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segunda-feira, 28 de abril de 2014


quarta-feira, 23 de abril de 2014

TERAPIA OCUPACIONAL


"Não é a riqueza nem a pompa,
mas a tranqüilidade e o trabalho
que nos dão felicidade".
Thomas Jefferson
        Pessoas que apresentam problemas que dificultam o desenvolvimento de suas atividades diárias e, conseqüentemente, estão incapacitadas de atingir seus objetivos de vida, cumprir seus papéis sociais e participar inteiramente da vida podem se beneficiar dos serviços da terapia ocupacional. 
          Terapia ocupacional é a arte e a ciência de ajudar pessoas a realizar as atividades diárias que são importantes para elas, apesar da debilidade, incapacidade ou deficiências. "Ocupação" em terapia ocupacional não se refere simplesmente a profissões ou a treinamentos profissionais, refere-se também a todas as atividades que ocupam o tempo das pessoas e dão sentido a suas vidas. Na terminologia da terapia ocupacional, essas atividades são denominadas áreas de performance ocupacional que podem ser divididas em Atividades Diárias, Atividades Laborativas e Atividades de Lazer e Diversão (AOTA,1994).
         Os termos debilidade, incapacidade e deficiência vêm da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1980). Debilidade refere-se à perda ou anormalidade de estrutura ou funções físicas ou psicológicas. Quando uma debilidade é severa e limita a habilidade de uma pessoa em executar atividades diárias, trabalho ou atividades produtivas, ou atividades de lazer e diversão, então, essa pessoa tem uma incapacidade. Uma pessoa com uma fratura de quadril e debilidade da extremidade distal esquerda, por exemplo, será incapaz de fletir e alcançar o pé esquerdo, logo, necessitará de ajuda para colocar uma calça, meia ou sapato no pé esquerdo e, portanto, terá uma incapacidade. Segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde (1980), quando uma debilidade ou uma incapacidade interfere na habilidade de uma pessoa em completar as atividades que fazem parte das responsabilidades e deveres sociais, ela é deficiente.
         Desta forma, o terapeuta ocupacional ajuda as pessoas na realização das atividades diárias que são importantes para o paciente, apesar da debilidade, incapacidade ou deficiência, através de técnicas especiais, da visualização e adaptações de ambientes físicos e de orientações específicas para cada caso. 
          O terapeuta ocupacional atua também, colaborando com outros profissionais nos locais onde ocorre o tratamento. A habilidade de comunicar e trabalhar com outros profissionais é essencial para a qualidade do serviço oferecido. Uma parcela significativa de um dia de um terapeuta é gasta com a comunicação com outros profissionais. Os pacientes se beneficiam das perspectivas e serviços oferecidos por múltiplos profissionais. 
FONTE:   http://www.psiquiatriageral.com.br/terapia/terapia_ocupacional.htm

domingo, 20 de abril de 2014

Alcoólicos Anônimos

 

