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domingo, 8 de novembro de 2015

A sociedade civil deve se mobilizar para incentivar as pesquisas sobre doenças mentais.


No Ocidente, políticos voltam atenções para transtornos mentais
Os problemas mentais são generalizados, dispendiosos e crescentes (Foto: Flickr)
Os políticos ocidentais estão se conscientizando do grave dano causado pelas doenças mentais. Justin Trudeau, o primeiro-ministro recém-eleito do Canadá, prometeu destinar mais verbas à pesquisa e ao tratamento de doenças mentais. Antes das eleições gerais no Reino Unido em maio, os partidos políticos prometeram dedicar mais atenção ao grave problema dos doentes mentais. 
Nos Estados Unidos, os políticos, perante os massacres recentes cometidos por jovens desequilibrados fortemente armados, chegaram a uma conclusão óbvia: os problemas psicológicos precisam ser tratados com mais cuidado.
Essas são reações que demonstram sensibilidade. Mas em termos práticos é um caso de difícil solução. Os problemas mentais são generalizados, dispendiosos e crescentes. As pesquisas e, sobretudo, os tratamentos de doenças mentais são extremamente caros e de longa duração.
Muitas doenças afetam com mais frequência os idosos, porém os desequilíbrios psíquicos também atingem os jovens, com efeitos prejudiciais na produtividade. Na Suécia, três quintos dos novos benefícios previdenciários referem-se a transtornos mentais. 
As mortes são precoces; pessoas com doenças mentais sérias morrem entre 15 a 20 anos mais cedo do que o resto da população. E o ônus econômico é cada vez maior. Há alguns anos, o Fórum Econômico Mundial avaliou que nos 20 anos anteriores a 2030, o custo acumulado dos efeitos da doença mental poderá ser de US$16 trilhões.
Entretanto, os custos de pesquisas sobre transtornos mentais são irrisórios. Na maioria dos países desenvolvidos há uma enorme discrepância entre os gastos com a pesquisa referente à saúde mental e o custo total das consequências das psicoses na economia. 
Os distúrbios psíquicos são quase sempre estigmatizados e não têm o mesmo apelo do lobby das campanhas para ajudar vítimas de câncer e de doenças cardíacas. Não é fatal como muitas doenças físicas, mas representa um encargo pesado tanto do ponto de vista humano quanto econômico. 
Por esse motivo, é importante que os políticos cumpram suas promessas e que a sociedade civil tente incentivar os estudos sobre doenças mentais e não estigmatizá-las.
FONTE:http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/no-ocidente-politicos-voltam-atencoes-para-transtornos-mentais/

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