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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Toma posse primeira vereadora do mundo com síndrome de Down

 
A jovem Ángela Bachiller, com 29 anos de idade e com síndrome de Down tomou posse como vereadora nesta segunda-feira, dia 29 de julho, na Câmara de Valladolid na Espanha.
Ela entra no lugar do vereador Jesús García Galván, retirado do cargo por ser acusado em um processo de suborno em licenciamento urbano, em torno de um mês atrás.
Ángela se candidatou nas últimas eleições através do Partido Popular (PP) e teve sua iniciativa muito bem aceita por associações de portadores de deficiência do país. Em uma entrevista da nova vereadora ao site da Confederação Espanhola de Organizações em favor de Pessoas com Deficiência (Feaps), que Ángela cedeu logo após o pleito ela disse que não gosta de política, mas decidiu participar para demonstrar com as pessoas com deficiência tem capacidade de atuar.
De acordo com ela é para que as pessoas como ela notem que eles podem tudo, tem força, inclusive de vontade para realizar as tarefas e que está satisfeita em ser parte integrante na lista do Partido. Na entrevista o prefeito afirmou que ela é exemplo de superação.
Anteriormente, Ángela atuava como auxiliar administrativa na prefeitura da cidade de Valladolid, no Departamento de Bem-Estar Social. Por pedido de sua família ela ficou longe dos veículos de comunicação aguardando até que a sua nomeação como vereadora fosse oficial.
Segundo informa a imprensa da Espanha a reserva anterior que teve com os meios de comunicação tem se contrastado ao seu atual comportamento que é muito aberto e também marcado por dinamismo.
Nas horas livres, a vereadora Ángela vai se ocupar em aprender inglês e aprimorar seus aprendizados em piano. Para ela, não tem com o que se preocupar, apenas com o que se ocupar.
Na Espanha os portadores de deficiência afirmaram ao portal que com Ángela e seu jeito natural e claro de se expressar o que acontece é identificação.

domingo, 28 de julho de 2013

The Man Who Sold The World - David Bowie

We passed upon the stairs, we spoke Of was and when
Although I wasn't there, he said I was his friend
Which came as some surprise I spoke into his eyes
I thought you died alone, a long long time ago

Oh no, not me
We never lost control
You're face to face
With the man who sold the world

I laughed and shook his hand, and made my way back home
I searched from form and land, for years and years I roamed
I gazed the gazeless stare at all the millions hills
I must have died alone, a long long time ago

Who knows? Not me
I never lost control
You're face to face
With the man who sold the world

sábado, 27 de julho de 2013

Fobias

Segundo a psicóloga Maria Cândida Novello, o medo é uma reação que aumenta a nossa capacidade de atenção, e é uma forma de autopreservação do indivíduo. Já a fobia, é entendida como um medo exagerado, irracional e por algo que não lhe oferece qualquer perigo. Para o indivíduo, é muito mais forte que ele.
Todo mundo tem ou conhece alguém que tem medo de alguma coisa. Medo do escuro, medo de aranhas, medo de bicho-papão... Mas você conhece alguém que tem pavor de mulher bonita? E de dormir? Veja as mais estranhas fobias.

Caligenefobia:
O que é? Medo excessivo de mulher bonita. É o pavor que alguns homens têm ao interagir com alguma mulher bonita. Estudos mostram que muitos homens que sofrem dessa fobia, tiveram uma má experiência traumática com mulheres assim.
Podem apresentar falta de ar, arritmia e até vômitos! Em casos extremos, essas pessoas podem até abandonar empregos ou escolas se houver alguma mulher bonita no local.
Médico aconselhável: psicoterapeuta
Formas de tratamento mais comuns: A forma de se superar esse medo é a exposição progressiva à causa ou objeto da fobia, através de fotos e vídeos de mulheres bonitas, e, se necessário, o uso de medicamentos para tratar a ansiedade.

Afefobia
O que é? Medo de ser tocado. Aposto que muita gente conhece essa fobia através do Sheldon Cooper, do seriado The Big Bang Theory, já que ele tem medo de contrair germes através do toque.
É comum essa fobia ser desenvolvida em pessoas que já sofreram abuso sexual ou foram vítimas de atentado ao pudor. Pessoas com Afefobia tem grande aversão à carinho ou relações sexuais.
Médico aconselhável: psicoterapeuta
Formas de tratamento mais comuns: O terapeuta dessensibiliza o paciente através de uma série de exposições graduais e autocontroladas ao estímulo fóbico. São ensinadas algumas técnicas para relaxar e para lidar com a ansiedade e reforçar a percepção de que a situação é, na verdade, sem riscos.

 Coulrofobia
O que é? Medo de palhaço. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, ter medo daquele ser de nariz desproporcional e risadinhas sinistras não é coisa somente de criança, mas de adolescentes e adultos também! Pode ser adquirido através de experiências traumáticas ou ter assistido um filme de palhaço assassino, por exemplo.
Médico aconselhável: psicoterapeuta
Formas de tratamento mais comuns: Por ser uma fobia específica, o seu tratamento consiste em exposições graduais ao objeto de pânico, além de relaxamento e ensinamentos sobre como lidar com a ansiedade.

Hipopotomonstrosesquipedaliofobia:
O que é? Pelo nome, pode parecer ironia ou sadismo de quem nomeou a doença, mas é o medo de palavras grandes.
Pessoas que sofrem de hipopotomonstrosesquipedaliofobia têm grande pavor de pronunciar palavras compridas ou complicadas, apresentando nervosismo ou aversão ao escutar esse tipo de palavras, como termos médicos, por exemplo. Ele pode ser causado por medo de pronunciar a palavra incorretamente na presença de pessoas superiores e ser vista como alguém de cultura inferior e medo do ridículo.
Imagine um Hipopotomonstrosesquipedaliofóbico pronunciando o nome da sua doença.
Médico aconselhável: psicólogo e psicopedagogo
Formas de tratamento mais comuns: O tratamento para essa fobia é feito por psicólogo e psicopedagogo que trabalham em conjunto. Se necessário, é indicado também um fonoaudiólogo para ajudar no sotaque.

Eisoptrofobia:
O que é? Medo e pavor de espelho. A pessoa que sofre de Eisoptrofobia tem medo de encontrar alguma coisa assustadora refletida no espelho, e como reação, ela foge de toda e qualquer aproximação ao objeto ou lembrança. Quem não se lembrou de alguma cena assustadora de filme de terror?
Médico aconselhável: psicoterapeuta
Formas de tratamento mais comuns: O tratamento para essa fobia é através de relaxamento e exposições do objeto de fobia ao paciente.

Didaskaleinofobia:
O que é? Medo de ir para a escola. Quem sofre dessa doença, quase sempre crianças, tem grande pavor à escola. Normalmente é devida a alguma experiência traumática, como bullying, ou algum evento estressante. A pessoa didaskaleinofóbica apresenta sintomas como suor, calafrios, estresse, medo de ficar sozinho, ansiedade, pavor à escola, dependência excessiva dos pais, e até desmaios.
Médico aconselhável: pediatra, psiquiatra ou psicólogo.
Formas de tratamento mais comuns: O tratamento para essa fobia é através de relaxamento e exposições do objeto de fobia ao paciente. Aconselhamentos e medicações também são eficazes para tratar o paciente.