O que é Alcoólicos Anônimos?
Existem duas maneiras práticas de descrever A.A.
A primeira é a reconhecida descrição dos seus propósitos e objetivos que aparece em uma das páginas anteriores:
"Alcoólicos Anônimos é uma irmandade de homens e mulheres que compartilham suas experiência, forças e esperanças, a fim de resolver seu problema comum e ajudar outros a se recuperarem do alcoolismo. O único requisito para se tornar membro é o desejo de parar de beber. Para ser membro de A.A. não há necessidade de pagar taxas ou mensalidades; somos autossuficientes graças às nossas próprias contribuições.
A.A. não está ligada a nenhuma seita ou religião, nenhum partido político, nenhuma organização ou instituição; não deseja entrar em qualquer controvérsia; não apóia nem combate quaisquer causas.
Nosso propósito primordial é mantermo-nos sóbrios e ajudar outros alcoólicos a alcançarem a sobriedade."
O "problema comum" é o alcoolismo. Os homens e mulheres que se consideram membros de A. A. são e sempre serão alcoólicos. Reconheceram, finalmente, que não podiam mais ingerir álcool em forma nenhuma; agora eles se abstêm completamente.
O importante é que não tentam enfrentar o problema sozinhos. Discutem-no abertamente com outros alcoólicos. Esse compartilhar de "experiências, forças e esperanças", parece ser o elemento chave que lhes torna possível viver sem o álcool, e na maioria dos casos, até sem querer beber.
A segunda maneira de descrever Alcoólicos Anônimos é delinear a estrutura da Irmandade. Numericamente, A.A. compõe-se de mais de 2 milhões de membros, homens e mulheres, em aproximadamente 181 países. Esses homens e mulheres reúnem-se em Grupos locais que variam em tamanho - desde um punhado de ex bebedores em algumas localidades até várias centenas, em comunidades maiores.
Nas populosas áreas metropolitanas podem existir numerosos grupos de A.A., cada um com reuniões regulares. O Grupo local é considerado a base da irmandade de A.A. Suas reuniões abertas congregam alcoólicos e seus familiares num ambiente de amizade e ajuda mútua. Hoje existem mais de 112 mil Grupos espalhados pelo mundo todo, inclusive algumas centenas em hospitais, prisões e outras instituições. 
FONTE: http://www.aabr.com.br/ver.php?id=162&secao=11

Ciberfobia

Perca o receio de usar o computador
CAROLINA MANDL
DA REPORTAGEM LOCAL

Em um mundo cada vez mais informatizado, é difícil imaginar alguém que se negue a usar o computador mesmo tendo um PC em sua casa.
Mas há um grupo de pessoas que quer distância de qualquer mouse. São aquelas que têm a ciberfobia, um medo quase incontrolável dos computadores.
Segundo os especialistas consultados pela Folha, não há números que mostrem quantos indivíduos são acometidos por essa fobia. Mas relatos de psicólogos e de professores de informática mostram que essa síndrome não é mera ficção.
Federica Mazzoni, 51, por exemplo, admite que já teve muito medo dos computadores até que, há dois anos, arrumou um emprego pela internet. Claro que não foi ela -com todo o seu pavor cibernético- quem colocou o currículo on-line, mas seu filho.
Depois de fazer provas e entrevistas, foi selecionada. Quando as tarefas que deveria fazer foram apresentadas a ela, tomou um susto: deveria organizar listas de presentes de um supermercado por um sistema on-line que inclui um palmtop e um scanner. Tudo muito bem explicado em um manual de mais de cem páginas.
Ela disse sim, mesmo sem saber como ligar um computador. "Aceitei a vaga porque precisava muito do emprego." Como Mazzoni tinha três semanas para domar o medo, contratou uma amiga para ensiná-la a usar um PC.
Quando chegou à empresa, nem o medo nem a inabilidade com o micro tinham ido embora. "Ficava com vergonha que as pessoas me vissem usando o computador porque não conseguia nem controlar o mouse. Eu suava."
Hoje já consegue desempenhar suas atividades sem problemas, mas ainda não se sente à vontade. Tanto que, nas suas próximas férias, vai contratar um professor particular. "Ainda não me sinto à vontade. Não uso o computador em casa. Também não tenho coragem de arriscar. Faço tudo sempre igual com medo de apagar as coisas ou de não saber onde elas foram guardadas."

Causas e sintomas
Para quem tem medo de computador, os sintomas são os mesmos que aqueles manifestados em outras fobias: sudorese, descarga de adrenalina, angústia, ansiedade e tremor.
Segundo Renato Sabbatini, diretor do Núcleo de Informática Biomédica da Unicamp, em alguns casos é preciso receitar até medicamentos para controlar a ansiedade.
Mas como explicar que alguém tenha pavor de um computador? Afinal, ele não morde, não fala e é controlado por humanos.
De acordo com Sabbatini, o medo do computador está relacionado à neofobia. "As pessoas resistem às coisas novas. Por isso o receio da tecnologia. Isso não acontece com as crianças porque quase tudo no mundo é desconhecido para elas", afirma ele.
Outro motivo pode estar ligado à vaidade. "Não é medo da máquina em si, mas de mostrar a própria incapacidade de usar a máquina", diz Rosa Farah, do Núcleo de Pesquisas de Psicologia em Informática da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica).
Para tratar o medo, os especialistas dizem que o primeiro passo é admitir que ele existe. Depois, pode-se tanto procurar cursos especiais para quem tem ciberfobia quanto um tratamento. "Cada um escolhe um jeito de se cuidar. Não se pode deixar o medo atrapalhar a vida profissional", diz Farah. Isso, Mazzoni tirou de letra.
FONTE:  http://www.sabbatini.com/renato/FolhaSP-ciberfobia.htm

