Anamaria Nascimento
Publicação: 02/04/2015 07:25 Atualização: 02/04/2015 07:27
Identificar
precocemente uma criança como autista pode ser perigoso, por não levar
em consideração características individuais. O alerta feito por
especialistas no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado
hoje, abre um novo olhar sobre o debate de como lidar com pessoas do
espectro autista.
A psicóloga Ana Elizabeth Cavalcanti observa
que, levando em consideração os dados oficiais de diagnósticos de
autismo, estaríamos vivendo uma “epidemia”. Estatísticas do Centers for
Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, apontam que
uma em cada 68 crianças enquadra-se no espectro autista. “Esses números
aberrantes são efeito de uma prática bastante questionável e perigosa
porque não leva em consideração o contexto psicossocial”, pontua Ana
Elizabeth.
Andar na ponta dos pés, gostar de girar objetos e
falar na terceira pessoa, por exemplo, são comportamentos próprios da
infância e não necessariamente indicam que a criança é autista.
“Diagnosticar muito cedo pode enquadrar a criança, não permitindo que
ela viva uma identidade singular. Dizer que ela é autista e ponto é
grave”, reforça a psicanalista do Centro de Pesquisa em Psicanálise e
Linguagem, Letícia Rezende. Não há tratamento padrão, segundo ela.
“O profissional deve buscar soluções para as limitações específicas de cada paciente”, acrescenta a psicopedagoga Maria Batista. É o que procura a administradora Mariana Rocha, 40, mãe de Mateus Rocha, 6. “Desde que descobrimos que ele é autista, faço um planejamento, com as terapeutas, de como será o ano dele. Identificamos os avanços e definimos aonde queremos que ele chegue.”
“O profissional deve buscar soluções para as limitações específicas de cada paciente”, acrescenta a psicopedagoga Maria Batista. É o que procura a administradora Mariana Rocha, 40, mãe de Mateus Rocha, 6. “Desde que descobrimos que ele é autista, faço um planejamento, com as terapeutas, de como será o ano dele. Identificamos os avanços e definimos aonde queremos que ele chegue.”
Seu cotidiano inclui
terapia em grupo, dois tipos de fonoaudiologia, terapia ocupacional e
natação. “A abordagem multidisciplinar é fundamental, mas a interação e
interesse da família são o mais importante”, opina Mariana.
FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2015/04/02/interna_vidaurbana,569409/no-dia-mundial-de-conscientizacao-sobre-autismo-especialistas-alertam-diagnostico-nao-deve-ser-precipitado.shtml
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