Androfobia: 
O que é? Medo de homens ou de qualquer pessoa do sexo masculino. Podem ser androfóbicos tanto homens como mulheres ou crianças. As possíveis causas dessa patologia podem ter a ver com algum evento traumático na infância, ou não, com algum homem ou menino.
Náuseas, tonturas, medo de homem, ansiedade e falta de ar quando estão na presença de homens são sintomas de androfobia.
Médico aconselhável: psicoterapeuta.
Formas de tratamento mais comuns: O tratamento consiste em seções de exposições do paciente ao objeto de fobia, instrução de relaxamento e controle da ansiedade.

Aichmofobia:
O que é? Medo exagerado de objetos pontiagudos, como ponta de guarda-chuva, ponta de faca, tesoura, ou até mesmo um dedo apontado para ele.
Médico aconselhável: psicoterapeuta.
Formas de tratamento mais comuns: O tratamento para essa fobia é através de relaxamento e exposições do objeto de fobia ao paciente.
Ailerofobia:
O que é? Medo de gatos ou de ser atacado por gatos. Pode ser fruto de algum trauma com gatos na infância, como ataques, ou simplesmente alguma coisa neles despertam pavor, como os olhos ou as garras.
Médico aconselhável: psicólogo.
Formas de tratamento mais comuns: O tratamento consiste em exposições frequentes de imagens de gatos, desenhos animados, e depois, ao animal vivo. Técnicas de relaxamento e controle de ansiedade também fazer parte do tratamento.

Pantofobia:
O que é? Essa, certamente, é a pior de todas as fobias, e também uma das mais raras, pois se caracteriza pelo medo irracional de tudo e muita ansiedade. É isso mesmo! O pantofóbico tem medo de tudo, e isso pode levá-lo a morte sem causas físicas reais.
Médico aconselhável: psicólogo e terapeuta
Formas de tratamento mais comum: terapia para tratar a ansiedade e acompanhamento psicológico.
Pessoas que sofrem de qualquer tipo de fobia devem ter acompanhamento psicológico e procurar tratar o seu medo para que tenha uma vida saudável e equilibrada. A fobia é coisa séria, e pode trazer grandes consequências ao fóbico e às pessoas que o cercam.
FONTE:  http://br.mulher.yahoo.com/10-fobias-mais-estranhas-124500564.html?page=all


Um milhão de pessoas comete suicídio ao ano


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um milhão de pessoas comete suicídio ao ano. Os dados foram divulgados na última sexta (7), junto com um pedido para que os governos tratem este problema de forma urgente.
O número significa que a cada 40 segundos, aproximadamente, uma pessoa tira a própria vida. E se o número de suicídios é alto, o número de tentativas é 20 vezes maior: 5% da população mundial vai tentar tirar a própria vida pelo menos uma vez durante sua existência.
O suicídio é a maior causa de mortes evitáveis no mundo, matando mais que os homicídios e as guerras (somados), sendo maior em países mais pobres, que também são os países menos preparados para prevenir o suicídio.
As taxas mais altas estão nos países da Europa Oriental, como a Lituânia e Rússia, e são menores na América Latina. Estados Unidos, países da Europa Ocidental e Ásia estão no meio da estatística, embora muitos países da África e do sudeste da Ásia não tenham estatística disponível.
Globalmente, o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens entre 15 e 19 anos, com pelo menos 100.000 adolescentes se matando a cada ano.
Entre os adultos, a taxa de suicídio é maior entre os maiores de 75 anos, que usam os meios mais letais e tem menos chances de sobreviver às consequências de uma tentativa.
Além disso, os homens tem três vezes mais probabilidade de cometer suicídio, mas há três vezes mais mulheres que homens tentando o suicídio.
O Brasil apresenta menos de 6,5 suicídios para cada 100 mil habitantes, um número considerado baixo quando comparado com os 13 suicídios por 100 mil habitantes dos países que mais cometem suicídio (a taxa de alguns países europeus). A média brasileira é de 25 suicídios por dia, número só inferior ao de mortes no trânsito e homicídios. Mesmo assim, são números preocupantes, que já despertam a atenção do meio acadêmico e do governo.[MedicalXpress, CVV]
FONTE: http://hypescience.com/um-milhao-de-pessoas-comete-suicidio-ao-ano/

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Compulsão por compras é doença e tem tratamento, diz psicóloga

 Do UOL
Em São Paulo
Você costuma sair do shopping cheio de sacolas com coisas que provavelmente nunca vai usar? E sente um misto de prazer e culpa? Cuidado, você pode ter uma compulsão por compras. Esse foi o tema do programa @saúde desta semana, que traz depoimentos de integrantes do grupo Devedores Anônimos de São Paulo.
Um dos integrantes conta que chegou a gastar R$ 60 mil em uma única viagem, utilizando o cartão de crédito do pai. "Uma hora você compra porque está triste, daí essa tristeza aumenta e você compra para ficar feliz e, mesmo quando está feliz, você começa a comprar", descreve o jovem, revelando o ciclo vicioso da compulsão.
Em entrevista a Jairo Bouer, a psicóloga Tatiana Filomensky, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), explica que o limite entre o gostar de comprar e a compulsão é tênue. Mas o sofrimento que se segue à prática pode definir o comportamento compulsivo. "A dívida não é um critério diagnóstico, porém é presente em 90% dos casos", conta. 
Comprar compulsivamente é um transtorno do impulso que muitas vezes está associado a outros problemas, como depressão, ansiedade ou transtorno afetivo bipolar. Por isso, às vezes é necessário o acompanhamento psiquiátrico e o uso de medicamentos. Segundo Filomensky, homens e mulheres podem sofrer da compulsão, mas elas procuram mais ajuda. 

FONTE:
 http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/07/25/compulsao-por-compras-e-doenca-e-tem-tratamento-diz-psicologa.htm

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Fanatismo religioso pode ser causa de transtornos mentais

Por Paulo Lopes

Filha de missionários da Assembleia de Deus, especialista ajuda há mais de 20 anos homens e mulheres a se recuperarem das doenças psicológicas não só causadas por crenças religiosas, mas também aquelas que acabam sendo realçadas pelo fundamentalismo religioso

“Depois de 27 anos tentando viver uma vida perfeita, eu achei que tinha falhado… Eu tinha vergonha de mim durante todo o dia. Minha mente lutava contra ela mesma, sem alívio. Eu sempre acreditei em tudo que me foi ensinado, mas ainda assim pensava que não tinha a aprovação de Deus. Eu pensava que ia morrer no Armagedom. Durante anos, eu me machucava literalmente, cortava e queimava meus braços, para me punir antes que Deus o fizesse. Levei anos para me sentir curada.”

Esse relato é de um paciente de Marlene Winell, americana de San Francisco que se especializou em desenvolvimento humano e estudo da família. Ela é autora do Leaving the Fold: A Guide for Former Fundamentalists and Others Leaving their Religion — livro que, como diz seu título, é um guia sobre como se livrar das consequências de religião fundamentalista.

Winell cunhou o termo “Síndrome do Trauma Religioso”, STR (na sigla em português), para classificar os sintomas de pacientes que sofrem de transtornos mentais em decorrência da lavagem cerebral de religiões fundamentalistas.

Filha de missionários da Assembleia de Deus, Winel ajuda há mais de 20 anos homens e mulheres a se recuperarem das doenças psicológicas não só causadas por crenças religiosas, mas também aquelas que acabam sendo realçadas ou despertadas pelo fundamentalismo cristão.

