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terça-feira, 26 de maio de 2020
domingo, 3 de maio de 2020
Coronavírus: 'Alguns profissionais não vão conseguir mais colocar o pé numa UTI'
Paula Adamo Idoeta - @paulaidoeta
Da BBC News Brasil em São Paulo
Pressão extrema, ansiedade,
sobrecarga de trabalho e medo pela exposição acima do normal à covid-19
se tornaram parte da realidade diária de muitos profissionais da saúde
nas salas de emergência e UTIs de hospitais lidando com o novo
coronavírus. E os efeitos já começam a ser sentidos na saúde mental
deles — a ponto de alguns poderem ficar temporária ou permanentemente
incapacitados para seu trabalho em situações de emergência.
É isso
o que centenas de terapeutas e psiquiatras voluntários têm
diagnosticado em sessões gratuitas e virtuais que vêm sendo oferecidas a
profissionais da saúde na linha de frente da pandemia — entre os
pacientes estão médicos, equipes de enfermagem, fisioterapeutas e
nutricionistas hospitalares, por exemplo.
O programa Telepan Saúde,
idealizado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas
Gerais e pela Associação Brasileira de Neuropsiquiatria (ABNP), já
ofereceu mais de 250 consultas online, em todo o Brasil.
"Estamos
observando desde quadros leves de medo, ansiedade, insônia crônica e
apreensão, que são a maioria até agora, até quadros moderados e graves
de extrema angústia e incapacitação laboral. Alguns desses profissionais
estão nos relatando a violência da sociedade contra eles: sendo
expulsos de ônibus e ouvindo que eles não deveriam estar ali, porque vão
infectar as pessoas", diz à BBC News Brasil o psiquiatra Helian Nunes,
professor da UFMG, vice-presidente da ABNP e um dos idealizadores do
projeto de teleatendimento a profissionais de saúde.
Pressão extrema, ansiedade,
sobrecarga de trabalho e medo pela exposição acima do normal à covid-19
se tornaram parte da realidade diária de muitos profissionais da saúde
nas salas de emergência e UTIs de hospitais lidando com o novo
coronavírus. E os efeitos já começam a ser sentidos na saúde mental
deles — a ponto de alguns poderem ficar temporária ou permanentemente
incapacitados para seu trabalho em situações de emergência.
É isso
o que centenas de terapeutas e psiquiatras voluntários têm
diagnosticado em sessões gratuitas e virtuais que vêm sendo oferecidas a
profissionais da saúde na linha de frente da pandemia — entre os
pacientes estão médicos, equipes de enfermagem, fisioterapeutas e
nutricionistas hospitalares, por exemplo.
O programa Telepan Saúde,
idealizado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas
Gerais e pela Associação Brasileira de Neuropsiquiatria (ABNP), já
ofereceu mais de 250 consultas online, em todo o Brasil.
"Estamos
observando desde quadros leves de medo, ansiedade, insônia crônica e
apreensão, que são a maioria até agora, até quadros moderados e graves
de extrema angústia e incapacitação laboral. Alguns desses profissionais
estão nos relatando a violência da sociedade contra eles: sendo
expulsos de ônibus e ouvindo que eles não deveriam estar ali, porque vão
infectar as pessoas", diz à BBC News Brasil o psiquiatra Helian Nunes,
professor da UFMG, vice-presidente da ABNP e um dos idealizadores do
projeto de teleatendimento a profissionais de saúde.
"É um certo
estigma que vai sendo criado contra os profissionais da saúde. A gente
tem que fazer um esforço muito grande para inibir isso. Por que quem vai
cuidar da gente são essas pessoas, e a gente tem que ajudá-las."
Uma parcela menor provavelmente ficará incapacitada para seu
trabalho. "Alguns vão se aposentar ou ter que ser remanejados para
outras áreas. Tem gente que não vai mais conseguir colocar um pé em uma
CTI (centro de terapia intensiva) ou em uma sala de urgência", explica.
"E
não é porque (esses profissionais) sejam mais fracos, ou estejam
fazendo corpo mole. Nada disso. É uma confluência de fatores, e o
indivíduo tem um limite. Para cuidar de um ser humano precisa de um ser
humano, e ele precisa estar bem. Tem muita gente sendo cobrada ao
extremo do ponto de vista físico e emocional, tendo que assumir
situações muito delicadas, de decisões clínicas e ao mesmo tempo viver a
constante exposição ao vírus. Isso não é simples, não. Talvez boa parte
dos nossos profissionais não tenha um treinamento tão específico para
isso. É tudo novo."
FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52449013
sexta-feira, 1 de maio de 2020
'Coronavírus, quarentena e a nossa saúde mental?'
Clarice Graupe Daronco / JMV
"É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise supera a si mesmo". Com a frase de Albert Einstein a coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital e Maternidade Oase, psicóloga Elisiane G. L. Schroeder, especialista em psicologia Clínica e Hospitalar, fala sobre o momento que estamos vivendo, devido à pandemia do Coronavírus.
De acordo com a profissional, há algumas semanas, o mundo vive em
alerta por conta do Novo Coronavírus. O isolamento obrigatório e
mudanças drásticas na rotina podem gerar, individual e coletivamente,
estresse, medo e ansiedade.
A psicóloga aponta que a quarentena pode trazer impactos
psicológicos negativos a curto e longo prazo. Mesmo sabendo que a
quarentena é o método mais eficaz para evitar a propagação do vírus,
ficar recluso em casa não é uma tarefa fácil.
"Estamos vivendo uma crise global, mas é muito importante termos
em mente que isso tudo vai passar", destaca a psicóloga, lembrando que
essa consciência é importante para atravessarmos esse momento.
Preste atenção em você:
* Observe seus pensamentos, cuide com o "efeito manada",
mantenha um pensamento crítico;
* Cuide com pensamentos pessimistas e catastróficos, eles minam nossa capacidade de encontrar soluções;
* Observe seu humor e acolha suas emoções e sentimentos;
* Reconheça o medo, faz parte do desconhecido e protege do perigo;
*
Controle sua ansiedade, cuide com a antecipação do que ainda não viveu e
tenha a ansiedade como aliada para pensar estratégias de
enfrentamento;
* Procure ensinamentos, o que você pode aprender, melhorar, priorizar, com tudo que está vivendo;
* Organize e mantenha uma rotina possível;
* Cuide-se, mantenha o autocuidado;
* Limite as informações à respeito, procure saber somente o necessário;
Cuide de você:
* Tire um tempo do dia para relaxar;
* Movimente seu corpo, se possível, mantenha alguma rotina de exercícios;
* Coma alimentos que você goste, no entanto, equilibre sua alimentação;
* Procure dormir bem e respeite as horas de sono que você precisa para estar descansado;
* Converse com as pessoas que você ama, mesmo que por telefone;
* Cuide da sua espiritualidade.
FONTE: http://www.jornaldomediovale.com.br/on-line/sa%C3%BAde/coronav%C3%ADrus-quarentena-e-a-nossa-sa%C3%BAde-mental-1.2215458
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