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segunda-feira, 6 de julho de 2020

Ameba 'comedora de cérebro': caso de infecção na Flórida gera alerta nos EUA

BBC.COM
 

Um caso de uma rara ameba “comedora de cérebro” foi confirmado no Estado americano da Flórida, segundo autoridades de saúde locais.
O Departamento de Saúde da Flórida afirmou que uma pessoa no condado de Hillsborough contraiu Naegleria fowleri, uma microscópica ameba unicelular que causa infecção no cérebro.
Frequentemente encontrada em água morna, a ameba entra no corpo pelo nariz.
Esse tipo de infecção (meningoencefalite amebiana primária) é mais comum em Estados do sul dos EUA, mas ainda assim é rara. Na Flórida, há 37 registros desde 1962.
Autoridades locais recomendaram aos habitantes que evitem o contato do nariz com água encanada e de outras fontes da região.
Isso inclui lagos, rios e canais, por exemplo, onde infecções por Naegleria fowleri são mais comuns por causa da temperatura da água nos meses mais quentes (julho, agosto e setembro).
Aqueles infectados pela ameba apresentam sintomas como febre, náusea, vômito, rigidez na nuca e dores de cabeça. A maioria morre em até uma semana. Estima-se que 97% dos infectados morrem. 
Quando se trata da prevenção, o recomendado é que se mantenha a água distante do nariz ao nadar e mergulhar em água doce, seja cobrindo o nariz com a mão, deixando-os fora da água ou usando itens para cobrir os orifícios.

Por que a ameba se alimenta de 'cérebros'?

Infecções por Naegleria fowleri são raras nos EUA, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Entre 2008 e 2017, apenas 34 infecções do tipo foram registradas no país. Do total, 30 ocorreram em atividades de lazer em fontes de água fresca (como lagos e rios), 3 durante irrigação nasal e uma se deu durante uma brincadeira no quintal de casa.
De acordo com o CDC, a Naegleria fowleri é um protozoário que vive em ambientes úmidos, como solos mais encharcados e fontes de água fresca, doce e morna — como rios e lagoas. Em casos de menor incidência, esses microrganismos podem ser encontrados também em piscinas com tratamento de cloro inadequado ou na água de torneira aquecida.
Segundo o CDC, a presença dessa ameba em ambientes aquáticos doces é comum, mas as infecções são raras.
Quando ocorre, a infecção se dá com a entrada da água contaminada no corpo pelo nariz.
É desta forma que a ameba chega ao cérebro e ataca o tecido cerebral. Daí o nome pelo qual esse organismo é conhecido: "a ameba que come cérebros". Em geral, ela se alimenta de bactérias encontradas nos sedimentos de regiões alagadas.
FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/geral-53305527