Em entrevista à psicóloga Valerie Tarico, Winel disse que os sintomas do STR inclui, além da ansiedade, depressão, dificuldades cognitivas e degradação do relacionamento social. “Os ensinamentos e práticas religiosas, por vezes, causam danos graves na saúde mental.”

“No cristianismo fundamentalista, o indivíduo é considerado depravado e tem necessidade de salvação”, afirmou. “A mensagem central é ‘você é mau e merece morrer, porque o salário do pecado é a morte. [...] Já tive pacientes que, quando eram crianças, se sentiam perturbados diante da imagem sanguinolenta de Jesus pagando pelos pecados deles.”

Síndrome do Trauma Religioso se manifesta em pessoas de todas as idades, mas principalmente naquelas cuja personalidade esteja em formação, as crianças.

“As pessoas doutrinadas pelo cristianismo fundamentalista desde criança podem ser aterrorizadas por memórias de imagens do inferno e do apocalipse”, disse. “Algumas sobreviventes desse período, as quais eu prefiro chamar de ‘recuperadas’, têm flashbacks, ataques de pânicos, ou pesadelos na vida adulta, mesmo quando se libertaram das pregações teológicas.”

Um paciente relatou seus tormentos dessa fase de sua vida: “Eu acreditava que ia para o inferno por acreditar que estava fazendo algo de muito errado. Estava completamente fora de controle. Às vezes, eu acordava no meio da noite e começava a gritar, agitando os braços, tentando me livrar do que sentia. O medo e a ansiedade tomaram conta da minha vida.”

Winell afirmou que a recuperação de quem nasceu em uma família de fanáticos religiosos é mais difícil em relação àquele que adotou uma crença fundamentalista na vida adulta, porque não dispõe de parâmetro de comparação.

Ela disse que se livrar de uma religião é muito difícil em muitos casos porque isso significa pôr em risco um sistema de apoio composto por parentes e amigos, principalmente em relação às pessoas que nasceram em uma família de crentes fanáticos.

Uma paciente relatou o seu caso: “Eu perdi todos os meus amigos. Eu perdi meus laços estreitos com a família. Agora estou perdendo meu país. Eu perdi muito por causa desta religião maligna, e estou indignada e triste. . . Eu tentei duramente fazer novos amigos, mas falhei miseravelmente. Eu sou muito solitária.”

Outro paciente contou: “Minha vida estava fortemente arraigada e ancorada na religião, influenciando toda a minha visão do mundo. Meus primeiros passos fora do fundamentalismo foram assustadores, e eu tive pensamentos frequentes de suicídio. Agora isso está no passado, mas eu ainda não encontrei o meu lugar no universo”.

Winell disse que resolveu dar o nome de “Síndrome de Trauma Religioso” ao conjunto de sintomas e características da lavagem cerebral religiosa porque assim fica mais fácil estudar e diagnosticar as pessoas que sofrem desses males.

Ela argumentou que a nomenclatura “STR” fornece um nome e uma descrição para as pessoas afetadas pela religião, de modo que elas se sintam parte de um grupo e possam assim compartilhar suas experiências, reduzindo sua percepção de solidão e de culpa.

Por isso, Winell discorda de que a criação de termos como “recuperação de religião” e “Síndrome de Trauma Religiosa” sejam uma tentativa de ateus de patologizar as crenças religiosas. Até porque, disse, “a religião autoritária já é patológica”.

Esta notícia foi publicada no site Pragmatismo Politico em 2 de Abril de 2013. Todas as informações nela contidas são de responsabilidade do autor. 
FONTE:  http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=364

domingo, 21 de julho de 2013

Águas de março


É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumueira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Pau, pedra, fim, caminho
Resto, toco, pouco, sozinho
Caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.
Composição: Tom Jobim e Vinícius de Moraes ·

Funções de psicólogos nas forças armadas

Escrito por sasha maggio | Traduzido por natalia peres     
A função de um psicólogo depende de sua especialidade. Psicólogos militares podem ser oficiais comissionados, trabalhando como psicólogos no exército ou psicólogos civis que prestam serviços de saúde mental para o sistema hospitalar militar. Psicólogos militares podem trabalhar em clínicas de psicologia, prestando serviços de saúde mental a soldados do país e no exterior, ou podem trabalhar em outros campos com pesquisas ou operações psicológicas.

Funções do psicólogo clínico
Psicólogos clínicos que servem na ativa ou na reserva e nas unidades da Guarda Nacional possuem as mesmas funções que psicólogos clínicos em carreiras civis: fornecer serviços imparciais de saúde mental para pacientes em uma tentativa de melhorar a vida e o funcionamento do paciente. Os serviços incluem aconselhamento geral, terapia comportamental e gestão ou regulação emocional, como controle de raiva ou estresse. Os psicólogos militares trabalham principalmente com pessoal militar, embora dependentes de militares possam receber cuidados em clínicas militares. Bases militares grandes possuem clínicas de saúde mental separadas para o pessoal militar e seus dependentes civis. Muitos psicólogos são membros da Sociedade Brasileira de Psicologia, que define normas e responsabilidades éticas e de cuidados para todos os psicólogos. Psicólogos militares devem aderir aos princípios e orientações da SBP quando executarem um papel clínico, mas sua lealdade deve ser para as Forças Armadas primeiro e para a SBP em segundo lugar.

Psicólogos militares na implantação

Psicólogos militares normalmente se implantam em unidades militares. No exterior, o psicólogo militar deve monitorar soldados para controlar problemas de saúde mental no esforço de manter todas as unidades seguras. Problemas de saúde mental podem ser tão simples quanto depressão, ansiedade ou estresse, ou complexos como desordem de estresse pós-traumático. Eles podem fornecer serviços de aconselhamento ou acompanhamento, como nas funções clínicas tradicionais, assim como podem oferecer sugestões para reduzir o estresse e encorajar a comunicação sobre sentimentos, experiências e necessidades psicológicas. O objetivo principal, entretanto, é manter a saúde mental adequada e reduzir os riscos de perigo, incluindo suicídio.
 
Funções preventivas
Psicólogos militares, assim como outros envolvidos no planejamento e manutenção da saúde e estabilidade de um militar tomam algumas medidas para evitar que questões psicológicos se tornem problemas. Em pequena escala, a prevenção inclui encaminhar soldados ou oficiais para psicólogos, se os comandantes suspeitarem que estão precisando de acompanhamento, como em casos de abuso de álcool ou outras substâncias, perturbações internas, divórcio, estresse ou depressão assim como trauma potencial de experiências militares. Em grande escala, a prevenção inclui o treinamento que todos os militarem recebem antes, durante e depois de uma implantação. Antes da implantação, os militares divulgam o treinamento obrigatório designado para ensinar aos soldados o que observar, e quando buscar ajuda para si e para seus companheiros de unidade no que diz respeito a problemas psicológicos. O treinamento pré-implantação também inclui informações sobre onde ir para conseguir ajuda (psicólogos, comandantes, capelães) e como lidar com longas separações da família. Durante as implantações, especialmente as longas, os soldados recebem treinamento adicional para reforçar a compreensão de questões psicológicas e ajudar a manter todos focados em suas tarefas imediatas e nos arredores. Antes de retornar para casa e depois de voltar para o país, os soldados são submetidos a mais treinamentos que abordam sinais que devem ser observados em si mesmos e nos outros em relação ao reajuste à vida civil regular, ou, se em serviço ativo, reajuste à vida militar local.