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Drogas Lícitas e Ilícitas

Drogas são substancias capazes de alterar o funcionamento do organismo humano. Dependendo da natureza e composição das mesmas elas podem agir em determinados locais ou no organismo como um todo. Toda droga tem seus efeitos, porém eles não se manifestam da mesma maneira em todos os organismos, especialmente porque cada droga tem sua contra-indicação. Há dois grandes grupos de drogas, que não as agrupam segundo as suas características, mas segundo as convenções e exigências sociais. São eles o grupo das drogas lícitas e o grupo das drogas ilícitas.
As drogas são substâncias capazes de produzir alterações nas sensações físicas, psíquicas e emocionais. Sendo assim, energéticos, café, refrigerantes, chocolates, dentre muitos outros alimentos, contêm substâncias que podem ser consideradas drogas pois alteram de alguma maneira as sensações de quem as ingere. Estas, porém, se ingeridas em quantidade moderada não representam nenhuma ameaça para o ser humano. Se, no entanto, são demasiadamente utilizadas por alguém, podem causar uma leve dependência e problemas de saúde futuros.
Elas são utilizadas para diversos fins desde a antiguidade. Podem ser utilizadas para curar doenças ou obter prazer. Entre as drogas lícitas estão os medicamentos em geral (os quais só são permitidos sob prescrição médica), o álcool e o cigarro, além dos alimentos já citados. Já entre as principais drogas ilícitas estão a maconha, a cocaína, o ecstasy, o crack, a heroína, etc. Existem ainda outras substâncias que causam dependência, mas que são vendidas livremente para outros fins como a cola de sapateiro e o hypnol. Há diversas outras drogas que também são utilizadas da mesma maneira e algumas delas ainda nem são conhecidas pelo ministério da saúde e pelas autoridades judiciais.
Drogas lícitas são aquelas permitidas por lei, as quais são compradas praticamente de maneira livre, e seu comércio é legal. Drogas ilícitas são as cuja comercialização é proibida pela justiça, estas também são conhecidas como “drogas pesadas” e causam forte dependência.
As drogas ainda se dividem quanto ao seu efeito no organismo humano: drogas depressoras, são as que causam efeitos semelhantes aos da depressão (álcool, cola de sapateiro, loló, lança-perfume, tranqüilizantes e remédios para dormir); drogas estimulantes, como o nome diz, causam o aumento da adrenalina, uma sensação de alerta, o aumento dos batimentos cardíacos e podem levar até ao ataque cardíaco. Levam cerca de 15 segundos para chegarem ao cérebro (crack, ecstasy, cocaína, maconha, LSD, etc.); há ainda o grupo dos opiáceos, onde encontra-se a heroína, a qual compromete a maioria das funções do corpo humano. Não falamos aqui do tabaco, do álcool e dos esteróides (bomba), os quais são responsáveis por diversas outras doenças atualmente devido à grande incidência de uso destas drogas.
Com exceção das drogas que são utilizadas para fins medicinais, as demais em nada contribuem para o crescimento e desenvolvimento das pessoas como seres humanos. Além dos prejuízos no âmbito da saúde do indivíduo, que são irreparáveis e muitas vezes incontroláveis, há um prejuízo imensurável no que diz respeito à vida social, familiar, emocional e psicológica da pessoa. Por esse motivo, é preciso uma campanha de conscientização constantes, além de ser extremamente necessário o atendimento de famílias carentes para que elas possam ter condições de manterem-se e não caírem em doenças como a depressão que levam naturalmente ao uso das drogas. A condição social do indivíduo é influente e contribui para o uso ou não das drogas, pois na maioria das vezes estas são consideradas uma fuga da realidade que essas pessoas enfrentam, e por isso se torna tão freqüente o seu uso.
Um outro fator importante é a formação individual que cada um deve receber enquanto ser humano. Esse é um dos principais motivos de jovens do mundo inteiro recorrerem às drogas, o fato de se sentirem sozinhos ou perdidos, sem muitas experiências de vida e sem boas referências para descobrirem que caminho querem seguir. Essa batalha não é simples e não se resolve apenas com informações básicas como estas a respeito do uso de drogas, mas já é um começo. Temos que encarar que qualquer pessoa pode cair nessa “cilada” e que para evitarmos maiores danos temos que ser exemplos de pessoas que não precisam fazer uso desses artifícios para ser bem-sucedidos pessoal e profissionalmente.
FONTE: http://www.infoescola.com/drogas/drogas-licitas-e-ilicitas/

