dias de férias natalinas, a doença se espalhou: 600 das 3,6 mil meninas da escola apresentaram sintomas. Ninguém conseguia explicar o que estava deixando as adolescentes doentes, e as autoridades da saúde pública foram chamadas.
Após uma série de exames, inspeções nas instalações da escola e entrevistas com algumas meninas afetadas, os médicos concluíram que o responsável era um distúrbio psicológico. Oficialmente, seu nome é distúrbio psicogênico em massa, também chamado de histeria coletiva, reação psicossomática ou histeria em massa.
O distúrbio psicogênico em massa é um fenômeno raro, embora já se tenha ouvido falar dele. A doença geralmente se caracteriza pelo aparecimento misterioso de uma série de sintomas sem causa aparente e ocorre com freqüência em comunidades isoladas. A histeria coletiva pode se espalhar quando existe um medo de exposição a uma doença, associado a um ambiente estressante e fechado.
O dr. Victor Manuel Torres Meza, diretor de epidemiologia do Departamento de Saúde do Estado do México, disse ao New York Times que havia 80 casos documentados do distúrbio psicogênico em massa, em todo o mundo. No caso das meninas do internato mexicano, elas vivem em um ambiente altamente estruturado, seguindo uma rotina organizada e disciplinada. A correspondência e a interação com os pais são escassas - as meninas vêem suas famílias no máximo três vezes ao ano. Entre as visitas, são permitidas cartas; entretanto, as alunas não podem dar telefonemas. Um ambiente com essa combinação de estressores provavelmente contribuiu para que a doença se espalhasse. A escola acabou permitindo que os pais levassem suas filhas para casa e as meninas doentes se recuperaram rapidamente.
Na esperança de descobrir o causador da doença e de obter mais informações sobre esse ataque específico do distúrbio psicogênico em massa, 20 médicos e psicólogos começaram a entrevistar as meninas que ainda estavam doentes ou que tiveram a doença.
FONTE:  http://saude.hsw.uol.com.br/histeria-coletiva.htm