Psicólogos civis
Psicólogos civis podem trabalhar com militares nas instalações de saúde mental das bases nacionais, mas eles também podem trabalhar com dependentes, como esposas ou maridos e filhos dos soldados. Ao contrário dos psicólogos militares, os psicólogos civis não são implantados com soldados e não mantêm as forças armadas como sua responsabilidade principal, já que são contratados, em vez de comissionados. Psicólogos civis trabalham em ambientes clínicos, oferecendo serviços de saúde mental para pacientes na forma de avaliações, acompanhamentos e outras opções de tratamento.
FONTE: http://www.ehow.com.br/funcoes-psicologos-nas-forcas-armadas-info_28598/

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Cientistas 'silenciam' cromossomo que causa síndrome de Down


Bebê com síndrome de Down brinca com a mãe (Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP)
Bebê com síndrome de Down brinca com a mãe
(Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP)
Em pesquisa publicada na "Nature", nesta quarta-feira (17), cientistas afirmam ter encontrado uma maneira de "silenciar" o cromossomo que provoca a síndrome de Down.
Jeanne Lawrence e seus colegas da Escola Médica da Universidade de Massachusetts usaram uma enzima para introduzir um gene RNA chamado XIST em células-tronco derivadas de pessoas portadoras da síndrome.
O procedimento foi feito numa cultura de células, em laboratório, e não em pessoas. O XIST "encobriu" o terceiro exemplar do cromossomo 21, cuja existência origina a síndrome de Down, fazendo com que seus genes deixassem de atuar. A existência de três cromossos 21 caracteriza síndrome, também conhecida como "trissomia do cromossomo 21".
Ao comparar células com e sem o cromossomo "silenciado", os autores da pesquisa  observaram que o XIST ajudou a corrigir padrões incomuns de crescimento e diferenciação observados nas células que têm Down.
Esse método pode ajudar a definir as mudanças moleculares envolvidas na síndrome. A pesquisa se baseou em um fenômeno ocorre naturalmente: durante o desenvolvimento do bebê, o XIST "desliga" um dos dois cromossomos X presentes em embriões femininos, garantindo que as meninas não tenham uma "dose dupla" da ação desses cromossomos.
Reportagem no site da 'Nature' comenta trabalho sobre a síndrome de Down (Foto: Reprodução/Nature.com)
Reportagem no site da 'Nature' comenta trabalho
sobre a síndrome de Down
(Foto: Reprodução/Nature.com)
A equipe de Lawrence entrelaçou o XIST sobre uma das três cópias do cromossomo 21 em células de pessoa com Down. Eles também criaram uma “chave” genética que lhes permite ligar e desligar o XIST por meio da aplicação de um antibiótico. Com isso, conseguiram neutralizar a expressão dos genes que se consideram ser causadores de problemas de desenvolvimento associados com a síndrome.
Como os cientistas usaram células-tronco pluripotentes, ou seja, que podem se transformar em células de diversos tecidos do corpo, os autores esperam que futuramente serão capazes de estudar em nível celular como a síndrome de Down se manifesta em cada parte do corpo.
Com isso, o estudo pode contribuir para o desenvolvimento de tratamentos para os diferentes sintomas degenerativos da síndrome. Um problema da técnica apresentada é que o XIST não silencia por completo o cromossomo 21. Isso pode comprometer os resultados dos estudos que comparam células com e sem o gene “silenciador” ativado.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Depressão na adolescência


Drauzio Varella 

Depressão é uma doença crônica, recorrente, muitas vezes com alta concentração de casos na mesma família, que ocorre não só em adultos, mas também em crianças e adolescentes. O que caracteriza os quadros depressivos nessas faixas etárias é o estado de espírito persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as amizades e a performance escolar.
De acordo com a “American Psychiatric Association”, um episódio de depressão é indicado pela presença de 5 ou mais dos seguintes sintomas, quase todos os dias, por um período de pelo menos duas semanas:
* Estado de espírito depressivo durante a maior parte do dia;
* Interesse ou prazer pela maioria das atividades claramente diminuídos;
* Diminuição do apetite, perda ou ganho significativo de peso na ausência de regime alimentar (geralmente, uma variação de pelo menos 5% do peso corpóreo);
* Insônia ou hipersônia;
* Agitação psicomotora ou apatia;
* Fadiga ou perda de energia;
* Sentimento exagerado de culpa ou de inutilidade;
* Diminuição da capacidade de concentração e de pensar com clareza;
* Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida ou qualquer tentativa de atentar contra a própria vida.
Na ausência de tratamento, os episódios de depressão duram em média oito meses. Durações mais longas, no entanto, podem ocorrer em casos associados a outras patologias psiquiátricas e em filhos de pais que também sofrem de depressão.
A doença é recorrente: para quem já apresentou um episódio de depressão a probabilidade de ter o segundo em dois anos é de 40%, e de 72% em 5 anos.
Em pelo menos 20% dos pacientes com depressão instalada na infância ou adolescência, existe o risco de surgirem distúrbios bipolares, nos quais fases de depressão se alternam com outras de mania, caracterizadas por euforia, agitação psicomotora, diminuição da necessidade de sono, idéias de grandeza e comportamentos de risco.
Antes da puberdade, o risco de apresentar depressão é o mesmo para meninos ou meninas. Mais tarde, ele se torna duas vezes maior no sexo feminino. A prevalência da enfermidade é alta: depressão está presente em 1% das crianças e em 5% dos adolescentes.
Ter um dos pais com depressão aumenta de 2 a 4 vezes o risco da criança. O quadro é mais comum entre portadores de doenças crônicas como diabetes, epilepsia ou depois de acontecimentos estressantes como a perda de um ente querido. Negligência dos pais e/ou violência sofrida na primeira infância também aumentam o risco.
É muito difícil tratar depressão em adolescentes sem os pais estarem esclarecidos sobre a natureza da enfermidade, seus sintomas, causas, provável evolução e as opções medicamentosas. Uma classe de antidepressivos conhecida como a dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (fluoxetina, paroxetina, citalopran, etc.) é considerada como de primeira linha no tratamento em crianças e adolescentes e os estudos mostram que 60% respondem bem a esse tipo de medicação, que apresenta menos efeitos colaterais e menor risco de complicações por “overdose” do que outras classes de antidepressivos.
A recomendação é iniciar o esquema com 50% da dose e depois ajustá-la no decorrer de três semanas de acordo com a reação da pessoa e os efeitos colaterais. Uma vez que a resposta clínica tenha sido obtida, o tratamento deve ser mantido por seis meses, no mínimo, para evitar recaídas.
A terapia comportamental mostrou eficácia em ensaios clínicos e parece dar resultados melhores do que outras formas de psicoterapia.
Por meio dela, os especialistas procuram ensinar aos pacientes como encontrar prazer em atividades rotineiras, melhorar as relações interpessoais, identificar e modificar padrões cognitivos que conduzem à depressão.
Outro tipo de psicoterapia eficaz em ensaios clínicos é conhecida como terapia interpessoal. Nela, os pacientes aprendem a lidar com dificuldades pessoais como a perda de relacionamentos, decepções e frustrações da vida cotidiana. O tratamento psicoterápico deve ser mantido por seis meses, no mínimo.
Como o abuso de drogas psicoativas e o suicídio são consequências possíveis de quadros depressivos, os familiares devem estar atentos e encaminhar os doentes a serviços especializados assim que surgirem os primeiros indícios de que esses problemas possam estar presentes.

