Fábio Marton
Quem passou pela depressão sabe que uma das coisas mais difíceis na hora mais escura é conseguir tirar da cabeça pensamentos e lembranças negativas.
Mas, se for possível, lembranças boas podem muito bem aliviar a depressão - e imediatamente.
Ao menos se você for um rato geneticamente modificado recebendo um feixe de luz azul direto nos neurônios, no laboratório de Susumu Tonegawa.
Foi isso que o cientista do MIT
fez. Funcionou assim: Tonegawa alterou ratos geneticamente para que seu
cérebro tivesse proteínas sensíveis à luz. Com isso, os cientistas
conseguem identificar quais neurônios são ativados quando uma memória é
formada.
Esses mesmos neurônios podem ser ativados novamente quando uma luz azul é emitida contra eles, trazendo de volta a memória.
Os cientistas usaram a primeira parte para gravar o armazenamento de uma memória prazerosa nos ratos: a exposição de machos a uma fêmea.
Os mesmos ratos depois tiveram seus movimentos restritos por dez dias, o que causa depressão por estresse - sabe-se que eles estão deprimidos porque param de se interessar por água açucarada e não reagem quando são pegos pelo rabo, comportamentos de um rato mentalmente saudável.
Tonegawa acendeu o facho de luz azul para trazer de volta a memória positiva. Em minutos, as cobaias novamente se interessaram pela água adocicada e tentaram escapar quando pegos pelo rabo. Conclusão: foram curados da depressão por uma memória positiva.
Tonegawa comentou as possibilidades: "os resultados são ainda preliminares, mas eles apontam que áreas do cérebro envolvidas em armazenar memórias podem um dia ser alvo para tratar transtornos mentais em humanos".
É preciso paciência. "Eu quero ser cuidadoso em não dar falsas expectativas aos pacientes. Estamos fazendo ciência muito básica."
FONTE: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/memorias-positivas-podem-curar-a-depressaoMas, se for possível, lembranças boas podem muito bem aliviar a depressão - e imediatamente.
Ao menos se você for um rato geneticamente modificado recebendo um feixe de luz azul direto nos neurônios, no laboratório de Susumu Tonegawa.
Esses mesmos neurônios podem ser ativados novamente quando uma luz azul é emitida contra eles, trazendo de volta a memória.
Os cientistas usaram a primeira parte para gravar o armazenamento de uma memória prazerosa nos ratos: a exposição de machos a uma fêmea.
Os mesmos ratos depois tiveram seus movimentos restritos por dez dias, o que causa depressão por estresse - sabe-se que eles estão deprimidos porque param de se interessar por água açucarada e não reagem quando são pegos pelo rabo, comportamentos de um rato mentalmente saudável.
Tonegawa acendeu o facho de luz azul para trazer de volta a memória positiva. Em minutos, as cobaias novamente se interessaram pela água adocicada e tentaram escapar quando pegos pelo rabo. Conclusão: foram curados da depressão por uma memória positiva.
Tonegawa comentou as possibilidades: "os resultados são ainda preliminares, mas eles apontam que áreas do cérebro envolvidas em armazenar memórias podem um dia ser alvo para tratar transtornos mentais em humanos".
É preciso paciência. "Eu quero ser cuidadoso em não dar falsas expectativas aos pacientes. Estamos fazendo ciência muito básica."
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