Deficiência Mental

No decorrer da história humana, inúmeras definições foram usadas para tentar explicar a deficiência mental.
Na antiguidade, como em Esparta, por exemplo, as crianças com deficiência física e mental eram consideradas sub-humanas, sendo eliminadas ou abandonadas. Já na Idade Média, as concepções, dominadas pela visão cristã, atribuíam às pessoas com deficiência o caráter de possuído pelo demônio, ou de divino, inspirado por Deus, para explicar as diferenças de comportamento. Foi também por influência da Igreja Cristã que, aos poucos, as pessoas com deficiência mental foram sendo reconhecidas como “portadoras de alma” e, portanto, dignas da misericórdia divina. Assim, as práticas de abandono e assassinatos foram sendo substituídas pelo acolhimento e institucionalização, numa espécie de mistura entre caridade e castigos, uma vez que ainda havia punições com intenção de “curar” ou “livrar do mal”.
Com a passagem para o capitalismo, a visão de deficiência mental passou por novas transformações, relacionando-se agora com a improdutividade econômica desses sujeitos. Além disso, afastando-se das concepções religiosas, a ideia de deficiência mental estava agora pautada em explicações médicas, voltadas para as causas e consequências orgânicas.
No desenvolver da sociedade, inúmeras outras concepções foram sendo construídas sobre a deficiência mental, tratando de aspectos sociais, educacionais e da institucionalização de pessoas com deficiência mental, gerando discussões públicas sobre direitos e responsabilidades dessas pessoas.
O que é Deficiência Mental?
Como dissemos, para compreender a deficiência mental, temos que recorrer a todas as dimensões de conhecimento dessa condição. Alguns autores ainda defendem a deficiência mental como um fenômeno interno ao sujeito, outros consideram a deficiência mental como um fenômeno que deve ser compreendido também em sua dimensão social, de desvalorização da condição médica, diante da produção econômica prejudicada.
Por muitos anos, buscou-se investigar as causas da deficiência mental, como problemas hereditários, na gestação, ausência de nutrientes, hormônios, problemas no desenvolvimento, na interação social, na alimentação, entre outros tantos fatores, conhecidos como fatores de risco.
Entretanto, até hoje, há ainda uma grande parcela de deficiências mentais sem causa conhecida. Além disso, o foco de investigações na causa em nada contribuía para a compreensão das particularidades de cada deficiência, uma vez que duas pessoas com o mesmo diagnóstico de deficiência podem ter desenvolvimentos completamente diferentes.
Para alguns autores, a compreensão da deficiência mental deve ser feita de forma global, levando em consideração aspectos funcionais, ou seja, propõe-se que as possibilidades de interação sejam o foco do diagnóstico, no lugar das dificuldades médicas. Essa compreensão tira da pessoa com deficiência o fardo de impossibilidades decorrentes da limitação intelectual e passa a atentar para as capacidades de socialização em ambientes adequados de apoio.
Existe diferença entre deficiência mental e doença mental?
Quando uma pessoa tem problemas severos de percepção de si e da realidade que o cerca, e é incapaz de decidir por si, diz-se que ele é doente mental. Essa condição é completamente diferente da deficiência mental em que, como vimos, essa percepção está preservada.
Assim, podemos compreender como doença mental o quadro de alterações significativas capaz de comprometer a percepção da realidade, como nos casos de esquizofrenias, transtornos obsessivos compulsivos, transtorno bipolar, entre outros.
Para entender melhor, podemos retomar a questão do desenvolvimento das funções necessárias para a interação com o meio: na deficiência, o desenvolvimento delas é limitado, já na doença mental, as funções existem, mas estão comprometidas por condições psíquicas anormais.
Como se faz o diagnóstico?
O DSM IV é um manual para diagnósticos em distúrbios mentais. Nele, a definição de Deficiência Mental aproxima-se da ideia de um funcionamento intelectual inferior. Não se trata apenas de um QI baixo, para que seja caracterizada a deficiência mental é necessário identificar o comprometimento de pelo menos duas das seguintes habilidades: comunicação, uso de recursos comunitários, habilidades acadêmicas, de trabalho, lazer, saúde, segurança, autocuidados, habilidades sociais e de relacionamento interpessoal, que devem se manifestar antes dos 18 anos.
Existem formas de prevenção e tratamento?
Como mencionamos, existem fatores de risco relacionados à deficiência mental e existem propostas de prevenção em três níveis: o primeiro consiste em atentar para problemas na gravidez que podem ser evitados, a partir de um pré-natal bem feito, quando a mãe evita o consumo de álcool e drogas, tem uma alimentação e condições físicas adequadas.
O segundo nível de prevenção consiste em diminuir ou reverter o impacto dos problemas, como por exemplo, a utilização de mecanismos e medicamentos que possam evitar a progressão das complicações. Já num terceiro nível de prevenção, deve-se buscar o desenvolvimento das capacidades do indivíduo, como dissemos, com foco nas habilidades preservadas através de trabalhos de estimulação.
Assim, compreendemos que a prevenção puramente biológica ou genética, ou que apenas considere o período pré-natal, não daria conta de diminuir o número de pessoas com deficiência ou ainda de melhorar a vida daquelas que já desenvolveram os problemas.

Juliana Spinelli Ferrari
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em psicologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista
Curso de psicoterapia breve pela FUNDEB - Fundação para o Desenvolvimento de Bauru
Mestranda em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP - Universidade de São Paulo
FONTE: http://www.brasilescola.com/psicologia/deficiencia-mental.htm

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Transtorno dismórfico corporal (TDC)