terça-feira, 8 de abril de 2014

O que é a lobotomia?

É a retirada de uma parte do cérebro. "Cada hemisfério do nosso cérebro é dividido em quatro partes ou lobos que são chamados frontal, occipital, parietal e temporal" , explica o neurologista Saul Cypel, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. "A retirada do lobo pode ser total ou parcial." Em épocas antigas, a lobotomia era usada em pacientes com certos tipos de doenças mentais como forma de acalmá-los. Atualmente, nesses casos a técnica cirúrgica foi substituída por medicamentos ou psicoterapia. A lobotomia pode ser usada, por exemplo, para extrair tumores. 
Entretanto, a retirada de uma área do cérebro pode afetar as funções relacionadas com ela. Se for extraída a parte posterior do lobo frontal esquerdo, a fala pode ficar comprometida. "Quando a lobotomia é feita até por volta dos 3 anos de idade, o outro hemisfério do cérebro pode assumir a função da parte extraída, e não haverá seqüelas", explica Cypel. 
A lobotomia é também usada em casos de epilepsia, quando o problema não pode ser controlado com tratamento convencional. Retira-se um foco epiléptico localizado, ou seja, a região do cérebro responsável pelas descargas neuronais que causam as convulsões.
FONTE: http://super.abril.com.br/saude/lobotomia-488051.shtml

domingo, 6 de abril de 2014

Travessia - Milton Nascimento


Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou, mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho pra falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Das cerca de um milhão de pessoas no País diagnosticadas com autismo, apenas 100 mil recebem algum tipo de atendimento