 FONTE: http://drauziovarella.com.br/crianca-2/depressao-na-adolescencia/

domingo, 14 de julho de 2013

Divina Comédia Humana - Belchior



Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol
Quando você entrou em mim como um Sol no quintal
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou ser feliz direito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou viver satisfeito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um transa sensual
Deixando a profundidade de lado
Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia
Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia
Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno
Viver a divina comédia humana onde nada é eterno
Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso
Eu vos direi no entanto:
Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não
Eu canto

sábado, 13 de julho de 2013

A Psicologia Analítica - Jung

 

A Psicologia Analítica

  As experiências da vida de Jung sem dúvida influenciaram na sua psicologia analítica. A aceitação das forças da própria mente inconsciente antevia seus futuros interesses profissionais. Há também fortes evidências autobiográficas acerca da sua visão de sexo. Na teoria de Jung não havia espaço para o complexo de Édipo; esse conceito simplesmente não teve importância na sua infância. Ele achava a mãe gorda e nem um pouco atraente, e jamais entendeu a insistência de Freud em afirmar que os meninos desenvolvem paixões sexuais pela mãe.
 
A Introversão e a Extroversão
   Os conceitos de Jung a respeito da introversão e da extroversão são bem conhecidos. O indivíduo extrovertido libera a libido (a energia da vida) dentro dele, direcionando-as aos acontecimentos e às pessoas do mundo exterior. A pessoa desse tipo é bastante influenciada pela forças do ambiente, além de se mostrar sociável e confidente nas diversas situações.
 
O Inconsciente Coletivo
   Jung descreveu dois da mente inconsciente. Um pouco abaixo da consciência estaria o "*inconsciente pessoal", contendo as lembranças, os impulsos, os desejos, as percepções indistintas e outras experiências da vida do indivíduo suprimidas ou esquecidas. O inconsciente pessoal não é muito profundo e os incidentes ali armazenados podem facilmente traduzidos para o nível consciente.
 
Os Arquétipos
As tendências herdadas, armazenadas dentro do inconsciente coletivo, são denominadas *arquétipos e consistem em determinantes inatos da vida mental, que levam indivíduo a comportar-se de modo semelhante aos ancestrais que enfrentaram situações similares. A experiência do arquétipo normalmente se concretiza na forma de emoções associadas aos acontecimentos importantes da vida, tais como o nascimento, a adolescência, o casamento e a morte, ou as reações diante de um perigo externo. Jung referia-se aos arquétipos como as "divindades" do inconsciente (Noll, 1997).

Desenvolvimento da Personalidade


Por: Regiane Vieira Hatchwell
Um dos maiores conhecimentos que Freud trouxe à psicologia foi quando mencionou que a experiência da infância tem uma forte influência sobre a personalidade adulta. “O desenvolvimento da personalidade envolve uma série de conflitos entre o indivíduo, que quer satisfazer os seus impulsos instintivos, e o mundo social (principalmente a família), que restringe este desejo.” (CLONINGER, 1999, p. 55).

Existem cinco fases universais do desenvolvimento que são chamadas de fases psicossexuais. Freud acreditava que a personalidade estaria essencialmente formada ao fim da terceira fase, por volta dos cinco anos de idade, quando o indivíduo possivelmente já desenvolveu as estratégias fundamentais para a expressão dos seus impulsos, estratégias essas que estabelecem o núcleo da personalidade.

Na fase oral, o desenvolvimento ocorre desde o nascimento aos doze meses de vida. Nesta fase a zona de erotização é a boca, as atividades prazerosas são em torno da alimentação (sucção). Quando o bebê aprende a associar a presença da mãe à satisfação da pulsão da fome, a mãe vem a ser um objeto à parte, ou seja, o bebê começa a diferenciar entre si próprio e os outros. Uma fixação nessa fase provoca o desenvolvimento de um tipo de personalidade de caráter oral, do qual os traços fundamentais são o otimismo, a passividade e a dependência. Para Freud, os transtornos alimentares poderiam se dar às dificuldades na fase oral.

A fase anal ocorre durante o segundo e o terceiro ano de vida, onde o prazer está no ânus. Nessa fase a criança tem o desejo de controlar os movimentos esfincterianos e começa também a entrar em conflito com a exigência social de adquirir hábitos de higiene. Uma fixação nessa fase pode causar conflitos para o resto da vida em torno de questões de controle, de guardar para si ou entregar. O caráter anal é caracterizado pro três traços que são: ordem, parcimônia (econômico) e teimosia.

Na fase fálica que ocorre dos três aos cinco anos, a área erógena fundamental do corpo é a zona genital. Freud sustenta que nessa fase o pênis é o órgão mais importante para o desenvolvimento, tanto dos homens quanto das mulheres, por isso Freud é fortemente criticado e acusado de ser falocêntrico. O desejo de prazer sexual expressa-se por meio da masturbação, acompanhada de importantes fantasias. Nessa fase fálica também ocorre o complexo de Édipo, que consiste no menino desejar a própria mãe, mas por medo da castração abandona esse desejo, igualmente ocorre com a menina mudando apenas os papéis, onde o pai seria o seu objeto de desejo. Uma não resolução nessa fase pode ser considerada como a causa de grande parte das neuroses.

A psicanálise certifica que a fixação na fase fálica tem como conseqüência dificuldades na formação do superego (regras sociais), na identidade do papel sexual e até mesmo na sexualidade, envolvendo inibição sexual, promiscuidade sexual e homossexualismo. Dificuldades como a identificação de papéis sexuais podem derivar de dificuldades nesta fase. Freud propôs que os homens homossexuais tem uma forte angústia de castração, mas Freud é novamente criticado por não levar em conta as questões sociais que mudam de uma cultura para a outra e que influenciam o desenvolvimento das preferências sexuais. Ele acreditava também que a tendência homossexual poderia ser de caráter hereditário.

Freud declara que em grande parte a personalidade se forma durante esses primeiros três estágios psicossexuais, quando são estabelecidos os mecanismos essenciais do ego para lidar com os impulsos libidinais.

A fase de latência que ocorre desde os 5 anos e vai até a puberdade é considerado um período de relativa calma na evolução sexual, sendo que pouco é colocado por Freud com relação a tensão libidinal.

Na fase genital que tem início na puberdade, o indivíduo desenvolve a capacidade de obter satisfação sexual com um parceiro do sexo oposto. “O caráter genital é o ideal freudiano do desenvolvimento pleno, que se desenvolve na ausência de fixações ou depois da sua resolução por meio de uma psicanálise.” (CLONINGER, 1999, p.63). Contudo, o indivíduo livre de conflitos pré-edípicos significativos, aprecia uma sexualidade satisfatória preocupando-se com a satisfação do companheiro sexual, evitando assim a manifestação de um narcisismo egoísta. Assim sua energia psíquica sublimada fica disponível para o trabalho, que é prazeroso.
REFERÊNCIA:
CLONINGER, Susan C. Teorias da Personalidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999. Pg. 53-63. 
FONTE: http://meuartigo.brasilescola.com/psicologia/desenvolvimento-personalidade.htm

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Inconsciente e Pré-Consciente



Inconsciente e Pré-Consciente

Segundo Freud, o consciente é somente uma pequena parte da mente, incluindo tudo do que estamos cientes num dado momento. O interesse de Freud era muito maior com relação às áreas da consciência menos expostas e exploradas, que ele denominava Pré-Consciente e Inconsciente.