Transtorno dismórfico corporal (TDC) é um problema de saúde mental relacionados à imagem corporal, em que um indivíduo tem uma preocupação com um ou mais defeitos percebidos em sua aparência. TDC é diagnosticada apenas se a preocupação causa sofrimento significativo, perturba o funcionamento diário ou ambos.
O termo mais antigo para TDC é “dismorfofobia”, que foi usado pela primeira vez pelo psiquiatra italiano Enrique Morselli mais de cem anos atrás, e às vezes é ainda usado no Reino Unido. A mídia, por vezes, refere-se ao TDC como “síndrome feiúra imaginada”, mas isso não é apropriado, porque a feiura percebida é muito real para o portador. Algumas pessoas com TDC reconhecer que seu sofrimento pode ser uma resposta extrema ao defeito percebido, enquanto que outros são tão firmemente convencidos sobre sua percepção de que eles são considerados como tendo uma falsa crença.
 Quais são as áreas corporais mais envolvidas?
A maioria das pessoas que vivem com TDC estão preocupadas com algum aspecto do seu rosto e muitos acreditam que eles têm vários defeitos. As queixas mais comuns (em ordem decrescente) dizem respeito ao nariz, cabelo, pele, olhos, queixo, lábios e do corpo em geral construir. As pessoas que vivem com TDC podem queixar-se da falta de simetria. Eles podem sentir que algo está muito grande ou muito pequeno, ou que está fora de proporção ao resto do corpo. TDC pode dizer respeito a qualquer parte do corpo, incluindo os seios e genitais.
Quando é que a preocupação com a aparência se torna TDC?
Muitas pessoas têm algum grau de preocupação com algum aspecto de sua aparência. Para receber um diagnóstico de TDC, a preocupação da pessoa deve causar sofrimento significativo ou prejuízo em pelo menos uma área de sua vida. Por exemplo, alguém que vive com TDC pode evitar uma série de situações sociais por causa da ansiedade e desconforto nessas situações criar. Alternativamente, a pessoa pode entrar em tais situações, mas continuam a ser muito autoconsciente. Eles podem camuflar-se excessivamente para esconder o defeito percebido usando maquiagem pesada, escovando os cabelos de uma forma particular, mudando sua postura, ou vestindo roupas pesadas. 
Pessoas com TDC podem se sentir compelidas a repetir com frequência comportamentos demorados, tais como:
Verificar inúmeras vezes a sua aparição em um espelho ou superfície reflexiva
Buscar várias garantias sobre sua aparência
Verificação para sentir a sua pele com os dedos
Cortar ou pentear o cabelo para torná-lo “ótimo”
Mudar a sua pele para “torná-la boa”
Comparar-se com os modelos em revistas ou pessoas na rua.
O que causa transtorno dismórfico corporal (TDC)?
A explicação biológica sugere que algumas pessoas são mais propensas a desenvolver o TDC por causa de sua composição genética, teoria menos provável. A explicação psicológica relaciona TDC com a baixa auto-estima e a forma como uma pessoa é fixada em si vivendo quase que exclusivamente pela sua aparência.
Certas tensões ou eventos de vida, como provocação ou abuso, especialmente durante a adolescência, pode desencadear a doença. Uma vez que o distúrbio se desenvolve, pode existir um desequilíbrio da serotonina ou de outros neurotransmissores no cérebro.
Eles podem ter medo de estar sozinho e isolado toda a sua vida, ou acreditar que eles são inúteis se não conseguir corrigir o aspecto da sua aparência que causa sofrimento (o defeito percebido). Eles exigem a perfeição, ou um ideal impossível, em sua aparência. 

Quais são os tratamentos disponíveis?
A terapia cognitiva comportamental (TCC) e técnicas relacionadas que podem ser utilizadas são:
reestruturação cognitiva, a desenvolver crenças mais precisas e úteis sobre a aparência
de exposição, para expor o defeito percebido em situações sociais e prevenir a evasão
prevenção de resposta comportamento, para impedir comportamentos compulsivos, como a verificação espelho
experimentos comportamentais, para mostrar que as crenças não são verdadeiras na prática
técnicas de consciência.
Estas podem ser apresentadas individualmente ou em grupo.
Claro que todas essas possibilidades devem antes ser checadas através de dados clínicos, anamnese completa, além de exames complementares, podendo incluir o eletro-escaneamento, microscopia e a biorressonância, para termos certeza das melhores opções terapêuticas. 
FONTE: https://www.minhasaudeonline.com.br/br/artigo/59/100378/transtorno-dismorfico-corporal-tdc

