Mestre em Políticas Públicas pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Possui especialização em Gestão de Empresas Públicas pela UTAD (Portugal), em Avaliação e Planejamento de Políticas Públicas pela Faculdade SEAMA e em Psicologia Clínica pela PUC-MG, graduado em Psicologia pela Universidade da Amazônia (UNAMA) e possui Licenciatura Plena em Psicologia pela UNESPA. Atualmente é psicólogo do Governo do Estado do Amapá, atuando no Centro de Reabilitação do Amapá - CREAP e professor de Psicologia em duas IES: Centro de Ensino Superior do Amapá - CEAP e Faculdade Meta. Além da docência, tem experiência em Psicologia nas áreas de Clínica, Saúde, Organizacional e Jurídica.
01 Porque a escolha pelo curso de Psicologia?
Costumo dizer que foi uma escolha intuitiva, meu ensino médio foi técnico na área de ciências exatas, pensei em continuar na área, mas percebi que gostava de atividades que envolvessem pessoas, que tivessem um cunho mais social, foi quando decidi fazer Psicologia
0 Como foi a sua experiência na Universidade de Psicologia?
A primeira grande surpresa foi quando descobri que muitos teóricos iniciais da Psicologia foram físicos (e para quem veio de CE, me senti em casa), mas de resto estranhava o fato de desconhecer muitos termos e rotinas, como forma de contornar essa dificuldade ia para a biblioteca da faculdade estudar os assuntos das aulas, em pouco tempo já tinha diminuído essa dificuldade e fui descobrindo novos conhecimentos dentro da Psicologia.
0. Você possui o Curso de Licenciatura Plena em Psicologia, conte um pouco sobre isso.
Em razão das minhas constantes idas a biblioteca para estudar fui me destacando no curso e com frequência alguns colegas vinham me pedir ajuda com algum assunto, essa experiência me fez gostar de falar, explicar e buscar formas diferentes de fazer as pessoas entenderem os assuntos, foi então que optei pela licenciatura, descobri que gostava de sala de aula.
04. Quais conexões você percebe entre o trabalho do Educador e do Psicólogo?
Muitas, nem todas as pessoas aprendem do mesmo jeito, nem ao mesmo tempo, aspectos da vida pessoal influenciam positiva e negativamente a aprendizagem, ao longo dos anos fui procurado diversas vezes por alunos que muitas vezes precisavam apenas de um pouco de atenção e perceber quanto esse simples gesto contribuiu para o aprendizado, para o crescimento e para o vínculo.
05. Conte-nos um pouco sobre suas áreas de Especializações:
Sempre tive uma paixão pela clínica, Psicologia Clínica foi minha primeira escolha, mas sentia que a faculdade não atendia a todas as expectativas, assim que tive uma oportunidade fui em busca de uma qualificação. Uma outra dificuldade era que no Amapá não tínhamos esse tipo de oportunidade, era preciso buscar fora, mas não dava para deixar de trabalhar. Esse foi o maior desafio, razão pela qual acabei buscando uma qualificação mais viável no Estado que foi a área de Políticas Públicas, onde podia continuar explorando as questões da Psicologia em conjunto com as questões de governabilidade e acesso da população aos serviços prestados pelos profissionais psicólogos.
06. Como foram seus primeiros trabalhos relacionados à psicologia?
Comecei trabalhando com Adolescentes infratores no Estado do Pará, ao chegar em Macapá, trabalhei na área que mais me identifico, a saúde, comecei na época no Hospital Geral, hoje Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima, posteriormente fui convidado a trabalhar com a área Organizacional, trabalhei em uma grande empresa privada do comércio local, no mesmo período sai do Hospital e fui conhecer a área jurídica, trabalhando com a Policia Civil do Amapá, hoje de volta a saúde trabalho no Centro de Reabilitação do Estado com pacientes em recuperação de aspectos físicos e neurológicos, ao longo deste período sempre estive tanto na clínica, quanto na sala de aula, dividindo meu tempo e trabalhando bastante.
07. Quais são os principais desafios do seu trabalho na clínica?
A atualização constante e a dificuldade do acesso a informação de qualidade e capacitação.
08. Quais são as principais alegrias e satisfações no seu trabalho? E quais são os pontos negativos?
A satisfação e o reconhecimento das pessoas é algo que me gratifica, gosto de saber que contribui de alguma forma para o crescimento, amadurecimento ou tranquilidade emocional de uma pessoa, outra coisa importante é o quanto a profissão auxiliou no meu crescimento pessoal. Em contrapartida os desafios são constantes e contínuos, o maior, na minha avaliação é o reconhecimento da Psicologia, ainda há uma aura de muito preconceito em torno do trabalho, esse é um obstáculo difícil de ser transposto.
09. Na sua opinião, porque a terapia ainda é vista com preconceito por algumas pessoas?
O desconhecimento do processo e as faltas crenças associada a ele contribuem para esse preconceito, apesar de hoje se usar muito a expressão saúde mental, muitos ainda associam com aspectos de doença ou transtorno mental, o que para muitos parece estar relacionado com a ideia ou fantasia de loucura, outra barreira existente é a dificuldade das pessoas em falar sobre suas próprias questões pessoais e emocionais, é um desafio a ser superado, espero que algum dia a psicoterapia seja vista com a mesma naturalidade como ir ao dentista ou a um fisioterapeuta.
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