por Portal Brasil 
publicado: 02/04/2014 08:51

Nesta quarta-feira (2) é comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data, decretada desde 2008, é lembrada com a iluminação azul, em que diversos monumentos espalhados pelo mundo se vestem com a cor.
Aos 19 anos, Caio* faz cursinho pré-vestibular. Ele quer estudar e ser escritor. A mãe do rapaz, Inês de Souza Dias, elogia as habilidades do filho, mas não esconde a existência dos traços deixados pela síndrome de Asperger, tipo de autismo diagnosticado quando ele era ainda pequeno.
Dificuldade de entendimento e de aceitação das regras sociais e falta de interesse por assuntos do dia a dia são alguns deles.
Os sintomas do autismo normalmente permanecem com a pessoa durante toda a sua vida. Uma pessoa pouco afetada pode parecer apenas um tanto diferente e ter uma vida normal. Uma pessoa gravemente afetada pode ser incapaz de falar ou cuidar de si mesma. A intervenção precoce pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento da criança. A maneira como seu filho age e se comporta atualmente pode ser muito diferente de como ele agirá e se comportará no futuro.
“Caio tem interesses muito focados. Gosta de jogos e só quer falar sobre isso. Apesar de ser muito inteligente, não se interessa por assuntos cotidianos. Isso dificulta, por exemplo, o trabalho na escola. É uma batalha para conseguir que ele aprenda outras coisas”, conta. “Ele tem também um déficit de atenção bem acentuado. Para o Caio, é difícil permanecer na mesma tarefa por muito tempo”, completou.
Segundo Inês, características do filho consideradas estranhas por muitos, como andar para lá e para cá e a conversa com ele mesmo, ajudaram a definir o futuro do rapaz.
Evidências recentes sugerem que os primeiros sinais do autismo podem ser vistos em crianças bem novas, com 8 a 10 meses de idade: podem ser mais passivas, mais difíceis de acalmar ou não reagem quando alguém chama seu nome. Algumas crianças com autismo apresentam, por volta de um ano de idade, prejuízos de orientação ao estímulo social (ex: orientação social, de atenção compartilhada, de interação social e de antecipação, de balbuciar, de gestos, de pronúncias de palavras e de imitação). Alguns desses primeiros sinais podem ser notados pelos pais, outros podem apenas ser observados com a ajuda de um clínico especialista.
“Numa certa idade, ele andava de um lado para o outro e falava alto. Parecia que estava contando histórias. Perguntei o que ele estava fazendo e ele disse que estava brincando com a imaginação e contando uma história para ele mesmo. Perguntei se gostaria de transformá-la em um livro. E foi o que fizemos”, conta Inês.
Caio frequentou a escola com crianças sem o transtorno e recebe, até hoje, acompanhamento especial. Mas a estimativa da Associação de Amigos do Autista (Ama) é que, das cerca de 1 milhão de pessoas no país diagnosticadas com autismo, apenas 100 mil recebam algum tipo de atendimento. No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, lembrado hoje (2), a instituição cobra uma discussão mais ampla sobre o assunto.
“O diagnóstico é a parte do problema que mais ganha com a data. Os pediatras acabam percebendo e se interessando pela causa. É o ponto mais favorecido. O grande problema é que, feito o diagnóstico, a família fica sem saber para onde ir”, explicou a superintendente e cofundadora da Ama, Ana Maria de Mello.
Mãe de um rapaz autista de 34 anos, ela lembra que, na época em que recebeu o diagnóstico, não havia tratamento disponível. O processo, segundo ela, é complicado, uma vez que envolve diversos profissionais de áreas distintas.
“Estamos falando do espectro do autismo. Temos desde casos de extrema gravidade até casos de pessoas com inteligência normal, mas que também precisam de alguém que entenda o que está fazendo. Os casos mais leves não são tão simples”, afirma Ana Maria.
Para a presidenta da Associação Brasileira de Autismo, Marisa Furia Silva, o autismo ainda é um assunto pouco abordado, sobretudo no Brasil. Mãe de um rapaz de 36 anos com a síndrome, ela lembra que, depois do diagnóstico, houve pouca informação sobre como lidar com o filho. “Não tínhamos internet nem literatura sobre o assunto. Era uma época difícil. Não se sabia o que fazer.”
Marisa também acredita que a maior parte das pessoas diagnosticadas com autismo no país está sem atendimento. Segundo ela, o avanço no diagnóstico precoce não basta. É preciso ampliar a rede de apoio e de atendimento à criança e à família.
“A gente tem que pensar que é para a vida toda. Temos muitos adultos comprometidos hoje e a esperança é que, no futuro, isso não aconteça. O prognóstico de uma criança é muito melhor”, destacou. “Estamos em um momento em que já se tem documentos e parâmetros para o diagnóstico. Agora, temos que ter tratamento”, destacou.
No Brasil, o diagnóstico do autismo oficial é organizado pelo CID-10, código internacional de doenças, décima edição. No entanto, é importante saber que o diagnóstico do Autismo e de outros quadros do espectro são obtidos através de observação clínica e pela história referida pelos pais ou responsáveis. Assim, não existem marcadores biológicos que definam o quadro. Alguns exames laboratoriais podem permitir a compreensão de fatores associados a ele, mas ainda assim o diagnóstico do autismo é clínico.
* Nome fictício
Fonte:
Agência Brasil

Centro de Otimização para a Reabilitação do Autista
Autismo e Realidade
FONTE: http://www.brasil.gov.br/saude/2014/04/dia-mundial-de-conscientizacao-do-autismo-e-comemorado-nesta-quarta