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O Ecstasy


Breve histórico
O MDMA (ecstasy) foi sintetizado pela Merck em 1914 com a finalidade de ser usado como um supressor do apetite, mas nunca foi usado com essa finalidade. Somente em 1960 foi redescoberto sendo indicado como elevador do estado de ânimo e complemento nas psicoterapias. O uso recreativo surgiu em 1970 nos EUA. Em 1977 foi proibido no Reino Unido e em 1985 nos EUA.  O uso do ecstasy concentra-se nas boates, nos ambientes classificados como "rave" onde há aglomeração noturna em espaços fechados para dança com música contínua. Como o uso do ecstasy está se tornando comum, as pesquisas sobre ele estão aumentando.
Efeitos
Teste em voluntários
 Os mais evidentes são aqueles semelhantes ao demais estimulantes como aceleração da freqüência cardíaca, elevação da pressão arterial, diminuição do apetite, ressecamento da boca, dilatação das pupilas, elevação do humor, sensação subjetiva de aumento da energia. Efeitos neurológicos foram encontrados em alto índice. 
Efeito procurados
Produz um aumento do estado de alerta, maior interesse sexual, sensação de estar com grande capacidade física e mental, atrasa as sensações de sono e fadiga. Muitos usuários sentem também euforia, bem-estar, aguçamento sensório-perceptivo, aumento da sociabilização e extroversão, aumenta a sensação de estar próximo às pessoas (no sentido de intimidade) e aumenta a tolerabilidade.
Efeitos indesejados
Aumento da tensão muscular, aumento da atividade motora, aumento da temperatura corporal, enrijecimento e dores na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar, dores de cabeça, náuseas, perda de apetite, visão borrada, boca seca, insônia são os efeitos indesejáveis mais comuns. Nos dias seguintes ao consumo do ecstasy a pressão arterial tende a oscilar mais do que o habitual. O aumento do estado de alerta pode levar a uma hiperatividade e fuga de idéias. Alucinações já foram relatadas, despersonalização, ansiedade, agitação, comportamento bizarro. Algumas vezes pode levar a uma crise de pânico, e episódios breves de psicose que se resolve quando a droga cessa de atuar. No dia seguinte ou nos dois dias seguintes é comum ocorrer uma sensação oposta aos efeitos desejados. Os usuários podem ficar deprimidos, com dificuldade de concentração, ansiosos e fatigados. 
 Efeitos de longo prazo
  Os problemas resultantes mais comuns são:
  • Dificuldade de memória, tanto verbal como visual.
  • Dificuldade de tomar decisões
  • Impulsividade e perda do autocontrole
  • Ataques de pânico
  • Recorrências de paranóia, alucinações, despersonalização
  • Depressão profunda
Via de administração usada



Teoricamente o ecstasy pode ser inalado sob a forma de vapor, pois pode ser apresentado como base livre, que é uma composição farmacológica que permite a evaporação do composto. Contudo essa forma de administração não costuma ser empregada. O ecstasy pode também ser injetado via intravenosa; embora isso já tenha sido feito não costuma ser o modo de utilização. A via mais comum é a oral. 
 O efeito do ecstasy dura horas, em média oito horas, mas isso pode variar de pessoa para pessoa porque as enzimas que eliminam o ecstasy não estão presentes nas mesmas quantidades em todas pessoas. Aqueles que possuem maior quantidade da enzima metabolizadora eliminam a droga mais rapidamente. A previsão do tempo de duração da atividade não é precisa por causa dos metabólitos ativos, ou seja, mesmo o ecstasy tendo sido metabolizado os produtos dessa metabolização continuam exercendo atividade psicoativa como se fosse o próprio ecstasy. Assim um efeito, não necessariamente agradável pode se prolongar por mais de oito horas. 

