Os políticos ocidentais estão se conscientizando do grave dano
causado pelas doenças mentais. Justin Trudeau, o primeiro-ministro
recém-eleito do Canadá, prometeu destinar mais verbas à pesquisa e ao
tratamento de doenças mentais. Antes das eleições gerais no Reino Unido
em maio, os partidos políticos prometeram dedicar mais atenção ao grave
problema dos doentes mentais.
Nos Estados Unidos, os políticos, perante
os massacres recentes cometidos por jovens desequilibrados fortemente
armados, chegaram a uma conclusão óbvia: os problemas psicológicos
precisam ser tratados com mais cuidado.
Essas são reações que demonstram sensibilidade. Mas em termos
práticos é um caso de difícil solução. Os problemas mentais são
generalizados, dispendiosos e crescentes. As pesquisas e, sobretudo, os
tratamentos de doenças mentais são extremamente caros e de longa
duração.
Muitas doenças afetam com mais frequência os idosos, porém os
desequilíbrios psíquicos também atingem os jovens, com efeitos
prejudiciais na produtividade. Na Suécia, três quintos dos novos
benefícios previdenciários referem-se a transtornos mentais.
As mortes
são precoces; pessoas com doenças mentais sérias morrem entre 15 a 20
anos mais cedo do que o resto da população. E o ônus econômico é cada
vez maior. Há alguns anos, o Fórum Econômico Mundial avaliou que nos 20
anos anteriores a 2030, o custo acumulado dos efeitos da doença mental
poderá ser de US$16 trilhões.
Entretanto, os custos de pesquisas sobre transtornos mentais são
irrisórios. Na maioria dos países desenvolvidos há uma enorme
discrepância entre os gastos com a pesquisa referente à saúde mental e o
custo total das consequências das psicoses na economia.
Os distúrbios
psíquicos são quase sempre estigmatizados e não têm o mesmo apelo do
lobby das campanhas para ajudar vítimas de câncer e de doenças
cardíacas. Não é fatal como muitas doenças físicas, mas representa um
encargo pesado tanto do ponto de vista humano quanto econômico.
Por esse
motivo, é importante que os políticos cumpram suas promessas e que a
sociedade civil tente incentivar os estudos sobre doenças mentais e não
estigmatizá-las.
FONTE:http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/no-ocidente-politicos-voltam-atencoes-para-transtornos-mentais/
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