Inconsciente. A premissa inicial de Freud era de que há conexões entre todos os eventos mentais e quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o precedem, as conexões estariam no inconsciente. Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade está resolvida. "Denominamos um processo psíquico inconsciente, cuja existência somos obrigados a supor - devido a um motivo tal que inferimos a partir de seus efeitos - mas do qual nada sabemos" (1933, livro 28, p. 90 na ed. bras.).
No inconsciente estão elementos instintivos não acessíveis à consciência. Além disso, há também material que foi excluído da consciência, censurado e reprimido. Este material não é esquecido nem perdido mas não é permitido ser lembrado. O pensamento ou a memória ainda afetam a consciência, mas apenas indiretamente.
O inconsciente, por sua vez, não é apático e inerte, havendo uma vivacidade e imediatismo em seu material. Memórias muito antigas quando liberadas à consciência, podem mostrar que não perderam nada de sua força emocional. "Aprendemos pela experiência que os processos mentais inconscientes são em si mesmos intemporais. Isto significa em primeiro lugar que não são ordenados temporalmente, que o tempo de modo algum os altera, e que a idéia de tempo não lhes pode ser aplicada" (1920, livro 13, pp. 41-2 na ed. bras.).
Assim sendo, para Freud a maior parte da consciência é inconsciente. Ali estão os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, as pulsões e os instintos.

Pré-consciente. Estritamente falando, o Pré-Consciente é uma parte do Inconsciente, uma parte que pode tornar-se consciente com facilidade. As porções da memória que nos são facilmente acessíveis fazem parte do Pré-Consciente. Estas podem incluir lembranças de ontem, o segundo nome, as ruas onde moramos, certas datas comemorativas, nossos alimentos prediletos, o cheiro de certos perfumes e uma grande quantidade de outras experiências passadas. O Pré-Consciente é como uma vasta área de posse das lembranças de que a consciência precisa para desempenhar suas funções.

FONTE:  http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=190

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Consciente e inconsciente.

A contribuição teórica mais especial de Freud é a de que o comportamento é governado por processos inconscientes e não somente pelos processos conscientes. Freud explica a libido como uma pulsão sexual instintiva existente desde o nascimento, e esta é a força motivadora do comportamento.

A psicanálise é uma teoria que possui como característica inicial o determinismo psíquico, sua função é explicar que nada ocorre por acaso, ou seja, não há descontinuidade na vida mental. Cada evento mental tem explicação consciente ou inconsciente, mas eles ocorrem tão espontaneamente, que Freud os descreve ligando um evento consciente a outro.

No inconsciente estão as pulsões, que são duas forças complementares, pulsão de vida e de morte. As pulsões são forças que estimulam o corpo a liberar energia mental, Freud os dividiu em duas categorias: os instintos de vida que se referem à autopreservação, esta forma de energia manifesta é chamada de libido; e instinto de morte que é uma força destrutiva, e pode ser dirigida para dentro. O consciente é a parte da mente que estamos cientes, porém Freud se interessou mais pelo inconsciente, que é uma área menos explorada e exposta.

O nível consciente refere-se às experiências que a pessoa percebe, incluindo lembranças e ações intencionais. A consciência funciona de modo realista, de acordo com as regras do tempo e do espaço. Percebemos a consciência como nossa e identificamo-nos com ela. Parte do material que não está consciente num determinado momento pode ser facilmente trazida para a consciência; esse material é chamado pré-consciente.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

Reflexão sobre o Totem e Tabu - Freud.



Neste trabalho Freud tem em vista  contribuir com a antropologia social, sendo este o primeiro de outros ensaios relacionados a sociedade, buscando responder questões de cunho social sob a perspectiva da Psicanálise.

Através de suas análises antropológicas, comparações e observações de casos clínicos, tipos de neuroses, principalmente a obssessiva, aponta relações entre o desenvolvimento da civilização e a repressão dos instintos. Tendo como principais elementos contribuintes sua hipótese da horda primeva  e da morte do pai primitivo, hipótese esta desenvolvida a partir de idéias de Darwin que relata uma estrutura selvagem onde um pai hostil detinha o poder do grupo expulsando os filhos a medida em que estes se desenvolviam a ponto de disputar as fêmeas e seu lugar no grupo.

De certa forma, Freud negligenciara a questão religiosa em seus ensaios anteriores. Em Totem e Tabu, Freud, se volta para essa questão,  retrocedendo no tempo com o intuito de remontar o nascimento da civilização onde a religião tem um papel fundamental. Derivada do animismo e do sistema totêmico, para Freud, a religião faz parte do mecanismo de repressão dos instintos e impulsividades humanas.

Os cerimoniais, os ritos, os sacrifícios realizados constituíam uma maneira encontrada pelos primitivos para canalizar essa energia reprimida. Em O mal-estar na civilização, Freud reafirma essa idéia colocando a religião como um dos artifícios utilizados pelos homens para suportar a realidade, como válvula de escape tal como a sublimação e o uso de drogas.

Neste estudo a religião aparece como ponto evolutivo de um pensamento e/ou sistema mais remoto e selvagem pertencentes ao homem, assim como a arte,porém como Freud conceitua ser imprescindível chegar ao núcleo das neuroses em seus casos clínicos, faz o mesmo com o tema civilização.

Através de estudos realizados por Antropólogos como Frazer,Westermarck,Tylor, com povos primitivos, australianos, melanésios, africanos entre outros, Freud nos descreve um povo submetido a várias tipos de proibições. Tudo é proibido, e eles não têm nenhuma idéia do por quê e não lhes ocorre levantar a questão. Pelo contrário, submetem-se às proibições como se fossem coisas naturais e estão convencidos de que qualquer violação terá automaticamente a mais severa punição.

Podem ser diferentes na essência, mas o mecanismo parece ser o mesmo dos neurótico obssessivos. O significado da palavra Tabu refere-se ao proibído e ao misterioso, existem muitos tabus que são totalmente destituídos de sentido lógico. Dentro das várias restrições que existem ligadas aos tabus pode se destacar duas leis básicas do totemismo comuns a outras organizações: não matar o animal totêmico e evitar relações sexuais com membros do clã totêmico do sexo oposto.

Estes devem ser, então, os mais antigos e poderosos dos desejos humanos, matar o pai e cometer incesto. Esta compreensão, pois se não fosse verdadeira a afirmação não haveria necessidade de uma lei tão severa que as proibissem e também não se faria presente em todas as manifestações sociais, é diretamente ligada ao que Freud afirma existir como sendo duas pulsões principais a agressividade e a sexualidade.

Para a civilização existir é preciso a repressão dessas duas pulsões.Se não houvesse uma tendência natural a realizar tal instinto esse não seria considerado crime, e não precisaria de uma lei, tais instintos, como os sexuais por exemplo, reprimidos podem ser observados como forças motivadoras das neuroses.
O tabu se transforma em uma força com base própria, se faz nas normas, do costume e finalmente torna-se lei. Não se faz necessária, segundo Freud, nenhuma ameaça externa de punição, pois há uma certeza interna, uma convicção moral, de que qualquer violação conduzirá à desgraça insuportável. Essa desgraça insuportável, é o que remete ao que Freud designou como a morte do Pai Primevo.