Problemas clínicos resultantes
Hiperpirexia (hipertermia)
Este é provavelmente o pior efeito indesejável do ecstasy, apesar de ser parte da toxicidade cerebral, é relatada à parte para maior destaque de sua importância. O aquecimento do corpo pode levar a rabdomiólise (lesão dos tecidos musculares) que quando acontece de forma simultânea leva a um "entupimento" dos rins o que pode danificá-los permanentemente. Coagulação intravascular disseminada: é um efeito extremamente grave que geralmente leva a morte, mesmo quando o paciente já se encontra internado. O tratamento é feito com resfriamento rápido através de imersão em água gelada, infusão de solução salina resfriada e lavagem gástrica com líquidos frios.
Dependência
Ainda não há evidências de que o ecstasy provoque dependência física, contudo ainda é cedo para afirmar que isso não acontecerá. Mais estudos são necessários. Várias vezes na história da medicina uma substância inicialmente considerada inócua mostrou-se, com o tempo, que era na verdade nociva. Já encontramos na literatura específica relatos de casos compatíveis com dependência ao ecstasy.
Última Atualização: 6-10-2004
Ref. Bibliograf: Liv 01 Can Med Ass J 2001; 165: 917-929
The Pharmacology and Toxicology of Ecstasy
Harold Kalant 
FONTE:http://www.psicosite.com.br/tra/drg/ecstasy.htm

O Crack e suas consequências

Leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguido de depressão, delírio e "fissura" por novas doses. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome. Cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é também mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica. Assim como a cocaína, não causa dependência física, o corpo não sinaliza a carência da droga. As primeiras sensações são de euforia, brilho e bem-estar. Na segunda vez, elas já não aparecem. Logo os neurônios são lesados e o coração entra em descompasso (de 180 a 240 batimentos por minuto). Há risco de hemorragia cerebral, fissura, alucinações, delírios, convulsão, infarto agudo e morte.
O pulmão se fragmenta. Problemas respiratórios como congestão nasal, tosse insistente e expectoração de mucos negros indicam os danos sofridos.
 Outros sinais importantes são euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. São comuns queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do isqueiro no cachimbo, no qual a pedra é fumada.
O crack induz a abortos e nascimentos prematuros. Os bebês sobreviventes apresentam cérebro menor e choram de dor quando tocados ou expostos à luz. Demoram mais para falar, andar e ir ao banheiro sozinhos e têm imensa dificuldade de aprendizado.

O caminho da droga no organismo
1. O crack é queimado e sua fumaça aspirada passa pelos alvéolos pulmonares;
2. Via alvéolos o crack cai na circulação e atinge o cérebro;
3. No sistema nervoso central, a droga age diretamente sobre os neurônios. O crack bloqueia a recaptura do neurotransmissor dopamina, mantendo a substância química por mais tempo nos espaços sinápticos. Com isso as atividades motoras e sensoriais são superestimuladas. A droga aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca. Há risco de convulsão, infarto e derrame cerebral;
4. O crack é distribuído pelo organismo por meio da circulação sanguínea;
5. No fígado, ele é metabolizado;
6. A droga é eliminada pela urina.

