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domingo, 7 de junho de 2020

Depressão na infância




A depressão na criança ou no adolescente pode ser inicialmente percebida como perda de interesse pelas atividades habitualmente interessantes, tal como uma espécie de aborrecimento constante diante dos jogos, brincadeiras, esportes, sair com os amigos, escola, etc. Além dessa apatia, preguiça e redução significativa da atividade, às vezes pode haver tristeza, mas essa não é a regra geral.
De forma complementar aparecem sintomas significativos, como por exemplo, diminuição da atenção e da concentração, perda da confiança em si mesmo, sentimentos de inferioridade, baixa autoestima, ideias de culpa e inutilidade, tendência ao pessimismo, transtornos do sono e da alimentação e, dependendo da gravidade do quadro, até ideação suicida.
Do ponto de vista biológico, a depressão é encarada como uma possível disfunção dos neurotransmissores e neuroreceptores, com fortes evidências de fatores genéticos. Antigamente classificava-se esse tipo de depressão como sendo endógena, ou seja, de natureza constitucional. Embora as classificações atuais não utilizem mais esses termos, o conceito de Depressão Endógena permanece verdadeiro e esse é o tipo de depressão que afeta as crianças com mais frequência.
Além desse tipo endógeno de depressão, existe também aquela de natureza psicológica, associada às vivências e aspectos psicodinâmicos da personalidade. Na perspectiva social a depressão pode representar uma desadaptação, geralmente consequência de alteração dos mecanismos culturais, familiares, escolares, etc. Nesse caso as variáveis psicológicas e sociais caracterizam um tipo de depressão anteriormente chamada de Depressão Exógena, ou seja, a depressão que representa uma reação psicológica a questões existenciais.
FONTE:  http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=339