Os irmãos que foram expulsos da horda pelo pai, voltaram e juntos o mataram e depois comeram seu corpo, e através de sua carne, cada irmão adquiriu uma parte do poder do pai. Odiavam o pai, mas também o admiravam, por conseqüência de seu ato, se arrependeram surgindo o remorso, o sentimento de culpa.  A proibição de matar o totem surge então como uma tentativa de anular esse ato, o totem passa a ser o pai simbólico. E toda essa simbologia e restrições que se sucedem vão delineando a civilização. 
 FONTE: http://vaneskadonato.wordpress.com/2009/03/19/reflexao-sobre-totem-e-tabu-freud/

quarta-feira, 10 de julho de 2013

10 Filmes sobre transtornos mentais

Talvez muita gente não saiba, mas a loucura é inspiradora. Seja em filmes, livros ou pinturas, a loucura costuma ser um dos temas mais retratados. Talvez isso se deva ao fato de ela sempre ter sido envolvida por uma aura mística/marginal/violenta, dependendo da fase da história. E além da loucura propriamente dita, também temos os outros transtornos, como o autismo e a depressão, por exemplo, que também costumam ser bastante representadas.
Para quem não sabe, no dia 18 de maio comemoramos aqui no Brasil o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. O dia faz referência à data em que foi realizada a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em 1987. Resumindo, para quem não tem muito conhecimento no tema, nessa conferência foi elaborado um documento que trazia a proposta de reformulação do modelo de tratamento em saúde mental existente até então, propondo também a reorganização dos serviços. O que isso quer dizer? Que os serviços passariam a oferecer um tratamento que fosse mais humanizado, saindo do padrão no qual os portadores de transtornos mentais eram internados em hospitais psiquiátricos por tempos, às vezes, longos demais.
Pensando nisso, a 21 resolveu entrar no clima da semana da luta antimanicomial e trazer para vocês uma lista com dez filmes que, de alguma forma, abordam a loucura e alguns outros transtornos mentais.
Preparem a pipoca!
1.    Bicho de Sete Cabeças
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Neto (Rodrigo Santoro), um adolescente de classe média, leva uma vida normal até o dia em que seu pai o interna em um manicômio após encontrar um baseado no bolso do seu casaco. Incompreendido pelo pai conservador, Neto é apenas um adolescente em busca de liberdade, que experimenta a vida e tem algumas rebeldias. Com a relação difícil e a falta de conhecimento, a internação acabou sendo a saída mais fácil para os pais. Fácil para eles, mas o inferno para o jovem, que passa a viver a dura e desumana realidade dos hospícios, onde as pessoas são violentadas em um cotidiano que beira a miséria. Uma jornada pelo inferno que é a vida manicomial, esse filme é exemplo quando o tema é a forma de tratamento cruel dessas instituições de internamento.
 2.    Bem me quer, mal me quer
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Angélique (Audrey Tautou) é uma artista plástica que desenvolve uma paixão desmedida por Loic (Samuel Le Bihan), um médico cardiologista casado e bem sucedido. Diante desse contexto e de alguns outros eventos, os amigos de Angélique tentam fazer com que ela esqueça o médico, mas nada disso consegue diminuir os sentimentos da jovem. Ela persiste na ideia de que Loic a ama, transformando seu amor em uma perigosa obsessão. Esse filme é daqueles que enganam à primeira vista, mas trazem a reviravolta. Esse longa fala de um transtorno mental chamado de Erotomania ou Síndrome de Clérambault que, de um modo geral, pode ser definida como a convicção delirante de alguém que acredita que a outra pessoa, geralmente de classe social mais elevada, está secretamente apaixonada por ela.

3.    O Solista
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Baseado em uma história real, o filme conta a história de Nathaniel Ayers (Jamie Foxx), um esquizofrênico que mora nas ruas de Los Angeles e toca violino e violoncelo. Atraído pelo som do violino, o jornalista Steve Lopez (Robert Downey Jr.) se aproxima e surge aí uma relação entre eles. Com o objetivo inicial de fazer uma matéria sobre Nathaniel, vemos que o relacionamento vai além disso, chegando a, porque não dizer, uma amizade. Por falar de música e de alucinações – que são sintomas da esquizofrenia de Nathaniel-, o filme estimula e emociona, principalmente nas cenas em que o músico está tocando. De um modo geral, é um bom filme para compreender melhor a esquizofrenia.
4.   Adam
Adam sits on front stoop, Beth comes to talk
Esse filme conta a história de Adam (Hugh Dancy), um rapaz estranho e desajeitado que acabara de perder o pai. Após conhecer a nova moradora do apartamento de cima, Adam descobre em Beth uma nova forma de viver, despertando nele um sentimento totalmente novo. Nele, Beth (Rose Byrne) descobre um rapaz bondoso, fascinado por astrologia, mas com sérios problemas em se relacionar com as outras pessoas. Adam tem um tipo de autismo chamado Síndrome de Asperger, e através da delicadeza do filme podemos compreender um pouco melhor a vida de quem tem essa síndrome.
5.   Dá Para Fazer
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O que acontece quando um sindicalista cheio de ideias avançadas assume a direção de uma cooperativa de doentes mentais? Essa é a história base do filme. Nello (Claudio Bisio) assume a direção da cooperativa formada por ex-pacientes dos manicômios que foram fechados na Itália pela Lei Basaglia, que aboliu os hospitais psiquiátricos. Ao longo da história, acompanhamos a tentativa de Nello de implantar no local uma prática que substitua o assistencialismo por um trabalho de verdade, através do qual os pacientes tenham participação nos lucros de seu próprio trabalho. A questão é que existem as especificidades de cada paciente, já que cada um deles tem um transtorno específico. O filme é delicado e trata a questão com um pouco de humor, comovendo quem assiste e abordando uma temática atual, já que vemos no Brasil esse movimento de fechamento dos hospitais psiquiátricos e sua substituição por outros serviços.
6.   Um Novo Despertar
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Walter Black (Mel Gibson) é presidente de uma indústria de brinquedos, mas se encontra em um quadro de depressão. Por causa disso, ele está cada vez mais distante da esposa, Meredith (Jodie Foster) e dos filhos, Porter (Anton Yelchin) e Henry (Riley Thomas Stewart). A situação fica crítica quando Walter é posto para fora de casa pela esposa, fazendo com que ele comece a ter ideias suicidas. Certo dia, a caminho do hotel, Walter encontra no lixo um fantoche de Castor que acabará se tornando a nova técnica para ajuda-lo a se tratar da depressão. Ao longo do filme, vemos o desenrolar da história e a fuga da realidade através da criação de um personagem incorporado na figura do castor surge como um recurso de Walter para enfrentar a depressão. Porém, vemos também as implicações que isso acaba trazendo.
7.   Precisamos Falar Sobre o Kevin
urlConhecido por retratar um caso de perversão sem floreios e disfarces, esse filme conta a história de uma mãe e o seu difícil relacionamento com o filho primogênito. Eva (Tilda Swinton) lida com sentimentos diversos em relação à maternidade, além do sentimento de culpa por causa dos atos de seu filho, Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller). Além disso, o filme retrata também o desenvolvimento de Kevin, na tentativa de explicar e justificar os seus atos, mostrando os motivos que podem ter o levado a ser como ele é. De um modo geral, Precisamos Falar Sobre Kevin ilustra bem um caso de perversão, além de retratar a importância dos pais na vida de uma criança.
8.   Cisne Negro
Cisne Negro - Natalie Portman
Considerado um drama psicológico, esse filme conta a história de Nina Sayers (Natalie Portman), uma bailarina que tem na dança a sua vida. Nina mora com a mãe, que é bailarina aposentada e estimula a ambição profissional da filha. Certo dia, o diretor artístico da companhia decide substituir a bailarina principal na apresentação de abertura da temporada e Nina é a sua primeira escolha. Após isso, Nina passa a considerar as outras bailarinas como concorrentes, inclusive Lily (Mila Kunis), que é a que mais impressiona o diretor. Para a apresentação de O Lago dos Cisnes, deverá ser escolhida uma bailarina que seja capaz de interpretar tanto o Cisne Branco, com inocência e graciosidade, quanto o Cisne Negro, que representa a malícia e a sensualidade. A busca por essa dualidade acaba causando um conflito na mente de Nina, que busca obsessivamente aperfeiçoar o seu cisne negro. Diante de tudo isso, vemos a sua sanidade desaparecer.
9.   Uma Mente Brilhante
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Baseado em um fato real, Uma Mente Brilhante fala sobre o gênio da matemática John Nash (Russell Crowe), que ganhou fama no mundo acadêmico após formular um complexo teorema aos 21 anos de idade. Por causa da sua habilidade com a matemática, Nash começa a trabalhar secretamente para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. A partir daí, sentindo-se sempre perseguido, Nash põe em perigo a sua carreira e o seu casamento, pois aí começam os seus delírios e alucinações. Anos mais tarde, ele foi diagnosticado com esquizofrenia e deu início a sua luta contra a doença, reintegrando-se lentamente à sociedade e chegando a ser premiado com o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel. Esse também é um bom filme para ilustrar um caso de esquizofrenia.
10.   Geração Prozac
Prozac Nation
Elizabeth (Christina Ricci) é uma menina comum que viu seus pais se divorciarem muito cedo e cresceu sob os cuidados da mãe. Aos dezenove anos, consegue uma vaga no curso de Jornalismo na universidade de Harvard. Porém, Lizzie – como é chamada – acaba desenvolvendo uma profunda depressão e se dedica a noites de trabalho sempre regadas a drogas e bebidas. Além disso, sua instabilidade emocional afeta seu relacionamento com as pessoas. Diante de todo esse contexto, Elizabeth decide procurar ajuda profissional e marca uma consulta com a Dra. Diana Sterling (Anne Heche), que lhe receita o antidepressivo Prozac. Nesse filme, além da depressão, é possível também ver a relação do paciente com o remédio e a medicalização tão comum ainda nos dias atuais.