Fonte: http://www.psicosite.com.br/

Saúde mental: transtornos atingem cerca de 23 milhões de brasileiros



Allan Walbert* - Portal EBC

As doenças e transtornos mentais afetam mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 75% e 85% das pessoas que sofrem desses males não têm acesso a tratamento adequado. No Brasil, a estimativa é de que 23 milhões de pessoas passem por tais problemas, sendo ao menos 5 milhões em níveis de moderado a grave.
Para a ONU, a falta de um tratamento adequado à saúde mental faz com que tais enfermidades ocupem posições de destaque no ranking das doenças que mais atingem a população mundial.
No Brasil, a reorganização da assistência em saúde mental é recente. A Reforma Psiquiátrica, que completa 12 anos em 2013, traz uma nova perspectiva de tratamento baseada na valorização do ser humano e no entendimento de que o transtorno mental pode não ser apenas uma doença, mas também um problema social. Junto à mudança de pensamentos toma forma uma rede de assistência psicossocial, que traz progressos mas que também sofre críticas.
Apesar dos avanços na área, os desafios ficam à mostra. Se por um lado o orçamento para a Saúde Mental aumentou 200% de 2002 a 2011, por outro a distribuição dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) pelas regiões do país ainda gera críticas.
O relatório Saúde Mental em Dados, divulgado pelo Ministério da Saúde em 2010, aponta que, das 27 unidades federativas do país, oito (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Distrito Federal, Goiás e Espírito Santo) possuem cobertura regular, baixa, insuficiente ou crítica. "Os estados da região norte são aqueles com maior dificuldade na expansão e consolidação da rede, também porque têm características muito peculares", coloca o documento.
Pelo mesmo relatório, que mede a cobertura através da proporção entre um CAPS para cada 100 mil habitantes, a média geral brasileira é de 0,63. Os estados acima apresentam cobertura abaixo de 0,49 CAPS para cada 100 mil pessoas.  O Ministério da Saúde explica que desde 2010 o órgão vem adotando um novo critério de entendimento sobre a cobertura em saúde mental no país, com base na incorparação de outros dados à estatística.

Uma das principais ações preconizadas pela Reforma Antimanicomial é a eliminação dos leitos psiquiátricos e substituição deles pelos CAPS. Em 2002, havia 51.393 leitos psiquiátricos. No ano passado, a quantidade foi de 29.958. Com o crescimento no número de CAPS, o SUS conseguiu aumentar em 100 vezes o número de procedimentos ambulatoriais.
O coordenador Tykanori argumenta que o fechamento de leitos corresponde a processo de implantação de serviços. "Dentro do nosso sistema federativo, o MS não simplesmente fecha leitos", disse. Questionado sobre a previsão de substituição de leitos psiquiátricos por CAPS , ele responde que não é possível fazer uma previsão."Nós temos metas. Queremos atingir, mas depende de todo o processo de negociação interfederativo. Não é necessariamente a gente que determina as metas e os estados têm que seguir. Não funciona assim", justificou.
Especificamente em relação aos CAPS/AD tipo III (24 horas) e como parte das estratégias de enfrentamento ao crack, a expectativa do Ministério da Saúde é contar com 175 unidades em todo o Brasil até 2014. Atualmente, existem 28. Em 2010, eram seis.
* Com a colaboração de Leandro Melito
FONTE: http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2013/05/saude-mental-em-numeros-cerca-de-23-milhoes-de-brasileiros-passam-por

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Transtornos mentais e comportamentais respondem por 12% do impacto das doenças a nível global


