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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Entenda mais sobre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

Pouca gente sabe, mas pessoas metódicas, que fazem questão de repetir os atos cotidianos sempre do mesmo jeitinho, podem estar doentes. Gestos tidos como superstição, como fazer questão de sair pela mesma porta por onde entrou, vestir sempre a mesma cor de roupa e verificar infinitas vezes se trancou a porta podem ser sintomas de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (T.O.C.). O cantor Roberto Carlos admitiu que sofre desse mal.
O T.O.C. é uma doença psiquiátrica que atinge em média 3% da população mundial. Pode se manifestar na forma de manias inexplicáveis, acompanhadas ou não de tiques-nervosos (piscar constantemente os olhos, fazer caretas, girar involuntariamente o pescoço).
Em muitos casos, os parentes do doente acreditam que as suas manias sejam apenas traços pitorescos de comportamento. Mas de acordo com a psiquiatra Ana Houie, do Hospital das Clínicas de São Paulo, o T.O.C. está muito além disso.
- A diferença entre a doença ou a simples superstição é que a primeira causa sofrimento ao seu portado, diz.
- Quem tem sintomas como esses acha que é louco. A pessoa sabe que o que está fazendo é absurdo, mas simplesmente não consegue evitar, completa.
Ana é integrante do ProTOC, um grupo de estudos sobre a doença, organizado pelo psiquiatra Eurípedes Constantino Miguel. Há dez anos a entidade documenta os principais sintomas da doença e encaminha pacientes para tratamento. Nesse período, o ProTOC identificou que a doença atinge pessoas de ambos os sexos, com uma peculiaridade: na infância, é mais comum entre os meninos; na fase adulta, atinge mais as mulheres.
A doença ficou conhecida do grande público em 1997, quando o ator norte-americano Jack Nicholson estrelou o filme Melhor é impossível. Na história, ele vive um senhor rabugento que teima em ser atendido todos os dias na mesma mesa do mesmo restaurante e pela mesma garçonete. Com fobia de sujeira, ele carrega consigo os próprios talheres. Também adquiriu o hábito de jamais pisar no rejunte entre duas lajotas, o que seria motivo de azar.
No Brasil, a atriz Luciana Vendramini teve a carreira interrompida por causa dos sintomas do T.O.C.. Ela era capaz de ficar horas no banho ou na frente do prédio onde mora esperando um sinal para que pudesse sair do lugar. Luciana buscou tratamento psiquiátrico e conseguiu voltar à vida normal. Ao saber de seu caso, o cantor Roberto Carlos percebeu que também sofria desse mal. O cantor era tachado de supersticioso por não querer cantar músicas que falassem de inferno ou sentimentos ruins, por evitar a cor marrom e por fazer questão de sair pela mesma porta que entrou
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FONTE:  http://www.clubedorei.com.br/news/detail.asp?iData=240&iCat=857&iChannel=1&nChannel=News

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