domingo, 7 de julho de 2013

Paciência

 

Lenine

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber ?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber ?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber ?
Será que temos esse tempo
Pra perder ?
E quem quer saber ?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
A vida não para...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Quem não tira férias pode ter depressão

  • Sair de férias contribui para reduzir a pressão arterial, aliviar o estresse, melhorar o sono e, de certa forma, rejuvenescer o corpo, benefícios que são estendidos por vários meses

Seria muito bom que todas as pessoas tirassem férias, defendem os especialistas. E isso sob todos os aspectos: profissional, pessoal, social e, especialmente, do ponto de vista da saúde e do bem-estar.
"A pressão no ambiente de trabalho só faz aumentar, com metas cada vez mais difíceis de atingir. Quer dizer, o profissional tem que se dedicar quase integralmente e isso gera cansaço, fadiga, estresse. Tirar férias significa um momento de pausa no meio de toda essa demanda", salienta a psicóloga Fernanda Mion, master em programação neurolinguística com formação em hipnose e psicoterapia breve individual e em grupo.

Com ela concorda Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, médico cirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, presidente do Núcleo de Robótica da Associação Paulista de Medicina. "Cada pessoa tem um tempo necessário para repor suas condições de calma, concentração e foco. Isso é essencial em várias profissões, como no caso de cirurgiões que realizam operações complexas que exigem precisão máxima. Então, para a saúde do próprio indivíduo e também para seu bom desempenho no trabalho, parar de vez em quando é fundamental."

O corpo é o primeiro a reclamar

Importante: a pessoa que não se permite esta parada necessária provavelmente está vivendo com estresse elevado, o que faz com que a glândula suprarrenal libere hormônios, como adrenalina e cortisol, na corrente sanguínea.

"Tais substâncias podem prejudicar o organismo como um todo, originando sintomas como queda de imunidade, alteração do sono, mudança do apetite, elevação da pressão sanguínea, diabetes, problemas vasculares e cardíacos, tontura e depressão, entre outros sinais", adverte Cynthia Boscovich, psicóloga clínica pela Universidade de São Marcos (SP), psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottianna (SBPW).

E tem mais: um profissional que não descansa é, em geral, um indivíduo ansioso e inseguro. "As consequências para sua saúde são óbvias: desgastes físicos e mentais, além do risco de doenças", considera Antonio Macedo, acrescentando que, além de parar, é recomendável realizar atividade física regular e seguir uma dieta balanceada.

"Tudo isso é importante para a saúde e também para o bom desempenho no trabalho. Na pausa, o indivíduo se aprimora do ponto de vista profissional e desenvolve a habilidade de limpar o cérebro de todos os pensamentos parasitas que o impedem de agir de forma focada e concentrada."

Atuação no trabalho melhora

Os dias de descanso, ele afirma, renovam o funcionário e permitem uma melhora na performance. Para Fernanda Mion, é o momento em que os pensamentos desaceleram, a pressão arterial diminui e a qualidade do sono aumenta, proporcionando bem-estar. "Quando a pessoa está em franca atividade, o organismo é muito exigido e, dessa forma, atua no limite da força física e mental."

De fato, alguém que está exausto, com visível fadiga, dificilmente conseguirá exercer suas funções com qualidade – bem diferente do trabalhador feliz, produtivo e que atinge resultados. É o que mostra o projeto Holiday Health Experiment, conduzido pela agência de viagens britânica Kuoni em parceria com o Nuffield Health, um dos maiores institutos de saúde do Reino Unido: sair de férias contribui para reduzir a pressão arterial, aliviar o estresse, melhorar o sono e, de certa forma, rejuvenescer o corpo, benefícios que são estendidos por vários meses.

Empresas exigem cada vez mais

Pena que muitas pessoas não se deem esse presente, conforme destaca a psicóloga Fernanda Mion. "Percebo que o número de pacientes com queixas de estresse, ansiedade e pânico relacionados ao trabalho não para de crescer. Isso é preocupante e alarmante! Em um contexto mais amplo, pode significar que vivemos em um país onde os empresários pagam taxas excessivas e, assim, reduzem o número de funcionários, deixando-os sobrecarregados e trabalhando no limite. Muitos não se alimentam adequadamente, não praticam exercícios físicos, não conseguem ter tempo para a família, não vão a consultas médicas de prevenção. Enfim, toda esta rotina repetida diariamente pode, sim, afetar e muito a qualidade de vida, comprometendo a saúde como um todo."

 FONTE:  http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/06/28/quem-nao-tira-ferias-pode-ter-problemas-de-saude-dizem-especialistas.htm