-Estima-se que até o ano de 2020 esta porcentagem terá crescido em 15%
-Transtornos mentais e comportamentais são frequentes e afetam mais de 25% de todas as pessoas pelo menos em algum momento de suas vidas
-Cerca de 20% de todos os pacientes atendidos por profissionais das redes básicas de saúde (cuidados primários) apresentam um ou mais transtornos mentais.
-Dentre os transtornos mais frequentes, os quais também causam incapacidade, estão os transtornos depressivos, transtornos relacionados ao uso de substâncias, epilepsia, esquizofrenia, doença de Alzheimer, retardo mental, e transtornos mentais da infância e adolescência.
-Seis transtornos neuropsiquiátricas situaram-se entre as 20 principais causas de incapacidade no mundo (anos vividos em incapacidade - AVI), sendo elas os transtornos depressivos, transtornos mentais relacionados ao uso de álcool, esquizofrenia, transtorno bipolar, doença de Alzheimer e outras demências, e as cefaléias hemicrânicas.
-Lesões auto-infligidas, incluindo o suicídio, responderam por cerca de 814.000 mortes em 2000
-O suicídio está entre as principais causas de morte entre adultos jovens. Encontra-se entre as três principais causas de morte em indivíduos das idades entre os 15 e os 34 anos. Em alguns países da Ásia e Europa, o suicídio ocupa as primeiras e segundas posições entre as principais causas de morte para ambos os sexos. Os dados referentes a tentativas de suicídio estão disponíveis apenas em alguns países; eles indicam que o número de tentativas de suicídio deva ser 20 vezes mais alto do que o número de suicídios consumados.
Exemplos:
China - Principais causas de morte
1-Suicídio
2-Acidentes de veículos motorizados
3-Câncer
Europa - Principais causas de morte
1-Acidentes de Tráfego
2-Suicídio
3-Câncer
-Os transtornos depressivos lideram o grupo de doenças mentais que levam ao suicídio, embora os números sejam também elevados para a esquizofrenia.
-A presença de doenças físicas graves afeta a saúde mental das pessoas, tanto como de toda a família. A maioria das doenças gravemente incapacitantes ou ameaçadoras da vida, inclusive o câncer em homens e em mulheres, e o HIV/SIDA têm esse impacto.
-Em muitos países com grandes reestruturações econômicas em curso as reformas causaram uma elevada perda de empregos e aumentos correlativos das taxas de perturbações mentais e de suicídios.
-Os portadores de perturbações mentais vêem-se muitas vezes em contato com o sistema de justiça criminal. Em geral, observa-se nas prisões um número excessivo de pessoas com perturbações mentais e de grupos vulneráveis, devido, na maioria dos casos, à falta de serviços, pelo fato de seus comportamentos serem encarados como perturbação da ordem e ainda devido a outros fatores tais como crimes relacionados com a utilização de drogas e a condução de veículos sob a influência do álcool.
Psiquiatras
-O número médio de psiquiatras varia de 0,06 por 100.000 habitantes em países de baixos rendimentos a 9 por 100.000 em países de rendimento elevado.
-O uso da Internet é tido como uma abordagem promissora a fim de levar preparação e ouvir o parecer de especialistas em questões de diagnóstico e controle de doenças mentais.
-Os curandeiros tradicionais constituem a principal fonte de assistência em saúde mental para pelo menos 80% das populações rurais dos países em desenvolvimento.
-O Sri Lanka ampliou recentemente a duração da formação em psiquiatria e incluiu-a como matéria sujeita a exame final na formação médica.
Serviços de Saúde Mental
-As guerras, os conflitos, as catástrofes, a urbanização não planejada e a pobreza são não só importantes determinantes das doenças mentais como também são barreiras significativas à redução do desnível de tratamento. Por exemplo, as guerras e os conflitos podem destruir as economias nacionais e os sistemas de saúde e previdência social, assim como podem traumatizar populações inteiras. Com a pobreza vem o aumento da necessidade de serviços de saúde e comunitários a par de verbas limitadas para o desenvolvimento de serviços de

saúde mental abrangentes a nível nacional e uma redução da capacidade de pagar por esses serviços a nível do indivíduo.
-Os sistemas de saúde mental vêm atravessando grandes reformas em muitos países, tais como a desinstitucionalização, o desenvolvimento de serviços baseados na comunidade e a integração no sistema geral de saúde. É interessante assinalar que essas reformas foram inicialmente estimuladas por fatores ideológicos, pelo desenvolvimento de novos modelos de tratamentos farmacológicos e psicoterapêuticos e pela crença de que as formas alternativas de tratamento comunitário seriam mais eficazes em relação ao custo. Até agora, contudo, a maioria das investigações procurando demonstrar a eficácia desses objetivos políticos desenvolveu-se em países industrializados e há dúvidas quanto à viabilidade da generalização dos resultados para os países em desenvolvimento.
-Existe em todos os países uma certa necessidade de mais pesquisas sobre os custos das doenças mentais e para avaliações econômicas dos programas de tratamento, prevenção e promoção.
Referências:
-Organização Mundial de Saúde/Burden of Mental and Behavioural Disorders.
-Organização Mundial de Saúde/The World Health Report.
FONTE: http://dradnet.com/psiquiatria-saude-mental-estatisticas-global.html

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Do Fundo do Meu Coração - Roberto Carlos


Eu, cada vez que vi você chegar,
Me fazer sorrir e me deixar
Decidido, eu disse nunca mais
Mas, novamente estúpido provei
Desse doce amargo quando eu sei
Cada volta sua o que me faz
Vi todo o meu orgulho em sua mão
Deslizar, se espatifar no chão
Vi o meu amor tratado assim
Mas, basta agora o que você me fez
Acabe com essa droga de uma vez
Não volte nunca mais pra mim
Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui
E sei que vou chorar a mesma dor
Agora eu tenho que saber
O que é viver sem você
Eu, toda vez que vi você voltar,
Eu pensei que fosse pra ficar
E mais uma vez falei que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim
Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui
E sei que vou chorar a mesma dor
Se você me perguntar se ainda é seu
Todo o meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim

30% dos paulistas apresentam algum distúrbio mental, aponta estudo.


Cerca de 30% dos paulistas apresentam algum distúrbio mental, de acordo com um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 24 países. A prevalência é a maior em relação a pesquisas semelhantes feitas em outros lugares do mundo.
O estudo foi coordenado pelo sociólogo Ronald Kessler, da Universidade Harvard e publicado na revista PLoS One em fevereiro, no artigo São Paulo Megacity Mental Health Survey e aqui no Brasil realizado no âmbito do Projeto Temático “Estudos epidemiológicos dos transtornos psiquiátricos na região metropolitana de São Paulo: prevalências, fatores de risco e sobrecarga social e econômica”, financiado pela FAPESP e encerrado em 2009. Entre os autores do artigo está Laura Helena Andrade, professora do Departamento e Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP).
O pesquisadores se concentraram em estimar a prevalência, severidade e tratamento, de acordo com o DSM-IV. Foram examinados correlatos sócio-demográficos, aspectos da vida urbana como a migração interna, exposição à violência e privação social nos últimos 12 meses. Eles descobriram que os transtornos de ansiedade foram os mais frequentes, acometendo cerca de 20% das pessoas, seguido do transtorno de humor (11%), impulsividade (4,3%) e uso de substâncias (3,6%).
É previsto que o crescimento da população mundial se concentre nas grandes cidades, especialmente nos países em desenvolvimento. São Paulo fornece um aviso prévio sobre a carga de transtornos mentais associados ao aumento de desigualdades sociais, econômicas, estressores ligados à rápida urbanização e deterioração da saúde.
Localizada no sudeste do Brasil, a cidade detém mais de 10% da população brasileira e é a quinta maior área metropolitana do mundo, com cerca de 20 milhões de habitantes. É considerado um importante centro industrial e comercial na América Latina. Entre 1997 e 2007, o processo de urbanização aumentou a população em 10% na cidade e 25% em áreas periféricas e municípios à sua volta. Este crescimento é em parte uma conseqüência da migração rural-urbana mobilidade e dos migrantes de regiões pobres do Brasil, que buscam oportunidades de emprego, educação, assistência médica e melhores condições de vida. Como em outras áreas metropolitanas, essas mudanças levam à ocupação desordenada, falta de habitação e ampla crescimento de trabalho informal.
Esse contexto facilita o isolamento social e a dissolução das relações familiares primárias. O empobrecimento associado a essa situação produz violência, aumenta as taxas de homicídio, insegurança, tornando propício o desenvolvimento de transtornos mentais.
Ao cruzar as variáveis, os pesquisadores concluiram que as mulheres que vivem em regiões de alta privação, são as que mais sofrem de transtorno de humor, enquanto que homens migrantes têm mais transtornos de ansiedade. “É necessário que haja rápida expansão no sistema brasileiro de saúde do setor primário e trabalho focado na promoção da saúde mental. Essa estratégia pode se tornar um modelo diante de poucos recursos em uma área altamente habitada como São Paulo”, diz Kessler.
Para Laura, não é possível ter um serviço especializado em todas as unidades, por isso é preciso equipar a rede com pacotes de diagnóstico e de conduta a serem utilizados pelos profissionais de cuidados primários. É preciso capacitar não só os médicos, mas também os agentes comunitários, que devem ser orientados para identificar casos não tão comuns como os quadros psicóticos, levando em conta os fatores de risco associados aos transtornos mentais.
FONTE: http://noticias.psicologado.com/psicopatologia/sao-paulo-lidera-as-estatisticas-mundiais-de-transtorno-mental